Financiamento de longo prazo no Brasil: um mercado em transformação
In: Texto para discussão 1843
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In: Texto para discussão 1843
In: Economia e sociedade: revista do Instituto de Economia da UNICAMP, Band 29, Heft 3, S. 737-760
ISSN: 1982-3533, 0104-0618
Resumo Hyman Minsky é, em geral, conhecido por sua teoria da instabilidade financeira. Na sua visão, as crises no sistema capitalista moderno têm origem endógena, por causa da tendência de empresas e bancos a adotarem um comportamento cada vez mais especulativo, na medida em que a estabilidade econômica se prolonga. Outros conceitos originais e igualmente relevantes desenvolvidos por Minsky são menos tratados pela literatura, inclusive pós-keynesiana. É o caso da "restrição de sobrevivência". Esse texto pretende cobrir essa lacuna, apresentando e discutindo a relevância da restrição de sobrevivência do ponto de vista da teoria da moeda e da conformação hierarquizada que o sistema monetário globalizado tomou a partir da Crise de 2008.
In: Economia e sociedade: revista do Instituto de Economia da UNICAMP, Band 28, Heft 3, S. 621-639
ISSN: 1982-3533, 0104-0618
Resumo As necessidades de financiamento das guerras no século XVII levaram a Inglaterra a realizar inovações financeiras importantes, que deram lugar à Revolução Financeira. Esse conjunto de mecanismos - dívida pública de longo prazo, banco central e mercados secundários relevantes - permitiram à Grã-Bretanha desempenhar um papel central no sistema financeiro internacional até a 1ª Grande Guerra. Entretanto, esse ganho não proporcionou aos ingleses um poder monetário estrutural, apesar do papel central que seu mercado financeiro e sua moeda tiveram durante o padrão ouro. Diferentemente, os Estados Unidos usaram seu poder monetário estrutural tanto para implantar o regime de taxas fixas de Bretton Woods quanto para rompê-lo e substituí-lo pelo atual sistema monetário e financeiro internacional, baseado do dólar flexível. A crise de 2008 mostra que o poder estrutural americano está intacto e sem competidores potenciais relevantes.
In: Revista de economia política: Brazilian journal of political economy, Band 34, Heft 3, S. 433-450
ISSN: 1809-4538
In: Brazilian Journal of Political Economy, Band 17, Heft 1, S. 3-19
ISSN: 1809-4538
RESUMO De 1953 a 1992, o Japão atingiu as maiores taxas de crescimento econômico entre os países industrializados. Esse desempenho foi alcançado apesar de dois choques do petróleo e do endaka - a contínua valorização do iene em relação ao dólar. Este ciclo de crescimento de longo prazo foi interrompido repentinamente no início dos anos 90. A economia japonesa estagnou enquanto outros países industrializados continuaram crescendo. Isso se deveu principalmente ao estouro da "bolha econômica". De 1990 a 1992, o valor dos terrenos urbanos e do índice do mercado de ações foi reduzido para quase metade. Como resultado, os bancos japoneses acumularam US $ 800 bilhões em ativos realizados. Este artigo pretende analisar a "crise da economia de bolha" japonesa e seus impactos de longo prazo na economia japonesa, em seu sistema financeiro e em suas relações bilaterais com os Estados Unidos.
In: Brazilian journal of political economy: Revista de economia política, Band 17, S. 5-19
ISSN: 0101-3157
In: Brazilian journal of political economy: Revista de economia política, Band 11, Heft 2, S. 183-197
ISSN: 1809-4538
RESUMO A ideia de economia monetária desempenhou um papel importante no movimento de Keynes do Tratado sobre o Dinheiro (1930) para a Teoria Geral (1926). Ele estava tentando trabalhar um novo paradigma econômico que, em oposição à lei clássica de Say, pudesse lidar com as flutuações e incertezas do mundo real. O objetivo deste artigo é apresentar as teorias de poupança e finanças de Keynes no Tratado e mostrar a importância da versão de 1936-1937 para o funcionamento de uma economia do mundo real.
The COVID-19 crisis paralyzed huge parts of the planet in weeks. It not only infected the population but injected a gargantuan dose of uncertainty into the system. In that regard, as in many others, it is a phenomenon without precedent. As of the time of writing (May-June 2020), we are witnessing, simultaneously, a health crisis, an economic crisis, and a crisis of global governance as well. In the forthcoming months, it could well turn into a set of financial, social, and political crises most governments and international organizations are ill-prepared to handle. In this paper, what concerns us is the financial dimension of the crisis. The paper is divided into four sections. Following the introduction, the second section maps the financial dimension of the pandemic through an extension of Hyman Minsky's financial fragility analysis. The result is a three-pronged analytical framework that encompasses financial fragility, financial instability, and insolvency-triggered asset-liability restructuring processes. These are seen as three distinct but interconnected processes advancing financial fragility. The third section dissects how these three processes have been managed as they have unfolded since March 2020, underlining the key policy interventions and institutional innovations introduced so far, and suggesting further measures for addressing the forthcoming stages of the financial turmoil. The fourth section concludes the paper by pointing out the results as of June 2020 and highlights our intended analytical contribution to Minsky's theoretical framework.
BASE
In: Revista de economia política: Brazilian journal of political economy, Band 42, Heft 1, S. 88-104
ISSN: 1809-4538
RESUMO Este artigo aponta a importância do conceito de "restrição de sobrevivência" proposto por Minsky na gênese da introdução da regulação financeira moderna. O risco de colapsos sistêmicos nos sistemas baseados em moeda fracionários levou os Estados a suspenderem a aplicação da penalidade relacionada à restrição de sobrevivência - a falência - aos bancos comerciais. Essa medida permitiu que esses agentes financeiros pudessem, na busca por lucros, tomar decisões alocativas ainda mais arriscadas, aumentando a fragilização financeira (moral hazard). Para mitigar esse comportamento adverso, a regulação financeira procura todo o tempo estabelecer limites que emulem o comportamento que esses agentes deveriam ter caso ainda estivessem sujeitos à restrição de sobrevivência. Essas regras precisam ser permanentemente revistas de modo a acompanhar a evolução dos mercados financeiros sob pena de se tornarem impotentes para evitar situações de instabilidade financeira.
In: Economia e sociedade: revista do Instituto de Economia da UNICAMP, Band 21, Heft spe, S. 975-1009
ISSN: 1982-3533, 0104-0618
Este artigo tem dois objetivos. Inicialmente, procura recuperar as principais teses contidas na bibliografia referente ao Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e seu papel histórico no financiamento do desenvolvimento socioeconômico brasileiro. O segundo objetivo é analisar a perspectiva do financiamento em longo prazo no País e qual será o papel futuro do BNDES nesse cenário. Inovações financeiras recentes transferiram o financiamento de longo prazo para fora dos balanços dos bancos em direção às carteiras de ativos dos fundos gestores de riqueza. A hipótese-chave é que o atual padrão de financiamento em longo prazo brasileiro deverá, nos próximos anos, sofrer alterações, aproximando-se, embora de forma própria, ao que já se vem praticando em outros países. Isso obrigará a uma mudança no comportamento dos principais atores desse mercado, destacadamente, na atuação do BNDES. Tal perspectiva deveria mudar o rumo do debate acadêmico, hoje, muito polarizado ideologicamente.
In: Journal of post-Keynesian economics, Band 42, Heft 1, S. 144-168
ISSN: 1557-7821