Fiscal multipliers depend on several structural characteristics of each economy. In this study it is argued that labor income tax progressivity lowers the fiscal multipliers of fiscal consolidation programs. By calibrating an incomplete‑ markets, overlapping generations model for the United States for different values of the labor income tax progressivity, it is shown that as progressivity increases the recessionary impacts of fiscal consolidation are lower in the case of consolidation through decrease of government spending and are more recessionary in the case of consolidation financed with tax hikes. ; Os multiplicadores orçamentais dependem de várias características estruturais de cada economia. Neste estudo, argumenta‑ se que a progressividade do imposto de rendimento do trabalho reduz os multiplicadores fiscais dos programas de consolidação fiscal. Ao calibrar um modelo de gerações sobrepostas e de mercados incompletos para os Estados Unidos e para diferentes valores da progressividade do imposto sobre os rendimentos do trabalho, mostra‑se que, à medida que a progressividade aumenta, os impactos recessivos da consolidação orçamental são menores no caso da consolidação por redução dos gastos governamentais, e são mais recessivos no caso da consolidação ser financiada com aumento de impostos.Palavras‑ chave: consolidação orçamental; multiplicadores orçamentais; progressividade fiscal sobre os rendimentos do trabalho.
Abstract The ongoing Eurocrisis expresses the limits of an institutional setup designed to run the Euro as commodity money and to organize labour into competitive markets. Building on Polanyi's (1944) claim that "a market economy can exist only in a market society", this paper approaches the project of European integration "as an instituted process" (Polanyi, 1957) of enactment of a market economy embedded in a market society. Section 1 builds a polanyian framework, with particular focus on the theoretical tension between the notions of market disembeddedness and embeddedness in a market society. Section 2 presents the structure of European multilevel governance as an institutional blueprint of market disembeddedness. A third section explores the dynamics of translation of the European Market Economy into a European Market Society. The paper concludes by arguing that a solution to the Eurocrisis that is both Europeanist and democratic will require replacing the liberal ethos of the market for the public sphere, as rationale for the European society embedding the European economy. ; FCT
Esta pesquisa procurou evidenciar um relato de experiência de uma professora e pesquisadora dentro de uma instituição especializada em deficiência visual (DV). O estudo enfatizou a interseccionalidade de "gênero", "raça" e "DV" como elementos a serem abordados em duas rodas de conversas versando sobre os temas "A condição da mulher e violência93 na nossa sociedade" e "Racismo e escravidão". A ausência destas temáticas no cotidiano destes educandos DV tanto no convívio com os familiares como por parte do corpo docente desta instituição evidencia a construção de estereótipos destes sujeitos enquanto passíveis de subjetividade ou dependentes da construção da identidade do "outro". Sendo assim, a expressão "Eu sou a branquinha do papai" proferida por uma educanda deficiente visual negra em sala de aula revela a ausência de identificação dela com sua própria autodeclaração étnica. Por isso, a metodologia das rodas de conversa adotada levou em consideração os questionamentos e colocações previamente levantados pelos educandos com deficiência visual e a construção do conhecimento a partir de um processo dialógico e aberto. Com isso, constatou-se nas vivências docentes da roda de conversa que embora o assunto de "Gênero e Sexualidade" seja muito provocativo e instigante no coletivo de estudantes e em âmbito individual, as questões de raça e negritude produzem um silenciamento do grupo, reverberando o apagamento das questões curriculares sobre "Raça" num espaço de Educação Especial.
Este artigo tem como intuito elaborar uma explanação sobre as formas de conhecer a cidade, tomando como norte da pesquisa o convite a vivenciar os espaços urbanos como artistas visuais e ativistas. Os projetos Stop Telling Women To Smile e o Coletivo Feminicidade promovem uma convocação aos seus seguidores de se tornar ativista. Para a elaboração deste artigo, a pesquisa acompanhou as redes sociais dos artistas, além de uma observação participativa nas oficinas e nas colagens proporcionadas pelo Coletivo Feminicidade. A experiência proporcionou uma reflexão maior sobre a interação de artistas e ativistas com seus públicos para além das redes sociais, contribuindo para diálogos sobre as suas xperiências em pensar como seus corpos interagem em grandes centros urbanos.
O artigo busca, a partir de dois contextos etnográficos, refletir questões envolvendo fluxos transnacionais de congoleses dentro e fora do Brasil, abordando as macropolíticas com que se relacionam e a produção de conhecimentos em meio a estes fluxos.
Portuguese art history experienced remarkable development after World War II, especially with the work of José-Augusto França, who was responsible for establishing a historiographic canon for nineteenth- and twentieth-century Portuguese art that still endures. José-Augusto França developed a narrative that held Paris up as an artistic and cultural role model in relation to which he diagnosed a permanent delay in Portuguese art. This essay analyses França's idea of belatedness in the context of Portuguese art historiography and political history and how it is part of a genealogy of intellectual thought produced in an imperial context, revisiting previous art historians and important authors, such as Antero de Quental and António Sérgio. Moreover, it aims to address how the concept of belatedness was associated with the idea of "civilisation" and the idea of "art as civilisation." Belatedness also has implications in the constraints and specificities of writing a master narrative in a peripheral country – a need particularly felt in the second half of the twentieth century, to mark a political standpoint against the dictatorship that ruled from 1926 to 1974. Part of the reaction to fascism expressed the desire to follow other nations' democratic example, but the self-deprecating judgements on Portuguese art were frequently associated with the identification of essentialist motifs – the "nature" of the Portuguese people, their way of thinking, of living, their lack of capacities or skills – and of a self-image of being "primitive" in comparison with other European countries that has antecedents going back to the eighteenth century. I will address the nostalgia for the empire and the prevailing notion of belatedness throughout the twentieth century regarding unsolved issues with that nostalgia. ; Portuguese art history experienced remarkable development after World War II, especially with the work of José-Augusto França, who was responsible for establishing a historiographic canon for nineteenth- and twentieth-century Portuguese art that still endures. José-Augusto França developed a narrative that held Paris up as an artistic and cultural role model in relation to which he diagnosed a permanent delay in Portuguese art. This essay analyses França's idea of belatedness in the context of Portuguese art historiography and political history and how it is part of a genealogy of intellectual thought produced in an imperial context, revisiting previous art historians and important authors, such as Antero de Quental and António Sérgio. Moreover, it aims to address how the concept of belatedness was associated with the idea of "civilisation" and the idea of "art as civilisation." Belatedness also has implications in the constraints and specificities of writing a master narrative in a peripheral country – a need particularly felt in the second half of the twentieth century, to mark a political standpoint against the dictatorship that ruled from 1926 to 1974. Part of the reaction to fascism expressed the desire to follow other nations' democratic example, but the self-deprecating judgements on Portuguese art were frequently associated with the identification of essentialist motifs – the "nature" of the Portuguese people, their way of thinking, of living, their lack of capacities or skills – and of a self-image of being "primitive" in comparison with other European countries that has antecedents going back to the eighteenth century. I will address the nostalgia for the empire and the prevailing notion of belatedness throughout the twentieth century regarding unsolved issues with that nostalgia.
Fiscal multipliers depend on several structural characteristics of each economy. In this work projectit is argued that labor income tax progressivity lowers fiscal multipliers of fiscal consolidation programs. By calibrating a model withincomplete-markets andoverlapping generationsfor the United States,for different values ofthe labor incometax progressivity,it is shown that as progressivity increases,the recessionary impacts of fiscal consolidation are lower in the case of consolidation through decrease of government spending and are more recessionary in the case of consolidation financed with tax hikes. The first case is explained through the positive relationship between labortax progressivity and the percentage of borrowing constrained agents in the economy. In the second case the results are linked to the distortionary effects in the economy of increasing tax progressivity.
Throughout its history, many were the times the European project was pronounced dead. From 1992 Danish blockage to the Maastricht Treaty to the French and Dutch "No"s to a European Constitution in 2005, the spectre of faltering political institutions for shaping an integrated economy seems to rise stronger every time. The hypothesis of this dissertation is that the European project is well captured by Polanyi"s thesis of the Double Movement. The institutional architecture of European integration, it is argued, triggers a process of market disembeddedness. This architecture is characterized by an asymmetry between negative integration advanced by supranational enforcement of the Single Market and intergovernmental governance of positive (market-shaping) integration. As a result, particularly after the Maastricht Treaty, domestic institutions have been pressured to comply with market requirements. At the same time, however, protective countermovements arose to reembed a disembedded economy. This dissertation is structured as follows: Chapter 1 explores Polanyi"s thesis of the Double Movement; chapter 2 builds on the Varieties of Capitalism approach to identify distinct market embedding institutions in Europe (according to these differences, a set of countries is chosen in order to monitor the process of market disembeddedness); chapter 3 outlines the hypothesis of asymmetric integration; chapter 4 identifies institutional arenas in which market is disembedded; chapter 5 assesses the impact upon market-embedding institutions of the selected economies and identifies protective countermovements. The dissertation concludes by drawing implications that may contribute to the ongoing debate over European integration. ; A construção de um Mercado Europeu foi, desde cedo, uma questão muito mais popular e exequível do que a da construção de uma integração política. Desde cedo, contudo, que os mais proeminentes europeístas como Delors ou Schuman defenderam que uma União económica não seria possível sem instituições políticas à escala Europeia que salvaguardassem a coesão social dos efeitos do mercado livre. Ao longo da sua história, o aprofundamento da integração económica foi marcado por bloqueios e convulsões que iam denunciando a resistência das sociedades relativamente a um Mercado Único Europeu sem uma Europa Social. Do "não" Dinamarquês ao Tratado de Maastricht, em 1992, à rejeição da Constituição Europeia nos referendos populares em França e na Holanda, em 2005, muitas foram as vezes que o projecto Europeu foi tido por condenado, traído por um mercado que tinha ido longe demais e pelo espectro da questão política. Esta dissertação parte da intuição inicial de que a arquitectura institucional da integração Europeia consubstancia uma determinada economia política que Polanyi (1947) designa por Obsoleta Mentalidade Mercantil. A Obsoleta Mentalidade Mercantil traduz a ideia de que a maximização do lucro individual e o princípio do laissez-faire correspondem a uma natureza humana e ordem social espontânea, sobre a qual instituições não mercantis (políticas, regulatórias, etc.) exercem constrangimentos artificiais; criar condições para a instalação de um mercado competitivo e sem distorções ("artificiais") no sistema de formação de preços com base na oferta e na procura seria, portanto, condição suficiente (e ideal) para a coordenação dos actores sociais e económicos. Nada há, contudo, segundo Polanyi, de mais contrário à realidade. A Economia assenta em instituições histórica e culturalmente determinadas, e o mercado deve ser compreendido como um padrão de relacionamento parametrizado por essas estruturas social e historicamente determinadas e incrustado nelas. O que é artificial é, portanto, a desincrustação do padrão de mercado dessas estruturas. Particularmente, a ingenuidade e utopia de um tal projecto residem em que ele ignora a realidade daquilo que Polanyi designa por Mercadorias Fictícias. Trabalho, terra e moeda não foram produzidos para serem vendidos e organizados segundo o mecanismo do mercado. Isto é muito intuitivo relativamente ao trabalho humano: se o valor da mercadoria é definido pela interacção entre procura e oferta, então a mercadoria trabalho tem de estar sujeita a ser deixada de parte, sem nenhum valor atribuído, na circunstância de não haver procura e utilização para ela; isto, como é evidente, não pode ser feito sem arriscar a vida do indivíduo que é o "portador" dessa mercadoria. A mercadoria fictícia trabalho (nesta dissertação, iremos apenas focar-nos na desincrustação do mercado do ponto de vista da mercadorização do trabalho) é desmercadorizada por instituições colectivamente determinadas que definem noções de vida e de oportunidades de bem-estar que devem ser reconhecidas aos indivíduos dessa sociedade, independentemente do funcionamento do mercado. Ao mesmo tempo, contudo, estas instituições limitam a completa organização do trabalho num mercado, produzem atrito a que o seu valor reflicta a interacção entre a oferta e a procura. Reside aqui o paradoxo do mercado, ao mesmo tempo que estas instituições garantem que o seu funcionamento não resulta na destruição do indivíduo e na desagregação do tecido social, é o próprio mercado que pede que o trabalho (elemento essencial da actividade económica) esteja disponível e organizado num mercado competitivo. A criação desse mercado, contudo, ao contrário do que a Obsoleta Mentalidade Mercantil do laissez-faire quer fazer parecer, não tem nada de natural, não corresponde a nenhuma característica ou tendência essencial do mercado para se instalar como mecanismo de coordenação dos indivíduos em sociedade; antes corresponde a um processo altamente artificial de remoção dos parâmetros instalados pelas instituições referidas que colocam obstáculos e produzem atritos. Esse processo artificial de remoção de entraves à organização social num mercado competitivo, importa frisá-lo, é um processo de decisão de remoção desses parâmetros: o mercado é criado legislativa e judicialmente. A artificialidade desta construção resulta em que o mercado nunca pode ser inteiramente desincrustado das estruturas sociais que o parametrizam e que, em particular, que desmercadorizam a actividade humana. Ao mesmo tempo que decisões políticas e judiciais criam e fazem avançar o princípio organizacional do mercado, reacções espontâneas surgem sob as mais variadas formas para recalibrar o tecido institucional de forma a puxar o mercado de volta para uma posição incrustada. É este o fundamental da economia política polanyiana do Duplo Movimento que irá informar a nossa análise: o mercado é criado; a reacção social para reincrustá-lo é espontânea – "o laissez faire foi planeado; o planeamento não" (Polanyi, 2001[1944]: 147, minha tradução) A hipótese que esta dissertação se propõe a investigar é, neste quadro, a seguinte: A história da integração Europeia pode ser contada nos termos da narrativa polanyiana do Duplo Movimento. Para tanto, esta dissertação estruturar-se-á da seguinte forma: (1) o primeiro capítulo desenhará a economia política polanyiana do Duplo Movimento que servirá de quadro teórico à leitura do projecto Europeu, aqui serão identificados elementos conceptuais estratégicos que estruturarão e orientarão toda a dissertação (a noção de uma perspectiva da economia como um processe assente em instituições; o conceito de instituições de incrustação do mercado e desmercadorização do trabalho – relações industriais e Welfare States -, a artificialidade da desincrustação do mercado e o carácter defensivo e desarticulado do segundo movimento). O (2) segundo capítulo partirá da abordagem à economia enquanto processo institucional e da noção de instituições de desmercadorização do trabalho trabalhadas no capítulo 1), e identificará que configurações estas instituições assumem de facto nas economias políticas europeias (deste trabalho, um conjunto de países será seleccionado, pelas suas especificidades institucionais, com vista a uma mais próxima monitorização do processo de desincrustação, ao longo de toda a dissertação). O (3) terceiro capítulo exporá a arquitectura institucional que desencadeia a desincrustação do mercado nas economias políticas europeias; esta arquitectura caracteriza-se por configurar uma assimetria fundamental entre os modos de governação das liberdades de mercado (supranacional-hierárquico) e os modos de governação da construção de instituições de incrustação do mercado à escala Europeia (negociações intergovernamentais). Em particular, identificar-se-á o período pós-Maastricht como o ponto marcante da habilitação desta estrutura de integração assimétrica, que marca a transição, na história da integração Europeia, para uma fase em que esta passa a adereçar as instituições domésticas de desmercadorização do trabalho; assinalar-se-á também o papel estratégico desempenhado pelo Tribunal de Justiça da União Europeia nesta estrutura, assim como no processo de criação do Mercado único e, sobretudo, no processo da sua desincrustação das instituições domésticas. O (4) quarto capítulo exporá como esta estrutura de integração assimétrica se traduziu em actos específicos de criação de mercado. Focar-nos-emos nas liberdades económicas que foram consolidadas com Maastricht: o princípio da livre provisão de serviços, o princípio de liberdade de estabelecimento e princípio da livre circulação de capitais. Estas garantias configuram a criação de um mercado único para a provisão de serviços e para a governação corporativa desincrustado das estruturas colectivas de relações industriais. Este quarto capítulo mostrará também como as liberdades de Mercado, no contexto de integração assimétrica, ameaçam os arranjos institucionais domésticos para desmercadorização do trabalho que se baseiam no financiamento colectivo (no modelo continental de segurança social, baseado em contribuições relacionadas com a participação no trabalho) e/ou no financiamento público (baseado nas receitas fiscais); no contexto de integração assimétrica exposto no terceiro capítulo, o mercado único desencadeia uma "concorrência de regime" (Scharpf, 2001, 2006), traduzida em pressões sobre os custos não salariais do trabalho (o que afecta particularmente os modelos de segurança social baseados nas contribuições do trabalho), e em concorrência fiscal (Ganghof and Genschel, 2007, Genschel et al. 2009). Finalmente, este capítulo prestará ainda atenção às pressões adicionais sobre as instituições dos países da zona euro pela União Económica e Monetária; especificamente, dando conta de como o paradigma subjacente ao Pacto de Estabilidade e Crescimento constrange ainda mais a opção de financiamento público dos Welfare States. Finalmente, o quinto (5) capítulo divide-se em três momentos cruciais. O primeiro identificará tendências de mudança institucional nos campos das instituições de incrustação do mercado (i.e. relações industriais e Welfare States) das economias políticas escolhidas no capítulo 2, que são consistentes com os elementos identificados no quarto capítulo. O segundo momento identificará tendências de reincrustação ao nível de cada uma destas economias, no quadro da distinção polanyiana entre a artificialidade do primeiro movimento de criação de mercado e o segundo movimento defensivo, composto por iniciativas desarticuladas e focadas em dar uma resposta de reincrustação a estímulos de mercadorização particulares. O terceiro momento identificará sinais do segundo movimento à escala Europeia, e avaliará criticamente o seu alcance, no âmbito da integração assimétrica. Finalmente, desta análise da integração europeia como hipótese polanyiana serão retiradas conclusões que possam constituir contributo à construção de uma solução europeísta e democrática para os actuais problemas e estrangulamentos da construção Europeia, não só relativamente à actual crise das dívidas soberanas, mas, mais profundamente (e porque se considera que esta é muito mais uma crise de configuração institucional do que uma crise localizada nos problemas de endividamento externo de algumas economias), relativamente ao problema estrutural da integração assimétrica.
UID/PAM/00417/2019 PTDC/ART-HIS/29837/2017 ; Portuguese art history experienced remarkable development after World War II, especially with the work of José-Augusto França, who was responsible for establishing a historiographic canon for nineteenth- and twentieth-century Portuguese art that still endures. José-Augusto França developed a narrative that held Paris up as an artistic and cultural role model in relation to which he diagnosed a permanent delay in Portuguese art. This essay analyses França's idea of belatedness in the context of Portuguese art historiography and political history and how it is part of a genealogy of intellectual thought produced in an imperial context, revisiting previous art historians and important authors, such as Antero de Quental and António Sérgio. Moreover, it aims to address how the concept of belatedness was associated with the idea of "civilisation" and the idea of "art as civilisation." Belatedness also has implications in the constraints and specificities of writing a master narrative in a peripheral country – a need particularly felt in the second half of the twentieth century, to mark a political standpoint against the dictatorship that ruled from 1926 to 1974. Part of the reaction to fascism expressed the desire to follow other nations' democratic example, but the self-deprecating judgements on Portuguese art were frequently associated with the identification of essentialist motifs – the "nature" of the Portuguese people, their way of thinking, of living, their lack of capacities or skills – and of a self-image of being "primitive" in comparison with other European countries that has antecedents going back to the eighteenth century. I will address the nostalgia for the empire and the prevailing notion of belatedness throughout the twentieth century regarding unsolved issues with that nostalgia. ; publishersversion ; published
When, seven years ago, Marieke de Goede first drew attention to the historical and conceptual entanglements between the logics of finance and security, and to the artificial – yet meaningful – divide between the two in modernity, this was not merely a call for a new research programme. Attempting to hold together these two objects of disciplinary enquiry, and becoming aware of the tendency to collapse one into the other inherent to International Political Economy (IPE) or International Relations (IR) analytics, was also a much needed exercise of disciplinary critique, consistent with interrogating divides between the economic and the social, the financial and cultural. In other words, more than just a new object or field of empirical and theoretical research, the finance-security nexus was proposed as a device for critically and genealogically thinking through distinct disciplinary approaches to economy, futurity and populations. To that end, this special issue proposes to take stock of the multiple ways in which the finance-security nexus has been deployed as such a device of (post)disciplinary critique.
When, seven years ago, Marieke de Goede first drew attention to the historical and conceptual entanglements between the logics of finance and security, and to the artificial – yet meaningful – divide between the two in modernity, this was not merely a call for a new research programme. Attempting to hold together these two objects of disciplinary enquiry, and becoming aware of the tendency to collapse one into the other inherent to International Political Economy (IPE) or International Relations (IR) analytics, was also a much needed exercise of disciplinary critique, consistent with interrogating divides between the economic and the social, the financial and cultural. In other words, more than just a new object or field of empirical and theoretical research, the finance-security nexus was proposed as a device for critically and genealogically thinking through distinct disciplinary approaches to economy, futurity and populations. To that end, this special issue proposes to take stock of the multiple ways in which the finance-security nexus has been deployed as such a device of (post)disciplinary critique.