As ONGs e a política ambiental nos anos 90: um olhar sobre Mato Grosso
In: Selo Universidade / Sociologia, No. 313
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In: Selo Universidade / Sociologia, No. 313
World Affairs Online
In: Saúde em Debate, Band 47, Heft 137, S. 298-315
ISSN: 2358-2898
ABSTRACT Changes in the global rural workforce took place from 1980 onwards, above all, with the increase in female participation in salaried work. An integrative review of the literature on the working and health conditions of rural women workers, published from 2010 to 2020, was carried out. The databases consulted were BVS, SciELO and PubMed, and 43 studies, 11 national and 32 internationals, were analyzed. The results point to a diversity of work activities performed by rural women, in a salaried, autonomous and cooperative way, as well as unpaid activities. Working conditions in salaried jobs are generally precarious, with temporary contracts, low wages and long working hours. In autonomous work and in cooperatives, studies report greater control of activities, financial autonomy and greater satisfaction of workers. Stood out in all forms of work, the sexual division of labor and the work overload with the addition of productive activities, unpaid reproductive activities, housework and care work. Musculoskeletal disorders, suffering and mental illness, high exposure and poisoning to pesticides and violence in the work and domestic environment were identified as preponderant in the health-work relationships experienced by these rural women workers.
In: Saúde em Debate, Band 47, Heft 137, S. 298-315
ISSN: 2358-2898
RESUMO As mudanças na força de trabalho rural mundial ocorreram, a partir de 1980, sobretudo, com o aumento da participação feminina no trabalho assalariado. Foi realizada uma revisão integrativa da literatura publicada entre os anos de 2010 a 2020 a respeito das condições de trabalho e saúde de trabalhadoras rurais. As bases de dados consultadas foram BVS, SciELO e PubMed, e 43 estudos, 11 nacionais e 32 internacionais, foram analisados. Os resultados apontam uma diversidade de atividades de trabalho exercidas por mulheres rurais, de forma assalariada, autônoma e em cooperativas, bem como atividades não remuneradas. As condições de trabalho em empregos assalariados, em geral, são precarizadas, com contratos temporários, baixos salários e longas jornadas de trabalho. No trabalho autônomo e em cooperativas, os estudos relatam maior controle das atividades, autonomia financeira e maior satisfação das trabalhadoras. Destacou-se, em todas as formas de trabalho, a divisão sexual e a sobrecarga de trabalho com o acréscimo às atividades produtivas, das atividades reprodutivas não remuneradas, serviço doméstico e de cuidado. Distúrbios osteomusculares, sofrimentos e adoecimentos mentais, alta exposição e intoxicações por agrotóxicos e a violência no ambiente de trabalho e doméstico foram identificados como preponderantes nas relações saúde-trabalho vivenciadas por essas trabalhadoras rurais.
In: Aceno: revista de antropologia do Centro-Oeste, Band 6, Heft 11
ISSN: 2358-5587
O modelo de produção de alimentos pautado no uso de insumos químicos, produção de monocultivos e transgenia traz consequências à saúde e segurança alimentar das pessoas e dos territórios, impondo-se como hegemônico. O presente ensaio parte das reflexões teóricas de uma pesquisa sobre contaminação de alimentos realizada na região da Bacia do Rio Juruena em Mato Grosso entre os anos de 2015 e 2018 e discute a imposição aos agrotóxicos como categoria presente na determinação social do processo saúde doença naquele território.
In: Aceno: revista de antropologia do Centro-Oeste, Band 7, Heft 14, S. 231-248
ISSN: 2358-5587
Pesquisas sobre saúde mental de trabalhadores rurais no Brasil são relevantes pela expressividade do setor agropecuário na economia nacional. Supõe-se que os impactos do agronegócio sobre o meio ambiente, o processo de trabalho e modos de vida no meio rural têm repercussões sobre as condições de saúde mental. Assim, discute-se a determinação social da saúde mental de trabalhadores rurais brasileiros, a partir de revisão narrativa da literatura. Os resultados indicaram ocorrência frequente de sofrimento psicológico, transtornos mentais comuns, acometendo principalmente mulheres e trabalhadores temporários e maior prevalência de suicídio em contextos rurais. Conclui-se que as pesquisas indicam a relação da intoxicação por agrotóxicos com o surgimento de agravos à saúde mental dos trabalhadores rurais cujo sofrimento é intensificado pela precariedade das condições de vida, trabalho, ausência de políticas públicas e violência no campo e contra as mulheres.
In: Revista de Políticas Públicas, Band 24, Heft 1, S. 11
ISSN: 2178-2865
A exposição aos agrotóxicos demanda a ação integrada de prevenção, vigilância e controle na redução das consequências à saúde. O estudo analisou as ações dos agentes governamentais e da sociedade civil na implementação das políticas públicas de saúde e ambiente quanto ao uso de agrotóxicos em municípios mato-grossenses. Realizou entrevistas com vinte e sete interlocutores, interpretadas por Análise de Conteúdo Temática, a partir da Teoria da Ação Comunicativa. As categorias analisadas, Vulnerabilidades na Saúde e Ambiente, Desafios das Políticas Públicas, Hegemonia política e econômica do agronegócio, evidenciaram as dificuldades na estruturação da atenção e vigilância em saúde, ausência de participação social e ausência de ações intersetoriais. Concluiu que a influência de representantes do agronegócio na ação política local contribui para invisibilização estrutural do tema.Palavras-chave: Política Pública. Agrotóxicos. Saúde e Ambiente.PESTICIDES, HEALTH AND ENVIRONMENT: strategic action and public policies in agribusiness territoriesAbstractExposure to pesticides demands integrated prevention, surveillance and control actions to reduce health consequences. The study analyzed the actions of government agents and civil society in the implementation of public health and environment policies regarding the use of pesticides in Mato Grosso municipalities. Interviews were conducted with twenty-seven interlocutors, interpreted by Thematic Content Analysis, based on the Communicative Action Theory. The categories analyzed, Vulnerabilities in Health and Environment, Challenges of Public Policies, Political and economic hegemony of agribusiness, evidenced the difficulties in structuring health care and surveillance, absence of social participation and absence of intersectoral actions. It is concluded that the influence of agribusiness representatives on local political actioncontributes to the structural invisibility of the theme.Keywords: Public Policy. Pesticides. Health and Environment.
In: Saúde em Debate, Band 43, Heft 123, S. 1070-1083
ISSN: 2358-2898
RESUMO O uso da terra para produção de commodities agrícolas em municípios do agronegócio mato-grossense vem ocupando espaço de produção de alimentos. O objetivo deste estudo foi apresentar e discutir um indicador composto de avaliação da autossuficiência na produção de alimentos em interface com as implicações do modelo produtivo do agronegócio, na perspectiva da soberania alimentar dos territórios, baseado no estudo de caso realizado nos municípios de Campos de Júlio, Sapezal e Campo Novo dos Parecis. Os dados socioeconômicos foram levantados a partir do Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE/2010, Perfil dos Estados e dos Municípios Brasileiros/IBGE, 2014, e Censo Agropecuário de 2006. Para levantamento de produção, utilizaram-se dados disponíveis no Sistema IBGE de Recuperação Automática (Sidra) para o ano de 2016. Obtiveram-se informações acerca de área plantada das culturas de algodão, arroz, banana, café, cana-de-açúcar, citrus, feijão, girassol, milho, soja, tomate. Foram realizadas entrevistas com trabalhadores rurais e horticultores. A partir dos dados, foram elaborados indicadores compostos para a proposição de uma escala de autossuficiência alimentar nos territórios estudados. Os resultados apontam para desigualdades na ocupação dos territórios, dependência de alimentos de outras regiões e aumento do uso de agrotóxicos como consequência do modelo de produção adotado, afetando a produção local de alimentos.