Capital mobility, real exchange rate appreciation, and asset price bubbles in emerging economies: a Post Keynesian macroeconomic model for a small open economy
In: Journal of post-Keynesian economics, Band 28, Heft 2, S. 317-344
ISSN: 1557-7821
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In: Journal of post-Keynesian economics, Band 28, Heft 2, S. 317-344
ISSN: 1557-7821
In: Estudos econômicos, Band 35, Heft 1, S. 101-131
ISSN: 1980-5357
O presente artigo tem por objetivo apresentar um modelo geral de firma bancária que incorpore a teoria pós-keynesiana da preferência pela liquidez dos bancos, a hipótese Stiglitz-Weiss de que a taxa de inadimplência dos devedores é uma função crescente da taxa de juros e a hipótese tobiniana de que a proporção dos depósitos que o banco consegue reter é uma função crescente do grau de concentração do setor bancário. Esse modelo geral nos permite obter três conclusões importantes. Em primeiro lugar, demonstra-se que o spread bancário ótimo é uma função crescente do grau de concentração do setor bancário. Em se-gundo lugar, demonstra-se que um aumento da taxa básica de juros irá resultar (i) numa redução do spread bancário ótimo e (ii) numa redução do volume de crédito ofertado pelo banco. Por fim, demonstra-se que um aumento do grau de concentração tem um efeito ambíguo sobre a oferta de crédito bancário.
In: Brazilian Journal of Political Economy, Band 24, Heft 2, S. 186-202
ISSN: 1809-4538
RESUMO O objetivo deste artigo é apresentar um modelo dinâmico não-linear de acumulação de capital e dívida externa para avaliar a recente tese defendida por Bresser e Nakano de que uma dívida externa excessiva em países emergentes - que é resultado de grandes déficits em conta corrente - pode produzir não apenas um aumento da fragilidade externa dessas economias, mas também uma estagnação econômica, isto é, uma redução permanente nas taxas de crescimento do produto potencial. Para isso, desenvolveremos um modelo dinâmico no qual (i) um aumento na relação dívida externa/PIB produzirá um aumento menos que proporcional na taxa de investimento, uma vez que uma fração do financiamento externo será usada para a aquisição de ativos não reprodutíveis, como ações e terrenos; (ii) o prêmio de risco país é endógeno, sendo proporcional à dívida externa como fração do PIB. Nesse arcabouço teórico, poderemos mostrar a existência de dois equilíbrios de longo prazo: um equilíbrio com baixa dívida externa e alto grau de utilização de capacidade, e outro equilíbrio com alta dívida externa e baixo grau de utilização de capacidade. Além disso, mostraremos também que - para um certo conjunto de valores de parâmetros - o equilíbrio com alta dívida externa é estável e na vizinhança dessa posição o grau de utilização da capacidade e a relação da dívida externa em relação ao PIB mostrarão uma trajetória temporal caracterizado por flutuações amortecidas.
In: Brazilian Journal of Political Economy, Band 23, Heft 1, S. 98-111
ISSN: 1809-4538
RESUMO Este artigo apresenta uma versão modificada do modelo de crescimento de dois setores de Dutt, com o objetivo de demonstrar a existência de uma relação inversa entre o declínio nos termos de troca e o desenvolvimento desigual entre o Norte e o Sul. Mostra-se que no caso em que o progresso tecnológico é reversível, no sentido de que as empresas do Norte podem reverter à adoção de tecnologias intensivas no uso de bens primários fabricados no Sul, essa reversão foi induzida pelo declínio dos termos de troca; esse declínio será seguido por uma redução, não por um aumento, no estoque de capital no Norte em relação ao estoque de capital no sul. Este resultado é uma generalização do modelo de Dutt, que considera uma situação em que o progresso tecnológico é irreversível.
In: Brazilian Journal of Political Economy, Band 22, Heft 3, S. 491-507
ISSN: 1809-4538
RESUMO O objetivo deste artigo é analisar as implicações da hipótese de Bresser-Nakano, de que o prêmio de risco é positivo em relação à taxa de juros - ao longo do tempo, trajetórias de taxa de juros nominal e taxa de câmbio nominal em uma pequena economia aberta cujo regime de política econômica é caracterizada por taxas de câmbio flexíveis, metas de inflação e mobilidade de capital de curto prazo. No arcabouço teórico desenvolvido no artigo, podemos demonstrar que, no caso de um forte feedback positivo da taxa de juros nominal sobre o prêmio de risco, (i) existem múltiplos caminhos temporais da taxa de juros nominal e da taxa de câmbio nominal; (ii) todos esses caminhos são compatíveis com algum grau de estabilidade de preços e (iii) alguns desses caminhos, no entanto, estão relacionados a um aumento no déficit em conta corrente e/ou um aumento contínuo no déficit fiscal. A conclusão lógica desses resultados é que a conquista da conta corrente e do equilíbrio fiscal só pode ser obtida com uma mudança no regime da política econômica.
In: Brazilian Journal of Political Economy, Band 21, Heft 2, S. 304-321
ISSN: 1809-4538
RESUMO Este artigo apresenta as tentativas de demonstrar a equivalência entre fundos de empréstimo e teorias de taxa de juros sobre preferências pela liquidez feitas por Hicks, Lerner, Tsiang e Patinkin, a fim de mostrar que essas tentativas não foram bem-sucedidas. Isso ocorre porque essas tentativas começaram com concepções erradas sobre quais são as questões em discussão no debate entre fundos de empréstimo e teorias de preferências pela liquidez ou porque elas deturparam uma ou outra das duas teorias. De fato, as tentativas de Hicks e Patinkin desconsideram o fato de que o essencial neste debate foi o mecanismo pelo qual as decisões de poupança e investimento influenciam na determinação da taxa de juros. Por outro lado, as tentativas de Lerner e Tsiang deturpam a relação entre poupança e investimento e o motivo financeiro da demanda por dinheiro que é suposto pelas duas teorias.
In: Brazilian Journal of Political Economy, Band 20, Heft 2, S. 287-311
ISSN: 1809-4538
RESUMO Este artigo apresenta o debate entre Keynes e os Clássicos em relação aos determinantes da taxa de juros, com o objetivo de analisar se existe algum assunto teoricamente relevante em discussão. Demonstramos que, ao contrário do que foi dito por muitos estudiosos neoclássicos como Hicks, há uma importante questão teórica sendo discutida entre Keynes e os Clássicos, que é o mecanismo pelo qual os planos de poupança e investimento influenciam a taxa de interesse. Para os "Clássicos", essas decisões têm influência imediata sobre a taxa de juros, ou seja, o impacto imediato das variações de poupança e investimento está sobre essa variável. Para Keynes, no entanto, o impacto imediato dessas variações será sobre o nível de renda e emprego. Como resultado desse efeito, haverá uma alteração no nível da taxa de juros. Essa mesma pergunta reaparece no debate entre Asimakopulos, Kregel e Davidson; mas em um contexto diferente, é a consideração da propensão a economizar como restrição financeira às decisões de investimento.
In: Brazilian journal of political economy: Revista de economia política, Band 30, Heft 2/118, S. 219-232
ISSN: 0101-3157
This article aims to do a theoretical discussion about the term "de-industrialization" and its relationship with other concepts as "primarization" of exports and "Dutch disease". After that the authors analyze the possible causes and effects of "de-industrialization". Finally, they analyze the Brazilian case, with a special attention over the economic literature about this issue. (Rev Econ Polit/GIGA)
World Affairs Online
In: Economia e sociedade: revista do Instituto de Economia da UNICAMP, Band 19, Heft 1, S. 1-28
ISSN: 1982-3533, 0104-0618
Este artigo tem por objetivo analisar os efeitos da inflação sobre a acumulação de capital e o grau de utilização da capacidade produtiva no âmbito de um modelo pós-keynesiano de crescimento, no qual o investimento é uma função não linear (quadrática) da taxa de inflação. Nesse contexto, demonstra-se a existência de dois valores de equilíbrio de curto prazo para a taxa de inflação e o grau de utilização da capacidade produtiva. O primeiro equilíbrio é caracterizado pela existência de um baixo nível de utilização da capacidade produtiva e uma baixa taxa de inflação. No segundo equilíbrio, o grau de utilização da capacidade produtiva é alto, mas a inflação também é elevada. Esse resultado faz com que a condução da política de estabilização seja condicionada à posição de equilíbrio na qual a economia se encontra. A estabilidade do equilíbrio de longo prazo dependerá não só da posição de equilíbrio de curto prazo em que a economia se encontra (baixo ou alto) bem como da velocidade de resposta da política monetária a divergências entre a inflação efetiva e a meta de inflação definida pelo Banco Central e da velocidade de correção dos erros de previsão dos agentes econômicos quanto à taxa de inflação. Desse modo, como corolário desta conclusão, segue-se que não existe uma regra ótima de política econômica que possa ser aplicada independentemente do estado em que a economia se encontra.
In: Economia e sociedade: revista do Instituto de Economia da UNICAMP, Band 17, Heft 1, S. 29-51
ISSN: 1982-3533, 0104-0618
Este artigo tem por objetivo analisar o processo de crescimento econômico e distribuição funcional da renda em uma situação na qual o progresso tecnológico e a taxa básica de juros são endógenos e a moeda, via oferta de crédito, tem um papel preponderante na determinação da dinâmica de longo prazo da economia. Neste contexto, demonstramos diversas combinações onde ocorrem equilíbrios múltiplos e flutuações amortecidas nas principais variáveis econômicas. Além disso, para baixa parcela salarial, verificamos um predomínio de um regime de acumulação impulsionado pelos lucros e, para altas parcelas, um regime de acumulação impulsionado pelos salários.
In: Revista de economia política: Brazilian journal of political economy, Band 27, Heft 1, S. 82-107
ISSN: 1809-4538
In: Revista de economia, Band 30, Heft 2
ISSN: 2316-9397
O artigo pretende analisar em que medida os modelos neoclássicos de crescimento econômico – mais especificamente, o modelo de Solow (1956, 1957), o modelo de Mankiw, Romer e Weill (1992) e o modelo de Romer (1990) – são capazes de explicar a divergência global nos níveis de renda per capita nos últimos dois séculos e a convergência nos níveis de renda per capita e o catch-up ocorridos entre Europa e Estados Unidos no período do Pós Segunda Guerra Mundial. Com efeito, trata-se de uma confrontação entre teoria e prática, de modo a analisar de que forma tais modelos explicam (ou não) os fatos supramencionados. No trabalho, demonstra-se que a ocorrência dos fatos anteriormente mencionados deveu-se fundamentalmente às diferenças do progresso técnico existente entre as economias (no caso da divergência) e à redução de tais disparidades entre os Estados Unidos e a Europa no período de tempo imediatamente após a 2.a Guerra Mundial (no caso da convergência e do catch-up). Na verdade, tenta-se demonstrar que os modelos apresentados não conseguem explicar satisfatoriamente os fatos ocorridos, sendo válidos apenas em casos específicos. O que o artigo se propõe a expor é que a realidade do crescimento econômico mundial é bastante diferente das conclusões dos modelos neoclássicos considerados. Abstract This work intends to analyze in which way the neoclassical growth models – more specifically, Solow (1956, 1957), Mankiw, Romer and Weill (1992) and Romer (1990) – are capable to explain the global divergence on the levels of per capita income over the last two centuries and the convergence on the levels of per capita income and the catch-up occurred between Europe and the United States after World War II. In fact, it is a confrontation between theory and practice, in order to view in which way these models explain (or not) the above-mentioned facts. During the present work, we demonstrate that the occurrence of these facts were mainly caused by differences on technological progress between economies (case of divergence) and the reduction of such disparities between the United States and Europe on the period of time immediately after World War II (case of convergence and catch-up). In fact, we try to demonstrate that these models are incapable to give a satisfactory explanation to the occurred facts, being only valid on specific cases. The work tries to propose that the reality of global economic growth differs considerably from the conclusions of the considered neoclassical growth models.
In: Revista de economia, Band 24
ISSN: 2316-9397
Este artigo incorpora o "imposto Tobin" ao modelo de ataque especulativo desenvolvido por Velasco (1996) com o objetivo de analisar em que medida o referido imposto pode contribuir para reduzir a possibilidade de ocorrência de uma crise cambial induzida por profecias auto-realizáveis. Nesse contexto, demonstra-se que o imposto em consideração é totalmente ineficaz para reduzir a possibilidade de ocorrência de ataques especulativos; mas contruibui para aumentar a região I do modelo de Velasco, ou seja, o intervalo dos valores dos "fundamentos" – entendidos aqui como a proporção do PIB comprometida com o pagamento dos juros da dívida externa – para os quais o governo não desvaloriza o câmbio em hipótese alguma. Dessa forma, os formuladores de política econômica ganham mais autonomia, pois podem permitir uma deterioração um pouco maior dos "fundamentos", sem com isso abrir espaço para a ocorrência de crises cambiais induzidas por "profecias auto-realizáveis". Contudo, o ganho de autonomia que pode ser obtido com um imposto de 1% sobre todas as transações com divisas é relativamente irrisório; de forma que seria necessária uma alíquota muito maior se, de fato, se deseja aumentar substancialmente a autonomia dos formuladores de política econômica. Abstract This paper incorporates the "Tobin tax" to the model of speculative attacks developed by Velasco (1996) in order to analyze up to what point the referred tax could help to reduce the possibility of a currency crisis induced by self-fulfilling prophecies. Within that context, it is shown that this tax is completely useless to diminish the probability of speculative attacks. It contributes, however, to increase "region I" of Velasco's model, that is, the range of the values of the "fundamentals" - here understood as the share of the GDP committed to paying the interests of the external debt - for which the government would not devaluate the currency in any hypothesis. Thus, policy-makers gain more autonomy, as they can allow for a bigger worsening of the "fundamentals" without leading to an exchange crisis caused by self-fulfilling prophecies. The autonomy increase that could be gained with a 1% tax on all the currency transactions would be, however, rather insignificant. Therefore, a bigger tax should be adopted as to actually increase the autonomy of the policy-makers.