Papéis ocupacionais de pessoas soropositivas e percepção sobre os preconceitos sofridos
In: Revista família, ciclos de vida e saúde no contexto social: REFACS, Band 10, Heft 3, S. 488-500
ISSN: 2318-8413
Objetivo: descrever os papéis ocupacionais de pessoas que vivem com HIV, e sua percepção sobre preconceito sofrido e auto-preconceito. Método: estudo quanti-qualitativo, exploratório, descritivo e transversal, com pessoas que viviam com HIV há pelo menos seis meses, internados em uma unidade para tratamento de doenças infecto-parasitárias entre abril e junho/2018. Utilizou-se a Lista de Identificação de Papéis Ocupacionais e interpretou-se pela estatística descritiva e análise de conteúdo temática. Resultados: participaram cinco homens e duas mulheres, com média de idade de 40 anos; o tempo médio em que viviam com HIV de 13,14 anos; religião de base cristã ou acreditava em Deus; tendo profissão com trabalho remunerado; infectados ainda na juventude. Nos papéis ocupacionais, todos foram Estudantes no passado, e 43% ainda pretendiam retomar. O mesmo desempenho de papéis ocorreu em todos nos Serviço Doméstico no passado e, para Membro de Família, no presente e no geral, verificou-se redução dos papéis ocupacionais em relação ao passado. Elaborou-se três categorias temáticas: Preconceitos; Sentimentos Negativos; e Convívio com o HIV e apoio social. Conclusão: o HIV gerou preconceitos e impactos negativos nos papéis ocupacionais.