Esta pesquisa qualitativa investigou o lugar do corpo no Ensino Superior, a partir da análise do discurso de estudantes e professores de graduação que, em 2020, experimentaram aulas virtualizadas no período da pandemia de COVID-19. O contexto de estudo foi uma instituição de Ensino Superior do RS/Brasil. As informações foram coletadas com 245 estudantes e 40 professores, por meio de um questionário elaborado no Google Forms. Em relação ao lugar do corpo nas aulas da graduação, constataram-se compreensões diferentes, que transitam entre a possibilidade de renúncia ao encontro físico e presencial, como no caso do ensino dos conhecimentos teóricos, e as que reclamam da ausência corporal, principalmente, em se tratando do conhecimento construído em aulas práticas, nos laboratórios de ensino e na interação entre estudantes e professores. Conclui-se que ainda há lugar para o corpo no Ensino Superior e que aprendemos na relação com o outro e por meio dos sentidos corporais. Negar o corpo é colocar-se na contramão da essência da existência humana, pois somos corpo e nos fazemos presentes no mundo a partir dele.
O presente trabalho parte de vivência acadêmica envolvendo o 7º Período do Curso de Pedagogia da Faculdade de Educação Santa Terezinha do município de Imperatriz/MA na disciplina de História e Cultura Indígena Brasileira, tendo como objetivo refletir sobre a imagem do indígena na visão das acadêmicas do Curso de Pedagogia. Apresenta se um breve panorama do tratamento dado ao indígena quanto à construção de sua imagem. Utilizou-se como procedimento metodológico uma questão norteadora, através da qual, as acadêmicas relatam a visão que têm dos indígenas antes e depois da disciplina. A partir da análise dos relatos, considera-se que a primeira concepção representa a maneira pela qual foi tratada a história indígena desde o período colonial, o qual gerou um círculo de estigmatização da imagem do indígena no cenário nacional, fortemente presente nos dias atuais. Consequentemente, houve o apagamento da contribuição social dos povos indígenas, seja na formação do povo brasileiro e/ou em outras de ordem sociais e econômicas. A segunda, porém, atribuem-se às reflexões feitas pelos autores sob a mediação da professora na disciplina, que embora em um curto espaço de tempo, as acadêmicas puderam perceber que há necessidade em apurar os olhares em relação aos povos indígenas, sendo a Academia, na contemporaneidade, um dos espaços para que estes sejam ampliados. Contudo, considera-se, ainda, um desafio da educação contemporânea.Palavras-chave: Imagem do Indígena. Imaginário das Acadêmicas. Equívocos e Visões. Contemporaneidade.AbstractThe present work is based on an academic experience involving the 7th Period of the Pedagogy Course of Santa Terezinha School of Education of the city of Imperatriz / MA in the discipline of Brazilian Indigenous History and Culture, aiming to reflect on the indigenous image in the view of the academics of the Course of Pedagogy. It presents a brief overview of the treatment given to indigenous people in the construction of their image. A guiding question was used as methodological procedure, through which, the academics report the vision that they have of the natives before and after the discipline. From the analysis of the reports, it is considered that the first conception represents the way in which indigenous history has been treated since the colonial period, which generated a circle of stigmatization of the indigenous image in the national scene, strongly present currently. Consequently, the social contribution of indigenous peoples was erased, either in the formation of the Brazilian people and / or in other social and economic ones. The second, however, is attributed to the reflections carried out by the authors under the mediation of the teacher in the discipline, who although in a short time, the academics could perceive that there is a need to clarify the views regarding the indigenous peoples, in contemporary times, one of the spaces for them to be expanded. However, it is still considered a challenge of contemporary education.Keywords: The Indigenous Image. Imaginary of Academics. Misunderstandings and Visions. Contemporaneity.
O artigo objetivou investigar como ocorreram as aulas de Educação Física nos Anos Finais do Ensino Fundamental, durante o período de pandemia por COVID-19. É uma pesquisa qualitativa e descritiva, realizada em duas escolas da rede municipal de ensino de um município do Vale do Taquari/RS/BRA. A coleta de informações ocorreu por meio de grupos de discussão com os estudantes e entrevistas com a equipe diretiva. As escolas deram continuidade às aulas por meio de Ambiente Virtual de Aprendizagem (Google Classroom), atividades impressas destinadas aos alunos sem acesso à internet e, posteriormente, agregaram videoconferências (Google Meet). De acordo com os alunos, os professores de Educação Física iniciaram trabalhando com a dimensão conceitual, explorando leituras e elaborando formulários para serem respondidos. A seguir perceberam que necessitavam envolver mais seus alunos com os temas das aulas, passando a solicitar imagens (fotos) ou vídeos. Mesmo com o uso de tecnologias digitais, os estudantes sentiram falta de maior interação com professores e colegas, assim como de feedback durante a aula. Percebeu-se que o período de pandemia fez os estudantes refletirem sobre a importância da Educação Física, destacando os aspectos relacionados à socialização e à saúde. Conclui-se que o uso de diferentes recursos digitais não consegue substituir a experiência presencial da aula de Educação Física, assim como as trocas que ocorrem nas relações pedagógicas entre professor e aluno. Porém, o uso de vídeos demonstra ser um recurso com potencial. Palavras-chave: Ensino Fundamental. COVID-19. Tecnologias Digitais. Escola. AbstractThe article aimed to investigate how Physical Education classes in the Final Years of Elementary School took place during the period of the COVID-19 pandemic. It is a qualitative and descriptive research, carried out in two schools of the municipal education network in a municipality in Vale do Taquari/RS/BRA. Information collection occurred through discussion groups with students and interviews with the management team. Schools continued classes through a Virtual Learning Environment (Google Classroom), printed activities for students without internet access and, later, added videoconferences (Google Meet). According to students, Physical Education teachers started working with the conceptual dimension, exploring readings and preparing forms to be answered. Then, they realized that they needed to involve their students more with the topics of the classes, starting to request images (photos) or videos. Even with the use of digital technologies, students missed greater interaction with teachers and peers, as well as feedback during class. It was noticed that the pandemic period made students reflect on the importance of Physical Education, highlighting aspects related to socializations and health. It is concluded that the use of different digital resources cannot replace the face-to-face experience of the Physical Education class, as well as the exchanges that occur in the pedagogical relationships between teachers and students. However, the use of videos proves to be a resource with potential. Keywords: Elementary School. Covid-19. Digital Technologies. School.