Monografia: PAPÉIS SEXUAIS NA ABORDAGEM PSICOTERAPÊUTICA - As correlações entre as fases do desenvolvimento psicossexual e os modos de ser nas relações amorosas sexuais adultas. Autora: Zenilce Vieira Bruno.
As DST sempre trouxeram, além da sintomatologia orgânica, um forte componente emocional. Embora hoje, a sexualidade seja vista com mais naturalidade e a conotação pejorativa das DST já não seja tão marcante, ainda é difícil falar sobre essas infecções sem constrangimento para o médico e paciente, quanto mais para o companheiro ou companheira. É necessário considerar que a liberalidade das pessoas no que diz respeito à sexualidade, é mais acentuada nos discursos do que nos atos. Parece-nos ser o componente psíquico o de maior importância nas suas repercussões sobre a sexualidade, em especial pela sensação de culpa comumente associada a essas infecções, apresenta baixa auto-estima, julga-se impuro, imoral, sujo, enfim, culpado. O prejuízo pode ocorrer em qualquer das fases da resposta sexual; é mais freqüente, entretanto, que incida na fase de desejo. Na atualidade, a esses fatores emocionais vem se somar à fobia generalizada do contágio com a AIDS, mais um importante elemento bloqueador do desempenho sexual.
Objetivo: Avaliar incidência e fatores relevantes na reincidência da gravidez na adolescência. Metodologia: Estudo realizado com 187 adolescentes grávidas atendidas e acompanhadas por cinco anos no Serviço de Adolescentes da MEAC/UFC. Foram analisados: fatores relevantes para a repetição da gravidez.Resultados: Verificou-se que 61% engravidaram nos cinco anos seguintes ao primeiro parto. Não foram fatores protetores: idade, estudar, trabalhar, ou morar com os pais. Entretanto, quando as adolescentes tinham oito anos ou menos de escolaridade o risco de engravidar quase duplicou (RR = 1,89). Engravidaram mais as solteiras sem companheiro estável e aquelas que mudaram de parceiro (RR = 1,4). Conclusão: Fatores de risco para recidiva de gravidez: baixa escolaridade, mudança de parceiros e uniões não estáveis.