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<span>Este artigo apresenta resultados de estudos pós-doutorais relativos ao tema da prática na formação de professores, no sentido de um aprofundamento teórico. Nesta direção, expõe as </span><span>análises</span><span> empreendidas pelo filósofo português José Barata-Moura acerca das "ontologias da prática". Tais estudos trazem à tona abordagens que, na tentativa de se afastarem do idealismo, sem realizar uma rigorosa crítica dos seus fundamentos, acabam por produzir teorizações recheadas de uma expectativa de <em>posição</em> da realidade pela prática. Finalizamos apontando as demandas abertas pela crítica aos idealismos da prática, entre estas, a revisão crítica dos fundamentos teóricos subjacentes às disciplinas que visam à preparação pré-profissional dos professores.</span>

<span>Um periódico que reivindica o marxismo completa 10 anos de existência em um momento de crise mundial do capitalismo, cujas classes que dele tiraram vantagem absoluta, com a força dos que agonizam, atacam ferozmente as bases de todo e qualquer projeto que lhe seja antagônico: as práticas e a história dos movimentos sociais, dos povos de/em luta, da classe trabalhadora; a teoria marxista e o comunismo como projeto histórico. Germinal: Marxismo e Educação em Debate pode sobreviver? Cumpre o desafio do balanço do papel da revista nestes 10 anos.</span>

<span>Os planos do Conselho Editorial para as comemorações dos 10 anos de Germinal eram ambiciosos!! Avaliávamos que esta primeira década deste instrumento de luta não poderia passar sem um adequado balanço das condições em que vimos produzindo Germinal. Pretendíamos realizar um documentário retratando a história da Revista, com depoimentos de editores, autores e leitores que a vêm construindo. A falta de recursos e as demandas da conjuntura impossibilitaram a conclusão deste intento que fica aguardando melhor oportunidade. O que fazer? Decidimos direcionar o balanço à seção <em>Entrevista</em>, avaliando que a alternativa mais correta era trazer as posições dos membros do Conselho Editorial da Germinal sobre estes dez anos. Convocamos a todos os membros do Conselho para a resposta ao roteiro elaborado sob encomenda pelos professores Lucelma Silva Braga (UFMA), Marcelo Pereira de Almeida Ferreira (UFPA), Hugo Rodrigues e Leandro Sartori Gonçalves (UNICAMP), Rogério Massarotto (UEM) e Itamar Silva de Sousa (UNEB). Responderam ao roteiro e à proposta de balanço por parte do Conselho, Elza Margarida de Mendonça Peixoto, Maria de Fátima Félix Rosar, Paulino Orso, Celi Nelza Zulke Taffarel e José Claudinei Lombardi. O resultado é um interessante balanço das condições nas quais Germinal surge e dos desafios para a sua produção e permanência.</span>

No século XXI a expansão das organizações religiosas torna-se um problema prático das relações políticas que as forças de esquerda devem enfrentar para a reorganização das fileiras da classe trabalhadora. O artigo traz um inventário e notas acerca da abordagem do problema da religião pelos efetuada por Marx e Engels em busca da matriz fundante que nos permita armas para o enfrentar deste desafio conjuntural.

O estudo dos textos de Lenin e Krupskaya evidenciam a demanda pela educação nos processos revolucionários, para o convencimento da justeza da revolução e para a formação do proletariado em dirigentes, mas, fundamentalmente, porque uma revolução nas relações de produção demanda um proletariado apto para o controle das forças produtivas. Trata-se de formar os "donos da revolução". Este é o legado principal da política educacional revolucionária do Governo dos Soviets, e é esta a tradição que almejamos, nesta breve revisão, recuperar.

Este artigo procura recuperar os traços da crítica epistemológica de Marx e Engels, de forma a evidenciar os desafios para empreender uma crítica materialista e dialética da produção do conhecimento. Defendemos ser possível apanhar na <em>revisão</em> da forma com que Marx e Engels criticaram a <em>filosofia alemã clássica</em> (e também a <em>economia política inglesa</em>, o <em>socialismo utópico francês</em>) nos anos 40 do século XIX, <em>meios</em> e <em>métodos</em> para uma crítica epistemológica que pode contribuir para a superação dos limites da crítica da produção de dissertações e teses em educação e educação física, tal como vêm sendo produzida.

Apanhar múltiplas determinações da política educacional no Brasil é a tarefa – não necessariamente esgotada – que este V. 9, N. 1 de <em>Germinal: Marxismo e Educação em Debate</em> se impõe, em uma Conjuntura em que a luta de classes não dá trégua, o capital avança vorazmente contra direitos civis, políticos, sociais e trabalhistas e a classe trabalhadora brasileira – derrotada e dividida (IASI, 2017, p. 376) em decorrência do apassivamento do último período – principia o processo de ocupar as ruas em resistência!! Nos últimos 10 meses o ilegítimo Governo Temer – com um dos menores índices de aprovação da história dos Governos no Brasil (4%), o que demonstra que ser impopular não é sufiente para derrubar um governo – segue empenhado num conjunto de reformas trabalhista, da previdência e educacional assentadas numa agenda conservadora, configurando-se uma reforma constitucional, que, nos limites de referência da democracia burguesa, não passou pelo crivo das urnas.

Os artigos compilados neste Volume 8, N. 1 de <em>Germinal: Marxismo e Educação em Debate</em> trazem reflexões sobre as determinações (e em certa medida, as refletem) e as possibilidades de movimento dos trabalhadores da educação em um quadro de <em>crise sistêmica</em><a title="" href="#_edn1">[i]</a> e de caráter mundial do capitalismo, no qual, as relações nacionais e internacionais tornam-se extremamente complexas e desafiadoras para qualquer projeto de manutenção da hegemonia ou sua superação. Em que medida podemos evitar arrogar um <em>artigo de fundo</em>, que, para além de restringir-se à descrição burocrática do conteúdo do número, evitando isentar-se, ao menos pontue a conjuntura a que remetem (ou sobre que calam) os artigos aqui retratados? Desafia-mo-nos, sem a pretensão do esgotamento, a inventariar dados, referências, posições sobre o quadro de crise, com a angústia que marca nossas subjetividades – nestes tempos em que urge uma vanguarda que analise com atenção o quadro corrente e aponte a direção das lutas. Tempos em que há muito para prestar atenção nos movimentos de transformação em um <em>modo de produção<a title="" href="#_edn2"><strong>[ii]</strong></a> </em>em crise.<div> </div>

Dados de edição sobre o Volume 7, n. 2, publicado em 31/12/2015

O artigo recupera no marxismo, (a) o método para a apreensão das condições objetivas para a produção da noção de liberdade em diferentes conjunturas históricas; (b) a concepção de emancipação que vai ser construída no estágio de desenvolvimento das forças produtivas e dessa relações de produção próprias do capitalismo como modo de produção. Neste processo, recupera-se a noção de emancipação como projeto histórico possível com o fim da sociedade de classes, quando os homens atingem o reino da liberdade para autodeterminar-se conforme suas necessidades. Estabelecido um horizonte, retoma-se o papel dos professores como intelectuais orgânicos que atuam alinhados à classe trabalhadora como classe para si, por dentro da escola capitalista, resistindo e garantindo à classe trabalhadora o acesso aos conhecimentos acumulados pela humanidade, enfocados na perspectiva histórica e crítica.

Expediente

Editorial.

Apresenta-se o Volume 2, Número 2 da Revista Germinal: Marxismo e Educação em debate, cujo tema é Projeto Histórico Comunista e Educação, indicando-se o que a revista almejava ao pautar o tema, o rumo que o debate tomou a partir da contribuição dos autores e os desafios que passamos a ter a partir das teses defendidas no número.

Editorial

<p>Neste ano de 2018, celebrando os 200 anos do nascimento daquele que Friedrich Engels identificou como o maior pensador do seu tempo, <em>Germinal: Marxismo e Educação em Debate</em> – neste Volume 10, Número 3 – homenageia àquele sem o qual o sentido deste projeto editorial não existiria: Karl Marx (5/5/1818 - 14/3/1883). Reafirmamos que Marx permanece <em>referência viva</em> que nos inspira na crítica às relações de produção nas quais vivemos e nos esforços de organização da classe trabalhadora (a classe com cadeias radicais em luta pela superação destas opressivas relações de produção em que os meios de vida já são todos mercadoria.</p>