DINIZ, Debora. 2012. Carta de uma orientadora: o primeiro projeto de pesquisa. Brasília: Letras Livres. 108 pp
In: Campos: revista de antropologia social, Band 12, Heft 2
ISSN: 1519-5538
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In: Campos: revista de antropologia social, Band 12, Heft 2
ISSN: 1519-5538
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In: Aceno: revista de antropologia do Centro-Oeste, Band 4, Heft 7
ISSN: 2358-5587
O artigo discute as criações individuais de versos e toadas na Folia de Reis – uma manifestação tradicional coletiva e difusa –, tomando como estudo de caso a Companhia de Santos Reis de Inhumas, Goiás. Nele mostramos que o traço cultural coletivo da Folia de Reis não impede a autoria individual; ele implica, antes, a estreita conexão do talento e da criatividade do artista com saberes, fazeres e valores comunitários. Fruto de trabalho de extensão e pesquisa realizado com a Cia de Santos Reis, seus resultados apresentam também a potencialidade da perspectiva das Performances Culturais para o estudo de manifestações da cultura popular.
In: Esferas: revista interprogramas de Pós-graduação em Comunicação do Centro Oeste, Heft 20, S. 211
ISSN: 2446-6190
O ensaio O êxtase no Moçambique de Tonho e Lena revisita a coletânea de imagens produzida durante a realização do projeto "Memórias e Cantos do Moçambique do Tonho Pretinho", guiado pelo olhar que foca e faz saltar a presença feminina na guarda, na festa e no cosmos1 . À primeira vista uma manifestação majoritariamente masculina que, olhada com profundidade, revela uma presença, força e simbologia feminina que estrutura os rituais, orienta os saberes e práticas, e só assim torna possível a realização da festa.
In: Sociedade e estado, Band 30, Heft 2, S. 347-369
ISSN: 1980-5462
ResumoNosso texto se debruça sobre os escritos etnológicos de Archie Mafeje. Este autor sul-africano que viveu boa parte de sua carreira acadêmica no exílio, formulou críticas contundentes às ciências sociais em geral e à antropologia em particular. Para ele, formações sociais que desafiam nossas abordagens taxonômicas e dualistas, continuam sendo encarceradas em escaninhos estreitos e claustrofóbicos, em abordagens voltadas para a classificação e a interpretação do Outro. Esta ideia de alteridade baseia-se em uma leitura teórica que segrega o sujeito do objeto de escrutínio, da análise social. Em trabalhos que apontam os equívocos de estudos antropológicos, históricos e de sociologia urbana no continente africano, Mafeje demonstra como as apostas epistemológicas das ciências sociais legitimaram ideias e ideais de sociedades imóveis, circunscritas a limites territoriais demarcados no período colonial. Em suma, temos confinados o Outro, ao mesmo tempo em que temos nos satisfeito com modelos analíticos que perversamente permitiram o avanço da expropriação de terras e seus efeitos: xenofobia, êxodo, intolerância e racismo. A saída para Mafeje estaria no estabelecimento de uma interlocução autêntica, fundada não numa divisão entre o Eu e o Outro, mas no que ele chama de ontologia combativa. Segundo o autor, ao fazer etnografia, estaríamos recompondo o mundo para além dos dualismos e das cisões. Com tal proposta, Mafeje defende um projeto pós-antropológico de produção de conhecimento.