Resenha de Combate ao Terrorismo na América do Sul: Uma análise comparada das políticas do Brasil e dos Estados Unidos para a Tríplice Fronteira. Combate ao Terrorismo na América do Sul: Uma análise comparada das políticas do Brasil e dos Estados Unidos para a Tríplice Fronteira.
A obra Relações Internacionais Cibernéticas (CiberRI): Oportunidades e Desafios para os Estudos Estratégicos e de Segurança Internacional é o terceiro livro da Coleção Defesa e Fronteiras Virtuais, produzido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República. Organizado por Marcos Aurélio Guedes de Oliveira, Ricardo Borges Gama Neto e Gills Vilar Lopes, o livro reúne estudos de autores sul‑americanos cuja temática concentra‑se na utilização de novas tecnologias, sobretudo no uso do espaço cibernético, e suas implicações nos Estudos Estratégicos e de Segurança Internacional no século XXI.
As milícias são grupos armados irregulares que surgem a partir de discursos antitráfico de drogas e buscam legitimação através de serviços prestados à população e também do cargo público policial da maioria de seus integrantes. Esse fenômeno é percebido nas favelas do Rio de Janeiro, onde os grupos milicianos dominam algumas regiões, assumem o papel de Estado e passam a exercer o controle da ordem social e econômica local. Este artigo é um estudo de caso em que objetivou-se analisar as relações entre as milícias e o Estado no Rio de Janeiro por meio dos objetivos específicos de apresentar os debates sobre as instituições informais, a violência e os atores não estatais violentos, compreender a configuração e a atuação das milícias no Rio de Janeiro e explicar o arcabouço institucional informal que norteia as condutas milicianas enquanto organização informal. Procurou-se responder à seguinte questão: de que forma as milícias desafiam o poder do Estado no Brasil? Constatou-se que a atuação das milícias em atividades e serviços primordialmente públicos, assim como a infiltração nos meios de governança formal são os meios pelos quais estes grupos desafiam a autoridade estatal.
O artigo tem como finalidade abordar a expansão da política externa da Rússia na Ásia Central, com método dedutivo e estudo de caso na Organização para Cooperação de Xangai (OCX), tomando esta como uma Instituição cujo objetivo é a segurança coletiva dos seus países membros. Partindo do momento em que Vladimir Putin assume o poder já no início do século XXI até o ano de 2015, visto que são os anos cruciais em que o país inicia sua reascensão no cenário internacional, a Rússia, bem como a China, atores mais importantes dentro da (OCX), atuam juntos contra o terrorismo, movimentos separatistas, conflitos de fronteiras, tráfico de drogas, migração, dentre outras temáticas de segurança. Diante disto, por meio da Teoria dos Complexos Regionais de Segurança, será discutido como a Rússia tem feito sua expansão de política externa no âmbito de segurança na região da Ásia Central e como a Organização é fundamental neste processo, visto que a Rússia opta por ser um Estado forte e centralizador em seus assuntos de política externa e a sua participação na Organização é um instrumento internacional importante de atuação, com o seguinte problema de pesquisa: Diante da reascensão da Rússia no cenário internacional no século XXI, como o país consegue impor sua agenda de política externa em segurança na Ásia Central, por meio da Organização para Cooperação de Xangai?
Abstract: This paper aims to address and expand Russia's foreign policy in Central Asia, with deductive method and study of case in Organization for collective security of its members called the Shanghai Cooperation Organization (SCO), starting from the moment that Vladimir Putin assumes power no longer the beginning of the 21st century, since it is one of the crucial moments in which Russia begins its re-emergence on the international stage. As the main focus of the Organization and a collective security, a Russia, as well as a China, major actors within the International Organization, (OCX), act together against terrorism, separatist movements, border conflicts, drug trafficking, migration, among other security topics. Moreover, by means of the Regional Security Complex Theory, it will be discussed how Russia has made its foreign policy expansion in the Central Asian region and how the Organization is fundamental in this process, since Russia chooses to be a strong and centered on its foreign policy issues and its role in the Organization is an important international instrument of action, with the following research problem: Facing Russia's re-emergence on the international stage in the 21st century, which extent the country manages to impose its security agenda in Central Asia, through the Shanghai Cooperation Organization?
Keywords: Russia; Security; Regional Complex; Foreign Policy.
Após o fim da Guerra Fria, iniciou-se o debate entre especialistas militares e acadêmicos, com o objetivo de prever como seriam os novos conflitos. Em um período pós-conflito nuclear, alguns especialistas sugeriram que o mundo enfrentaria pequenas guerras, desta vez entre atores não estatais, cujo método e estratégia seriam caracterizados como primitivos. Seria o retorno de guerras de guerrilha, sabotagem, subversão, crime organizado e terrorismo junto a abordagens convencionais. Essa nova estratégia tornou-se conhecida pelo termo Guerra Híbrida, cunhada por militares estadunidenses, para descrever principalmente a atuação russa durante a anexação da Crimeia em 2014. Neste artigo indaga-se se o conceito de Guerra Híbrida é encarado de forma semelhante pelos estrategistas e teóricos russos.
O artigo tem como objetivo apresentar a relação entre Brasil e Rússia, analisando duas Declarações de parceria estratégica formalizadas em 2005 e 2017, imersos na temática econômica, em segurança e no setor energético-tecnológico. Conseguinte, serão abordadas questões geopolíticas russas pela teoria neoeurasiana e o papel do Brasil como parceiro estratégico.
A presente pesquisa investiga o quanto as características sociodemográficas dos indivíduos impactam na tolerância ao risco financeiro de pessoas físicas. Foi realizado um levantamento de campo junto aos discentes de pós-graduação Lato Sensu de diferentes IES pública e privada do Estado do Paraná. O método utilizado foi não probabilístico por com amostra de 372 casos por meio de questionário. A validação da escala de tolerância ao risco financeiro de Droms e Straus (2003) foi realizada a partir da técnica de AFC (Analise Fatorial Confirmatória) e o tratamento dos dados foi realizado por meio da técnica de análise de regressão múltipla com correção de heteroscedasticidade. Os resultados mostraram de maneira consistente a presença de impacto das variáveis sociodemográficas sobre o constructo tolerância ao risco, a saber: gênero, estado civil, raça, renda e escolaridade, contudo, a variável faixa etária não foi estatisticamente significativa em função da jovialidade da amostra coletada.
O artigo trata do acolhimento dos refugiados na União Europeia, e possui como principal objetivo analisar esse acolhimento, considerando a securitização da migração como um empecilho para a proteção dos refugiados. Para conduzir a discussão sobre a temática, busca-se examinar a discussão política sobre as migrações forçadas na União Europeia, tendo como foco os refugiados e utilizando-se do exemplo da Itália. Além disso, outros objetivos subjacentes ao principal intento desta investigação buscam apresentar a importância da integração institucional e humanitária dos refugiados no local de acolhimento e, por fim, identificar soluções a fim de melhorar o acolhimento dos refugiados nos países da União Europeia. Observa-se que os Estados se eximem da sua responsabilidade enquanto importantes atores para a proteção desses migrantes forçados. Portanto, é necessário refletir sobre as medidas que contribuam para uma maior cooperação dos Estados, em vez de reforçar a securitização da migração local.