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O artigo parte da ideia de que o conceito de abordagem abrangente passou a ser adotado como uma característica distintiva da União Europeia no que respeita à gestão de crises. O novo enquadramento institucional dado pelo Tratado de Lisboa e o crescente número e complexidade dos desafios globais com os quais a União procura lidar, em muito contribuiu para a sua operacionalização. Ao nível conceptual, o âmbito e objeto da abordagem abrangente da União foi parcialmente definida por um Comunicado Conjunto adotado em 2013 e pela Estratégia Global da União a ser apresentada pela Alta Representante em junho de 2016. Contudo importantes divergências entre Estados-membros, bem como entre as clivagens existentes entre instituições europeias e os obstáculos operacionais ainda impedem a sua efetiva implementação. Este artigo tem por objeto analisar a génese, evolução e perspetivas atuais sobre a abordagem abrangente da União com o propósito de incentivar o debate em curso nas instituições europeias e entre as comunidades de peritos. A primeira parte oferece uma perspetiva sobre o desenvolvimento do conceito desde a adoção da Estratégia Europeia de Segurança até à entrada em vigor do Tratado de Lisboa e à adoção pela Comissão Europeia e Alta Representante do Comunicado Conjunto. A segunda parte avalia os esforços e lacunas relativas à sua operacionalização, considerando em particular a questão do desenvolvimento de capacidades na área da segurança, desenvolvimento, programas conjuntos na cooperação para o desenvolvimento e migrações. Conclui com uma perspetiva sobre o futuro da abordagem abrangente da União considerando a adoção da Estratégia Global da União Europeia. ; info:eu-repo/semantics/publishedVersion

This article aims at analysing the strengths and shortfalls of the European Union (EU) Civilian Crisis Management (CCM) system after the entry into force of the Lisbon Treaty. The Treaty introduced a number of important innovations at the strategic, institutional and operational level that have the potential to produce a significant impact on the way in which the EU addresses today's complex crises and defines its role in the international security environment. The article starts out with a review of the origin and evolution of the EU as a civilian crisis manager actor, with a view to point out the main steps, concrete achievements and remaining gaps on the eve of the adoption of the Lisbon Treaty. The second part focuses on the assessment of the Lisbon Treaty's innovations in the CCM system in terms of institutions, mechanisms and capabilities. The following section is dedicated to the evaluation of the experience on the ground, conducted through the identification of the main trends of CCM after Lisbon. The analysis relies on the study of the civilian missions launched by the EU since 2012: EUCAP Sahel Niger, EUCAP Nestor, EUAVSEC South Sudan and, more recently, EUBAM Libya, EUCAP Sahel Mali and EUAM Ukraine. The last part offers some policy recommendations for the EU in order to improve its performance in the field of CCM through improved strategies, institutional set-up, operational planning and capability development.

Grevi, G.: Esperienze apprese ed efficacia dell missioni civili Pesd. - S. 13-36 Creta, A.; Pirozzi, N.: Formazione e reclutamento del personale civile. - S. 37-65 Gianniti, L.: Aspetti normativi e finanziari della partecipazione dell'Italia alle missioni civili Pesd. - S. 71-90 (...) (...) (...)

As the so-called Arab Spring has slid into political uncertainty, lingering insecurity and civil conflict, European and American initial enthusiasm for anti-authoritarian protests has given way to growing concerns that revolutionary turmoil in North Africa may in fact have exposed the West to new risks. Critical in cementing this conviction has been the realisation that developments originated from Arab Mediterranean countries and spread to the Sahel have now such a potential to affect Western security and interests as to warrant even military intervention, as France's operation in Mali attests. EU and US involvement in fighting piracy off the Horn of Africa had already laid bare the nexus between their security interests and protracted crises in sub-Saharan Africa. But the new centrality acquired by the Sahel after the Arab uprisings - particularly after Libya's civil war - has elevated this nexus to a new, larger dimension. The centre of gravity of Europe's security may be swinging to Africa, encompassing a wide portion of the continental landmass extending south of Mediterranean coastal states. The recrudescence of the terrorist threat from Mali to Algeria might pave the way to an American pivot to Africa, thus requiring fresh thinking on how the European Union and the United States can better collaborate with each other and with relevant regional actors.