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CONTESTED KNOWLEDGES IN THE ENVIRONMENTAL CONFLICT OVER URANIUM AND PHOSPHATE MINING IN CEARÁ - BRAZIL
In: Vibrant: Virtual Brazilian Anthropology ; Revista semestral publicada pela Associação Brasileira de Antropologia, Band 14, Heft 2
ISSN: 1809-4341
Abstract This article analyses aspects of knowledge production in situations of environmental conflicts. It focuses on the context of the environmental field established by the announcement of the uranium and phosphate mining project in the Sertão Central (Central Hinterland) of Ceará - Brazil. The aim is to describe several modus faciendi - ways of acting - that update and territorialize epistemicide and cognitive injustices in the context of neo-extractivism. It also intends to describe processes of knowledge construction put in motion by subjects who were affected, in order to defend themselves from threats to their territories and ways of life. The study also addresses interfaces of this process with the participation of researchers/advisors who, from the perspective of a science oriented by activism, engage in dialogue with local subjects for a shared production of knowledge.
OS CONFLITOS ENTRE O AGRONEGÓCIO E OS DIREITOS DAS POPULAÇÕES: O PAPEL DO CAMPO CIENTÍFICO
In: PEGADA: a revista da geografia do trablho, Band 12, Heft 1
ISSN: 1676-3025
O Núcleo Tramas teve, nos últimos cinco anos, a oportunidade de desenvolver pesquisa apoiada pelo CNPqsobre a questão dos agrotóxicos no Baixo Jaguaribe - região muito especial do semi-árido, vitimada pela recente expansão das fronteiras agrícolas no Ceará. Em diálogo com Universidades e institutos de pesquisa em Minas Gerais, Brasília, Pernambuco, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Limoeiro do Norte e com movimentos sociais do campo – como o MST, CPT, MAB, Cáritas, Sindicatos de Trabalhadores, Pastorais sociais, pudemos logo compreender que mais que um risco químico, os agrotóxicos representavam uma das facetas – talvez a mais perversa - da modernização agrícola.
Exploring Fragility: Industrial Delocalization, Occupational and Environmental Risks, and Non-Governmental Organizations
What is the role of non-governmental organizations – NGOs – in the process of industrial delocalization and socio-spatial redistribution of occupational and environmental risks? In an attempt to contribute to this debate, this study approaches the issue in a very specific socio-historical context, marked by recent accelerated industrialization in a small town in Northeast Brazil. Based on semi-structured interviews with leaders of four local NGOs, the way they perceive and value the risks introduced into the area and relations between industrialization and local development are analyzed. Findings show a strong adherence to the industrial plan by workers' trade unions, whilst other NGOs are highly critical with regard thereto, but undertake no social or political activity regarding the issues they identify. This phenomenon is discussed in terms of the modus operandi of ideology and its strategies for symbolic construction, enabling a comprehensive reinterpretation of how capital also benefits, in its mobility, from local society's fragility in organizing and protecting quality of life and public health.
BASE
Produção de vulnerabilidades em saúde: o trabalho das mulheres em empresas agrícolas da Chapada do Apodi, Ceará
In: Saúde em Debate, Band 41, Heft spe2, S. 63-79
ISSN: 0103-1104
RESUMO O estudo analisa os impactos que o trabalho nas empresas de fruticultura irrigada, instaladas na região da Chapada do Apodi, Ceará, exerce sobre a saúde das mulheres. Trata-se de uma pesquisa qualitativa realizada, de 2014 a 2015, por meio de trabalho de campo de base etnográfica, entrevistas semiestruturadas e observação do processo de trabalho. Os dados foram analisados pelo referencial da Análise do Discurso. Verificou-se que a organização do trabalho nessas empresas é marcada por uma forte divisão sexual; observa-se que, sobre as mulheres, recaem riscos específicos e violações de direitos que promovem vulnerabilidades e repercutem negativamente sobre suas condições de saúde.
Conflito socioambiental no entorno da fábrica de agrotóxicos no Ceará - Brasil
In: Em pauta: teoria social e realidade contemporânea, Band 11, Heft 32
ISSN: 2238-3786, 1414-8609
Por que morreu VMS? Sentinelas do des-envolvimento sob o enfoque socioambiental crítico da determinação social da saúde
In: Saúde em Debate, Band 41, Heft 112, S. 92-109
ISSN: 0103-1104
RESUMO Partiu-se do óbito de trabalhador em empresa transnacional por hepatopatia causada por agrotóxicos, para debater limites do paradigma biomédico que orienta as ações do Sistema Único de Saúde. Com base no enfoque socioambiental crítico e transformador, busca-se alargar a compreensão desta e de outras mortes de trabalhadores, 'incluídos' por meio do emprego precarizado e desigualmente protegidos pelas políticas públicas. Caracteriza-se, então, um processo de vulnerabilização mediado pelo Estado neoliberal e tensionam-se as bases teórico-metodológicas da saúde coletiva para avançar em uma perspectiva crítica e emancipatória, em diálogo com os saberes de outros sujeitos epistêmicos e políticos.
É dando que se recebe: as políticas de benefícios de uma fábrica de calçados no Ceará
In: Cadernos de Psicologia Social do Trabalho, Band 11, Heft 1, S. 41
ISSN: 1981-0490
Territórios tradicionais de vida e as zonas de sacrifício do agronegócio no Cerrado
In: Saúde em Debate, Band 46, Heft spe2, S. 13-27
ISSN: 2358-2898
RESUMO A imensa sociobiodiversidade do Cerrado brasileiro pode ser compreendida a partir dos modos de vida construídos pelo amplo leque de povos e comunidades tradicionais em suas relações com o bioma, do qual são guardiãs. Nas últimas décadas, projetos de desenvolvimento promovem ali acelerado avanço do agronegócio, expropriando terras, privatizando águas, contaminando o ambiente e ameaçando ou inviabilizando modos de vida tradicionais. Neste artigo, parte-se da percepção de mulheres de Campos Lindos/TO, sobre as consequências trazidas às suas vidas e saúde por empresas produtoras de soja. Em seguida, questiona-se a constituição do Cerrado como zona de sacrifício do desenvolvimento brasileiro, ao concentrar terras para a produção de 75% de quatro commodities agrícolas, desmatar mais de 50% da vegetação nativa, exaurir aquíferos e levar rios à morte, contaminar o ambiente com 73,5% dos agrotóxicos consumidos no País, trazendo implicações para o processo saúde-doença (como intoxicações agudas, malformações, cânceres, desnutrição, adoecimento mental) e para outros biomas do Brasil e países da América do Sul. Conclui-se perscrutando alternativas na perspectiva dos comuns, do decrescimento, dos direitos da natureza e do bem viver, instigando reflexões da saúde coletiva e da agroecologia sobre a contribuição dos saberes e fazeres tradicionais à saúde e à emancipação humana.
Da excelência ao lixo: humilhação, assédio moral e sofrimento de trabalhadores em fábricas de calçados no Ceará
In: Cadernos de Psicologia Social do Trabalho, Band 12, Heft 2, S. 173
ISSN: 1981-0490
PERÍMETROS IRRIGADOS E DIREITOS VIOLADOS NO CEARÁ E RIO GRANDE DO NORTE: "POR QUE A ÁGUA CHEGA E A GENTE TEM QUE SAIR?"
In: PEGADA: a revista da geografia do trablho, Band 17, Heft 2
ISSN: 1676-3025
A agricultura irrigada utiliza cerca de 70% da água consumida no Brasil, podendo comprometer a garantia prioritária para o abastecimento humano, especialmente no semiárido. O Governo Federal planeja acentuá-la através da nova Política Nacional de Irrigação. A proposta do Estado é estimular a modernização da agricultura e a competitividade do agronegócio ampliando em 393.000 hectares as áreas de perímetros irrigados. Com o objetivo de investigar tal política, este artigo analisa as fases de desapropriação, instalação e operação de cinco estudos de caso de perímetros irrigados no Ceará e no Rio Grande do Norte. A pesquisa utilizou-se de estudos bibliográficos, documentais e materiais produzidos por movimentos sociais. A política de irrigação, nesse sentido, tem conformado conflitos ambientais e violado os direitos dos povos do campo a terra, ao território, à água, ao ambiente, à saúde, ao trabalho e à participação política, quando estes deveriam ser concretizados pelas políticas públicas.
Vozes e fazeres do semiárido: convites à descolonização do campo científico, rumo a outras práxis
In: Saúde em Debate, Band 46, Heft spe2, S. 277-292
ISSN: 2358-2898
RESUMO As fronteiras do capital neoextrativista avançam sobre territórios de populações tradicionais, provocando conflitos socioambientais, agravando a crise civilizatória, ameaçando a sustentação da vida no planeta. A pedagogia do território, a práxis acadêmica no Núcleo Tramas, traz pistas para que os sujeitos da universidade incidam na assimetria de forças presente nos territórios em conflito ambiental. Duas experiências iluminam as reflexões deste ensaio. Na luta pela construção do seu território camponês, as vivências das comunidades de Apodi/RN anunciam a agroecologia como forma de resistir ao Projeto da Morte. Por sua vez, o Núcleo de Reflexões, Estudos e Experiências em Agroecologia e Justiça Ambiental revelam o protagonismo das mulheres na construção da agroecologia e na defesa de seus territórios. Sob a perspectiva decolonial, discutem-se as bases teórico-epistemológicas, que incitam metodologias insurgentes e fomentam o diálogo de saberes, ressignificando os sujeitos cognoscentes. A mediação entre as vozes dos povos do semiárido e o campo científico da saúde coletiva provoca a reflexão: quais são os recados desses povos para a academia? Enquanto ainda se buscam possibilidades, os camponeses já têm, há muito, anunciado a agroecologia como alternativa para produzir, existir harmonicamente na natureza, promover saúde e resistir aos efeitos da colonialidade.