O presente ensaio teve por objetivo verificar a relação entre os compartimentos geomorfológicos e produção de milho em agricultura de subsistência. Foram coletadas amostras em cultura de milho cultivadas em dois compartimentos geomorfológicos (retilíneo e côncavo). Ocorreu variação na umidade de água ao longo da vertente estudada. Verificaram-se diferenças significativas no cultivo e na produção de milho praticada em cada um dos setores. No setor retilíneo a produção de milho foi de 1340 kg ha, enquanto que no setor côncavo atingiu 4170 kg ha. Concluiu-se que os compartimentos geomorfológicos (relevo) influenciaram o manejo e produção de milho.
Palavras-chaves: compartimentos geomorfológicos; produção de milho; avaliação exploratória, agricultura de subsistência; Guarapuava-PR
O objetivo deste estudo, foi estimar a produção de serrapilheira, em um fragmento de Floresta Ombrófila Mista, associado ao Sistema de Faxinal, no município de Prudentópolis-PR e a influência dos animais na exposição do solo. As coletas, foram realizadas por meio da instalação de 8 coletores de 1m², os quais foram monitorados mensalmente durante um ano (maio 2009 a abril de 2010). As amostras coletadas foram secadas e separadas em categorias (frações) de folhas, galhos e miscelâneas (flores, frutos, sementes, pequenos pedaços de casca de árvores e insetos mortos). Destaca-se, que o sistema de Faxinal é um sistema silvopastoril característico da Região Centro-Sul do Estado do Paraná, onde há consórcio entre criação extensiva de animais, em áreas comunitárias e extração florestal dentro do criadouro comum. Há um fluxo contínuo de animais neste sistema, onde são criados soltos (sem restrições de propriedades). Conclui-se que, alguns meses foram identificados sendo os maiores produtores de serrapilheira, como é o caso do mês de outubro. A produção média de serrapilheira foi 6,097 t/ha. Os animais influenciam de forma efetiva na exposição do solo em áreas de faxinal.
O crescimento e adensamento populacional nas cidades têm aumentado a importância da qualidade dos espaços urbanos, e diante desse tema este artigo busca realizar a avaliação da qualidade ambiental da área urbana da bacia do ribeirão do lipa, localizada na cidade de Cuiabá/MT, usando como referência os modelos de avaliação do ambiente urbano baseados em indicadores ambientais e de infraestrutura sanitária e viária, aos quais foram atribuídos pesos de acordo com a sua relevância para o estado de qualidade meio urbano. O trabalho foi desenvolvido na parte urbana da bacia do ribeirão do lipa, que é uma das mais preservadas dentre aquelas inseridas no perímetro urbano de Cuiabá e passa nos últimos anos por severo processo de urbanização.
O traçado das estradas que cortam grande número de rios e a drenagem lateral nas estradas faz com que as águas cheguem rapidamente à rede de drenagem aumentando a vazão. Disso resulta grande produção de sedimentos haja vista que algumas estradas e caminhos internos não possuem dissipadores de energia. Portanto o presente trabalho teve por objetivo analisar e discutir o sistema viário das estradas rurais da bacia do Rio das Pedras, Guarapuava-PR e a construção de caixas de contenção como medida preventiva para dissipar energia e conseqüentemente a entrada de sedimentos nos canais fluviais. No estudo utilizou-se de dados cartográficos e de campo para mensurar as estradas rurais e as caixas de contenção. Por meio da análise dos resultados constatou-se que o número de caminhos internos supera as estradas principais, que em grande parte não possui dissipadores de energia, potencializando a entrada de sedimentos nos cursos d'água. Ao todo foram selecionados dez pontos aleatoriamente na bacia e foram verificados 792 cruzamentos de estradas rurais e cursos d'água. Nas estradas rurais com caixas de contenção verificou-se que em torno de 70% destas encontravam-se inativas, havendo uma deterioração em média de 10% do total de caixas de contenção mensuradas a cada dois anos.
Knowledge of instream flow is of paramount importance to determine water availability for water resources management. This study estimated instream flow and evaluated water availability in the stretch of the Rio das Pedras, which supplies water to Guarapuava, a town in the mid-southern region of the state of Paraná, Brazil. Several different methods were employed to obtain instream flow, a reference discharge for water consumption permit, and the river regime. Methods comprised 7-day mean minimum with a 10-year return period, discharges associated to 95% and 90% permanence, yearly 7-day mean minimum discharge and basic water discharge. Discharge data were obtained from the meteorological station at the Water Station of Guarapuava (ETA). Results show that yearly river debit between 1985 and 2009 had a daily mean of 9.12 m³ s-1 and a median discharge of 9.16 m³ s-1. Estimated instream flow, measured by methods used for the Rio das Pedras stretch, ranged from 1.72 to 2.74 m³ s-1, with an average of 2.20 m³ s-1 and a coefficient of variation of 19.5%. Discharge for the stretch was estimated as 0.91 m³ s-1, following criteria used in the state of Paraná. The relationship of the evaluated stretch between daily flow and the intake volume granted by the government revealed the inefficiency of the applied methods for instream flow assessment. In fact, they failed to warrant a minimum water volume required for the conservation of the river ecosystem. ; O conhecimento da vazão ecológica é de suma importância para se determinar a disponibilidade hídrica, visando ao gerenciamento dos recursos hídricos. O presente estudo estimou a vazão ecológica e avaliou a disponibilidade hídrica em um trecho do rio das Pedras, manancial da cidade de Guarapuava, região Centro-Sul do Estado do Paraná. Para tal, aplicaram-se diferentes métodos empregados no Brasil para obtenção da vazão ecológica, uma vazão de referência à concessão de outorgas, e avaliou-se o regime fluvial. Os métodos utilizados foram média mínima de sete dias com período de retorno de dez anos, vazões associadas às permanências de 95% e 90%, vazões mínimas anuais de sete dias e vazão aquática de base. Os dados de vazão utilizados foram da estação fluviométrica localizada na ETA (Estação de Captação de Água de Guarapuava). Conclui-se que o débito fluvial anual, entre os anos de 1985 e 2009, apresentou uma média diária de 9,12 m³ s-1 e uma mediana de 9,16 m³ s-1. A vazão ecológica estimada pelos métodos utilizados para o trecho do rio das Pedras variou de 1,72 a 2,74 m³ s-1, com uma média de 2,20 m³ s-1, e coeficiente de variação de 19,5%. A vazão ecológica estimada para o trecho foi de 0,91 m³ s-1, conforme os critérios adotados no Estado do Paraná. No trecho avaliado, a relação entre a vazão diária e o volume outorgado indica a ineficiência dos métodos avaliados na determinação da vazão ecológica, ou seja, eles não garantiram o volume de água mínimo necessário à conservação do ecossistema fluvial. ; O conhecimento da vazão ecológica é de suma importância para se determinar a disponibilidade hídrica, visando ao gerenciamento dos recursos hídricos. O presente estudo estimou a vazão ecológica e avaliou a disponibilidade hídrica em um trecho do rio das Pedras, manancial da cidade de Guarapuava, região Centro-Sul do Estado do Paraná. Para tal, aplicaram-se diferentes métodos empregados no Brasil para obtenção da vazão ecológica, uma vazão de referência à concessão de outorgas, e avaliou-se o regime fluvial. Os métodos utilizados foram média mínima de sete dias com período de retorno de dez anos, vazões associadas às permanências de 95% e 90%, vazões mínimas anuais de sete dias e vazão aquática de base. Os dados de vazão utilizados foram da estação fluviométrica localizada na ETA (Estação de Captação de Água de Guarapuava). Conclui-se que o débito fluvial anual, entre os anos de 1985 e 2009, apresentou uma média diária de 9,12 m³ s-1 e uma mediana de 9,16 m³ s-1. A vazão ecológica estimada pelos métodos utilizados para o trecho do rio das Pedras variou de 1,72 a 2,74 m³ s-1, com uma média de 2,20 m³ s-1, e coeficiente de variação de 19,5%. A vazão ecológica estimada para o trecho foi de 0,91 m³ s-1, conforme os critérios adotados no Estado do Paraná. No trecho avaliado, a relação entre a vazão diária e o volume outorgado indica a ineficiência dos métodos avaliados na determinação da vazão ecológica, ou seja, eles não garantiram o volume de água mínimo necessário à conservação do ecossistema fluvial.