As políticas sociais brasileiras têm sido submetidas, ao longo das últimas décadas, a profundas transformações e reformas. Nesse cenário, destaca-se a criação, o processo de estruturação e de reestruturação do Sistema Único de Saúde, enfatizando as mudanças nas atribuições do gestor estadual enquanto fornecedor de serviços e administrador do sistema.
As estatísticas, como forma de tradução de fenômenos que o homem deseja conhecer, e os anuários, enquanto instrumentos para sua disseminação, são hoje de utilização corriqueira, sendo que muitos desconhecem o longo caminho percorrido para que se chegasse até eles. Este artigo discute a relação entre estatística, informação e conhecimento e apresenta um breve histórico da produção das estatísticas e dos anuários, em particular, do Anuário Estatístico do Estado de São Paulo, desde sua criação, passando pelas transformações que sofreu, até seu formato atual.
O novo padrão mundial de produção e comércio tem produzido mudanças no mundo do trabalho, nos determinantes da saúde-doença e na organização das práticas de saúde e de segurança no trabalho. No Brasil, transformações importantes vêm ocorrendo com o processo de descentralização das ações e dos serviços de saúde. A Pesquisa Municipal Unificada, da Fundação SEADE, identificou que, em 1999, 26% das prefeituras paulistas realizavam ações de saúde do trabalhador, mais freqüentemente em municípios maiores e em Gestão Plena do Sistema.
This article discusses the use of the concept of class in health research, different sociological approaches to social stratification and class structure, and the explanatory potential of the class concept in studies on social determinants and health inequalities. It also elaborates on the operationalization models that have been developed for use in sociological, demographic, or health research, as well as the limitations and scope of these models. Four main operationalization models were highlighted: the model developed by Singer for studies on income distribution in Brazil and adapted by Barros for use in epidemiological research, the model of Bronfman and Tuirán to study the Mexican demographics census and adapted by Lombardi for epidemiological research, the model proposed by Goldthorpe for socioeconomic studies in the UK and adapted by the Spanish Society of Epidemiology, and the model proposed by Wright for research in sociology and political science, which has also been used in population surveys in health. In conclusion, each of the models presented is consistent with their underlying theoretical concept, precluding the selection of one model over the others. ; Se discute la utilización del concepto de clase en investigaciones en salud, los diferentes abordajes sociológicos de estratificación social y de estructura de clases, el potencial explicativo del concepto en estudios de determinación social y desigualdades en salud, los modelos de operatividad elaborados para uso en investigaciones sociológicas, demográficas o de salud y los límites y posibilidades de tales modelos. Se destacaron cuatro modelos de operatividad: el de Singer para estudio de la distribución de renta en Brasil, adaptado por Barros para uso en investigaciones epidemiológicas; el de Bronfman & Tuirán para el censo demográfico mexicano, adaptado por Lombardi et al para investigaciones epidemiológicas; de Goldthorpe para estudios socioeconómicos ingleses, adaptado por la Sociedad Española de Epidemiología; y el modelo de Wright para investigación en sociología y ciencia política, también usado en pesquisas poblacionales en salud. En conclusión, conceptualmente cada uno de los modelos presentados es coherente con la concepción teórica que los fundamentan, pero no hay como optar por cualquiera de ellos, descartando al resto. ; Discute-se a utilização do conceito de classe em pesquisas em saúde, as diferentes abordagens sociológicas de estratificação social e de estrutura de classes, o potencial explicativo do conceito em estudos de determinação social e desigualdades em saúde, os modelos de operacionalização elaborados para uso em pesquisas sociológicas, demográficas ou de saúde e os limites e possibilidades desses modelos. Foram destacados quatro modelos de operacionalização: de Singer para estudo da distribuição de renda no Brasil, adaptado por Barros para uso em pesquisas epidemiológicas; de Bronfman & Tuirán para o censo demográfico mexicano, adaptado por Lombardi et al para pesquisas epidemiológicas; de Goldthorpe para estudos socioeconômicos ingleses, adaptado pela Sociedade Espanhola de Epidemiologia; e o modelo de Wright para pesquisa em sociologia e ciência política, também usado em inquéritos populacionais em saúde. Em conclusão, conceitualmente cada um dos modelos apresentados é coerente com a concepção teórica que os embasam, mas não há como optar por qualquer deles, descartando os demais.