Esta estimulante coleção de livros, dirigida por Juniele Rabêlo de Almeida, oferece ao leitor perspectivas multifacetadas sobre a relação entre a história oral, os públicos e o tema de seus volumes. Em cada um deles, relatos de importantes pesquisas empíricas dividem espaço com reflexões sobre as questões teóricas e metodológicas concernentes ao uso de entrevistas, desde as estratégias de coleta até os desafios de interpretação. Em conjunto, os livros desta coleção apresentam um panorama daquilo que de melhor vem sendo produzido no campo da história oral no Brasil. Neste volume, História oral e história das mulheres. --
This article is intended to introduce the concept and practices of public history as a new positioning of the historical science in dialogue with communications professionals, to produce and disseminate human experiences. For this, discussed the origin of the concept of public history and the different forms of historical education to the use of new technologies can provide (including the Internet). In this regard, it invites the reader to reflect on possibilities for advertising and the democratization of historical knowledge and culture, for the expansion of opportunity of production, dissemination and public access to different forms of experiences in time. The article also intends to call the dangers of productions presented exclusively to the market that transform the popularization of history on the strengthening of the cultural stigmas care professionals dealing with history and communication. ; En este artículo se pretende introducir el concepto y las prácticas de la historia pública como un nuevo posicionamiento de la ciencia histórica en diálogo con profesionales de la comunicación, para producir y difundir las experiencias humanas. Para esto, se discute el origen del concepto de historia pública y las diferentes formas de educación histórica que el uso de las nuevas tecnologías puede proporcionar (entre ellas la Internet). En este sentido, se invita al lector a reflexionar sobre las posibilidades de la publicidad y la democratización del conocimiento histórico y la cultura, para la expansión de oportunidad de la producción, de la difusión y el acceso público a las diferentes formas de experiencias en el tiempo. El artículo también tiene la intención de llamar la atención de los profesionales que se ocupan de la historia y la comunicación a los peligros de las producciones presentadas en exclusiva al mercado que transforman la popularización de la historia en el fortalecimiento de los estigmas culturales.
Neste trabalho teremos o propósito de apresentar e conhecer, a partir das narrativas pessoais (e políticas) de duas mulheres lésbicas estudantes universitárias - colhidas por meio da aplicação do método História Oral de Vida - o(s) "armário(s)" e algumas das facetas do modus operandi desse regime e de suas regras contraditórias e limitantes. Nossa hipótese, dentre outras coisas, é que, como narrativas exemplificativas, as falas das entrevistadas, ainda que involuntariamente, poderão dar testemunho da extensão e força da imagem do(s) armário(s), podendo nos remeter a duas conclusões vitalmente importantes a que chega Eve Sedgwick em A epistemologia do armário: que este ainda é a característica fundamental das vidas que não se enquadram nos marcos heteronormativos, com uma (ainda) forte presença formadora, e que "assumir-se" ou "sair do armário" em alguma(s) das dimensões da vida de uma pessoa "LGBT" não a retira automaticamente do(s) armário(s) que a enredam. Fazendo-o, o campo narrativo dessa investigação intentará aproximar-se de uma agenda de redescrição das práticas de gênero e sexualidade - antilgbtfóbica e anti-sexista - e de questionamento dos privilégios da norma e de sua indiferença para com as pessoas inaudíveis para a ordem androcêntrica e heterossexual, contrabandeando falas subalternizadas (in casu, falas de mulheres lésbicas) para o interior da academia.
Resumo: Neste artigo, objetivamos apresentar algumas reflexões sobre as narrativas orais de três mulheres que sobreviveram a situações severas de violência na cidade de Parnaíba, no Piauí. Em 2017, iniciamos um estudo sobre violência de gênero na cidade, utilizando a história oral testemunhal como procedimento e os conceitos de patriarcado e feminicídio como orientação. Entendemos que a publicização dessas histórias possa contribuir para a consolidação de um saber feminista posicionado e para o debate em torno das políticas públicas de prevenção e reparação.