Na trilha do arco-íris: do movimento homossexual ao LGBT
In: História do povo brasileiro
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In: História do povo brasileiro
In: Cadernos pagu, Heft 47
Resumo A partir do confronto entre imagens contrastantes da brasilidade associadas à sexualidade, ensaio uma discussão sobre os sentidos teóricos e políticos mutáveis que podem assumir as reflexões sobre as conexões entre prazeres e perigos, no que diz respeito tanto ao feminismo quanto às questões de diversidade sexual e de gênero. Procuro explorar a tensão constante e produtiva entre esses ideais contraditórios como narrativas que têm eficácia na construção de compreensões e vivências sociais de gênero e sexualidade.
In: Cadernos pagu, Heft 66
Resumo Neste artigo, abordamos a obra antropológica de Néstor Perlongher privilegiando sua inserção nos debates da então emergente antropologia urbana brasileira e considerando sua fortuna crítica em pesquisas recentes que revisitaram uma de suas problemáticas centrais, voltada à articulação entre território, corporalidade e desejo. Juntamo-nos à celebração do legado da breve e intensa obra de Perlongher, chamando a atenção para a importância dos estudos de diversidade sexual e de gênero para o campo mais geral dos estudos urbanos nas ciências sociais, ao mesmo tempo em que problematizamos as apropriações desse legado em pesquisas recentes.
In: Cadernos pagu, Heft 28, S. 65-99
Nosso objetivo é explorar o modo pelo qual o "jeito" supostamente brasileiro de organizar as categorias ou identidades sexuais (especialmente em relação à homossexualidade masculina) vem sendo tematizado na antropologia desde finais dos anos 1970, transformando-se às vezes num eixo para a construção/manutenção de uma identidade nacional caracterizada como exótica, retardatária e "não-ocidental". Também traçamos paralelos entre dois momentos da reflexão sobre as relações entre sexualidade, cultura e política, procedendo a uma breve revisão de algumas contribuições teóricas e empíricas anteriores que antecipam problemas e conceituações centrais dos atuais estudos de sexualidade, relacionados à instabilidade/fluidez das identidades sexuais e à imbricação da sexualidade em relações de poder e hierarquias sociais dinâmicas e contextuais.
In: Saúde em Debate, Band 46, Heft spe7, S. 117-128
ISSN: 2358-2898
RESUMO Este artigo descreve e analisa, de uma perspectiva etnográfica, como as pessoas participantes da Coletiva Loka de Efavirenz percebem, vivenciam e enfrentam os efeitos da Aids em seu cotidiano, com vistas a contribuir para o entendimento das novas formas de ativismo em HIV/Aids que emergiram na década de 2010 no Brasil e sua relação com processos de subjetivação e construção de redes informais de cuidado. Mostra-se como os membros da Loka se articulam como sujeitos atravessados pelo estigma de HIV/Aids, reivindicando o exercício de suas sexualidades e identidades marcadas por gênero, raça e classe. Desse modo, adentram a disputa por direitos por meio da produção de conhecimento e de ações que adquirem força na produção de uma rede de cuidado para além dos serviços de saúde. A análise das práticas e elaborações da Coletiva realça a Aids como lente privilegiada para situar desafios, lutas, discussões e debates que atravessam os modos de regulação das práticas erótico-sexuais e das expressões de gênero, refletindo tensões e transformações sociais mais amplas.
In: Saúde em Debate, Band 46, Heft spe7, S. 117-128
ISSN: 2358-2898
ABSTRACT This article describes and analyzes, from an ethnographic perspective, how people participating in the Loka de Efavirenz Collective perceive, experience, and face the effects of AIDS in their daily lives, in order to contribute to the understanding of the new forms of HIV/AIDS activism that emerged in the 2010s in Brazil and their relationship as processes of subjectivation and construction of informal care networks. We show how the members of Loka articulate themselves as subjects crossed by the HIV/AIDS stigma, claiming the exercise of their sexualities and identities marked by gender, race, and class. In this way, they enter the dispute for rights through the production of knowledge and actions that acquire strength in the production of a network of care beyond health services. The analysis of the Collective's practices and elaborations highlights AIDS as a privileged lens to situate the challenges, struggles, discussions, and debates that cut across modes of regulating erotic-sexual practices and gender expressions, reflecting broader social tensions and changes.
Nas últimas décadas, gênero e sexualidade circunscreveram um inovador campo de crescente produção intelectual, tornando-se ao mesmo tempo foco significativo de incidência política para antropólogas e antropólogos no Brasil. Com vistas a iluminar disputas em jogo no contexto brasileiro atual, em que o conhecimento que produzimos vem sendo duramente atacado, revisitaremos alguns documentos de posicionamento público, divulgados pelo Comitê de Gênero e Sexualidade da Associação Brasileira de Antropologia (ABA) ao longo dos últimos anos. Propomos uma reflexão sobre o tipo de conhecimento que temos produzido sobre gênero e sexualidade, como ele tem impactado o debate público acerca dessas questões e como tem afetado os modos como nossa própria prática científica vem sendo socialmente percebida e avaliada. ; In the last decades, gender and sexuality have circumscribed an innovative field of increasing intellectual production, becoming at the same time a significant focus of political action for anthropologists in Brazil. In order to put into perspective the disputes that are at stake in the current Brazilian context – in which the knowledge we produce has been severely attacked – we will revisit some documents of public positioning, published by the Gender and Sexuality Committee of the Brazilian Association of Anthropology (ABA) over the last few years. We propose a reflection on the kind of knowledge we have produced about gender and sexuality, how it has impacted the public debate about these issues and how it has affected the ways in which our own scientific practice has been socially perceived and evaluated.
BASE
In: Cadernos pagu, Heft 35, S. 37-78
Neste texto discutimos resultados de partes da pesquisa realizada em São Paulo entre 2006 e 2008, dentro do projeto mais amplo, "Relations among 'race', sexuality and gender in different local and national contexts". Comparamos espaços de sociabilidade juvenil reconhecidos como homo e heterossexuais na região do centro histórico da cidade, tendo por fio condutor os modos como marcadores de diferença referidos a cor/raça, classe, gênero e sexualidade operam para classificar frequentadores, numa lógica de produção de sujeitos desejáveis (ou não) e de preferências de parcerias afetivo-sexuais; assim como para ordenar padrões de interação Refletimos sobre os modos e condições em que essas diferenças - que informam e constroem representações de hierarquia e discriminação - são agenciadas por determinados sujeitos em campos específicos de relações, tendo em vista suas trajetórias sociais.
Abstract The purpose of this reflection is to draw attention to the effects that recent political transformations have produced on people's subjectivity by observing clues to how these events are inscribed in daily relations. We approach both those who feel affected by or vulnerable to escalating discourses and practices of sexist, racist, homophobic and class violence, and others who have in some way adhered to conservative and exclusionary discourse. We are directly interested in the subjects, many of whom are devastated, who in their efforts, amazement, and negotiations interest us, not specifically the events to which we refer. As will be noted, the category "suffering" is central to this debate.
BASE
In: Vibrant: Virtual Brazilian Anthropology ; Revista semestral publicada pela Associação Brasileira de Antropologia, Band 17
ISSN: 1809-4341
Abstract The purpose of this reflection is to draw attention to the effects that recent political transformations have produced on people's subjectivity by observing clues to how these events are inscribed in daily relations. We approach both those who feel affected by or vulnerable to escalating discourses and practices of sexist, racist, homophobic and class violence, and others who have in some way adhered to conservative and exclusionary discourse. We are directly interested in the subjects, many of whom are devastated, who in their efforts, amazement, and negotiations interest us, not specifically the events to which we refer. As will be noted, the category "suffering" is central to this debate.