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The essay discusses the notion of Criminal law "as literature". It assumes that the "offense definition" (Tipo, Fattispecie, Tatbestand) is a narrative text; one that portrays narratives capable of producing imaginative thinking through storytelling. For centuries, reading crime definitions meant being able to picture what evildoing/wrongdoing looked like. Building on the knowledge and terminology of figurative arts, the author analyzes how images and words translate concepts such as evil or wrongfulness into visible shapes, through a process of "rendering". However, in contemporary societies, legal drafting based on "icons of evil" is under serious stress. Given the increasing de-materialization of reality and social relations, as well as the growing technical complexity of regulatory legislation, it has become necessary to draft offense definitions following new semiotic criteria and establishing a new "poetics" (aesthetic theory) for the Criminal law. After considering the new range of possibilities offered by digital signs (as bar codes) and artificial intelligence, the analysis concludes that it is possible to describe evildoing/wrongdoing using the creative resources of metaphors and imagination. ; O ensaio discute a noção de lei criminal como "literatura". Assume que a "definição do crime" (Tipo, Fattispecie, Tatbestand) é um texto narrativo; um que retrata narrativas suscetíveis de gerar pensamento imaginativo através de histórias. Durante séculos, ler as definições dos crimes significou ser capaz de imaginar a aparência da maldade. Baseando- se no conhecimento e terminologia das artes figurativas, o autor analisa como as imagens e as palavras traduzem conceitos, tais como maldade e erro, em imagens visíveis, através de um processo de "interpretação". No entanto, nas sociedades contemporâneas, a redação legal, baseada em "ícones do mal" está em grave crise. Em razão da crescente desmaterialização da realidade e das relações sociais, assim como da crescente complexidade técnica da regulamentação legislativa, tornou-se necessário redigir as definições dos crimes seguindo novos critérios semióticos e criando uma nova "poética" (teoria estética) para a lei criminal. Depois de considerar o novo conjunto de possibilidades oferecidas pelos signos digitais (como os códigos de barras) e a inteligência artificial, a análise conclui que é possível descrever a maldade/erro usando os recursos criativos das metáforas e da imaginação.