Suchergebnisse
Filter
7 Ergebnisse
Sortierung:
A revista História Econômica & História de Empresas: balanço e perspectivas
In: História econômica & história de empresas, Band 20, Heft 2
ISSN: 2525-8184
Este texto analisa os 20 anos de existência da revista História Econômica & História de Empresas. Trata-se da principal revista brasileira dedicada à História Econômica e História de Empresas e, atualmente é, também, um importante veículo para a divulgação dos resultados de pesquisa em História do Pensamento Econômico no Brasil. Sua trajetória pode ser dividida em duas fases: a primeira, marcada pela sua criação e consolidação como importante veículo da área de História Econômica e de História de Empresas no Brasil e na América Latina e, a segunda, marcada pelas tentativas de aprimoramento da gestão editorial em um ambiente nacional e, especialmente, internacional, caracterizado pelas mudanças tecnológicas e mercadológicas que atingiram o segmento de revistas científicas. Apesar de sua alta qualidade editorial, a revista enfrenta desafios, tais como o do financiamento o qual, apesar do advento dos softwares de gerenciamento eletrônico e do acesso aberto, que baratearam os custos de editoração, continua a ser um desafio a ser enfrentado. Outros desafios, de cunho editorial, são aqueles provenientes da peculiaridade de representar uma área pequena cuja produção é concentrada em termos regionais ou ainda, aquele que advém de uma característica de toda a grande área de Ciências Humanas - a alta frequência de estudos dedicados à realidades e fenômenos locais - o que dificulta sua internacionalização pela via da publicação das pesquisas em periódicos internacionais.
Apresentação e Sumário
In: História econômica & história de empresas, Band 18, Heft 1
ISSN: 2525-8184
Trabalhadores temporários para o café: mecanização e núcleos coloniais em São Paulo, 1895-1911
In: Estudos econômicos, Band 44, Heft 2, S. 409-434
ISSN: 1980-5357
Este artigo examina o problema da mão de obra diante da expansão cafeeira ocorrida em São Paulo e da queda dos preços do café, na virada do século XIX para o século XX. Mais especificamente, este texto trata de alguns aspectos do debate que destacava a necessidade de redução dos custos com mão de obra frente às dificuldades que envolviam a contínua expansão da produção cafeeira naquele momento. As propostas discutidas no artigo privilegiavam a mecanização do cultivo e a flexibilização do trabalho por meio da contratação de trabalhadores temporários. A implantação de núcleos coloniais estrategicamente localizados poderia contribuir para incrementar a oferta desse tipo de trabalhador. A análise deste debate mostra que segmentos da elite econômica paulista tinham clara consciência, já naquele momento, de que somente a garantia de oferta abundante de mão de obra para os momentos de demanda intensa de trabalho na agricultura permitiria a mecanização e a flexibilidade de contratação.
O padrão de demanda por mão de obra na lavoura paulista e a questão do trabalhador nacional: nem vadio, nem escasso, nem instável (1890-1915)
In: Economia e sociedade: revista do Instituto de Economia da UNICAMP, Band 23, Heft 2, S. 465-487
ISSN: 1982-3533, 0104-0618
Este artigo analisa a relação entre o padrão de demanda por mão de obra na agricultura paulista entre 1890 e 1915 e as formas de engajamento do trabalhador na atividade produtiva defendendo a ideia de que estas últimas propiciavam a formação de estereótipos sobre o chamado trabalhador nacional, tais como os da sua escassez e sua instabilidade e ociosidade. Nas interpretações mais gerais sobre a formação econômica e social brasileira, um dado prepondera: a quase "exclusão" do brasileiro pobre do processo de produção, sendo elemento marginal e acessório na estrutura produtiva central brasileira e paulista. Mostramos que a demanda por trabalho era marcadamente sazonal e incerta gerando, com isso, necessidade de oferta elástica de trabalhadores temporários e explicando, em parte, a contradição de uma sociedade que tinha, segundo o discurso da época, ora falta de trabalhadores, ora abundância; ora trabalho, ora ociosidade.
Sazonalidade e trabalho temporário na empresa cafeeira (Oeste Paulista, 1890-1915)
In: História econômica & história de empresas, Band 14, Heft 2
ISSN: 2525-8184
Este texto tece relações entre o trabalho temporário e a gestão da empresa cafeeira no Oeste Velho paulista entre 1890 e 1915. Uma importante característica da atividade econômica na agricultura é a sazonalidade e a inconstância na demanda por trabalho. Essa característica leva à necessidade de utilização de mão de obra temporária para as tarefas que são sazonais, a fim de possibilitar a adequada gestão dos custos da empresa agrícola. Sabe-se que, a partir de meados da década de 1950, o trabalho temporário é exacerbado na lavoura paulista, com o advento do trabalho volante. Este artigo estuda o trabalho temporário, portanto, num período anterior à sua exacerbação. Defende a ideia de que o sistema de trabalho que se seguiu à escravidão nas fazendas de café em São Paulo deve ser pensado como uma associação entre colonato e trabalho temporário sazonal, sendo este último também importante para estruturar a atividade produtiva e não uma categoria de trabalho marginal, como parte da bibliografia costuma classificá-lo. Nossa tese é que esse arranjo (colonato + trabalho temporário sazonal) permitiu que a empresa rural cafeeira driblasse o problema da rigidez da mão de obra frente à sazonalidade da agricultura, garantindo possibilidade de flexibilidade dos fatores de produção e dos custos com trabalho.
Ação estatal, negócios e migração inter-regional no Brasil (1935-1951) *
In: Economia e sociedade: revista do Instituto de Economia da UNICAMP, Band 28, Heft 2, S. 513-541
ISSN: 1982-3533, 0104-0618
Resumo Este trabalho aborda o aparato econômico e os negócios vinculados à migração no Brasil entre 1935 e 1951. Nesse período, a crise do capitalismo primário-exportador no Brasil e a emergência de um novo padrão de acumulação centrado na industrialização e no mercado interno, implicaram mudanças nas dinâmicas populacionais, que passaram a ter no trabalhador brasileiro migrante inter-regional o elemento numericamente majoritário nos fluxos migratórios, em substituição ao imigrante estrangeiro, até então predominante. O artigo tratará das transformações da política de deslocamento populacional (em especial, a centralização no governo central da política de mão de obra e a reintrodução dos subsídios à migração para o Estado de São Paulo), enfocando os negócios envolvidos no processo migratório intra-estadual no Brasil, procurando mostrar como o Estado foi elemento chave para favorecer a continuidade dos interesses ligados à oferta de mão de obra, como também para favorecer a internalização dos lucros nessa atividade econômica.