Corpo livre: corpo e arte como formas de ativismo em São Paulo ; Corpo livre: body and art as means of activism in Sao Paulo
Movimentos sociais organizados de novas formas estão debatendo a intersecção de diferentes marcadores sociais ou eixos de opressão, como gênero, sexualidade, classe e raça, problematizando normas sexuais e de gênero. Utilizando uma abordagem etnográfica e métodos qualitativos como entrevista e observação, o presente artigo pretende responder à pergunta: o que significa aos ativistas da Revolta da Lâmpada fazer ativismo usando o artivismo como método, em um coletivo com inspiração interseccional que tem o corpo livre como denominador comum de luta? O coletivo de São Paulo, Brasil, se entende como uma plataforma com horizontes interseccionais, criando um denominador comum – o "corpo livre" – entre diferentes grupos identitários sem a hierarquização de suas agendas e a deslegitimação de seus espaços exclusivos. Através da celebração de seus corpos ocupando espaços públicos, elasusam diversas expressões artísticas para fazer ativismo, o que tem sido chamado de artivismo. ; New forms of organizing social movements are debating the intersection of different social markers or axis of oppression, as gender, sexuality, class and race, problematizing sexual and gender norms. The collective A Revolta da Lâmpada, in São Paulo, Brazil, claims to be a platform with intersectional horizon, creating a common denominator – the free body – among different identity groups without the hierarchization of agendas and delegitimization of its exclusive spaces. Through the celebration of their bodies occupying public spaces, it uses diverse artistic expressions to do activism, what is being called artivism. The study highlights how the collective goes beyond the debate on identity politics and uses the intersectional inspiration together with the body – and its emotions – as site of resistance, celebration and means of exploring artistic forms of doing activism.