Ion Vianu (b.1934, Bucarest), Romanian psychiatrist and writer, son of a famous professor of comparative literature (Tudor Vianu), becomes recognized also for his positions against the communist authorities' attempt of using psychiatry as a political weapon. In 1977 he chooses the path of exile, continuing his psychiatric research and practice in the Western world (Switzerland). Starting from the assumption that our scholar represents a paradigmatic example of what may be called an "in-between" identity, this paper intends to analyse the image(s) that the narrator gives of himself through a discourse which continuously tries to harmonize memory and forgetfulness, testimony and evidence, authenticity and rhetorical devices.
Este trabalho de pesquisa pretendeu, a partir de narrativas autobiográficas de jovens em processo de formação para a docência, fazer um levantamento comparativo das condições em que se desenvolveram as práticas lúdicas de três gerações de brincantes: estudantes do curso de pedagogia da Universidade Federal do Ceará, seus pais e avós. A pesquisa assenta sobre duas ordens de inquietações: a interrogação acerca do papel das práticas lúdicas na constituição da infância e, por consequência, nas práticas educativas; e o papel do discurso autobiográfico na formação docente. As referências teóricas da socioantropologia do jogo; da sociologia da infância, da abordagem historiográfica do brinquedo e da pesquisa autobiográfica, fazendo dialogar objeto e método, apontam para a indissociável relação entre pesquisa e formação. O procedimento metodológico prevê o resgate das experiências lúdicas do passado, por uma turma de alunos da disciplina de Práticas Lúdicas, Identidade Cultural e Educação da Criança, do curso de Pedagogia da UFC, através da elaboração escrita de narrativas autobiográficas sobre suas memórias de infância, de seus pais e de seus avós. Os resultados sinalizam para um intenso envolvimento dos sujeitos no processo de construção das narrativas que não apenas deu visibilidade à relatividade histórica das formas de brincar, mas também possibilitou uma reconfiguração do passado em relação a si mesmo e, sobretudo, uma leitura objetiva dos vínculos sociais que o engendram, possibilitando um percurso formativo autorreferenciado.
A disciplina de Prática de Ensino de Arte toma a atividade artística do licenciando como fonte de reflexão para a docência. Essa ação leva às seguintes questões: o processo de criação alimenta a prática docente? A prática docente influencia o processo de criação do artista-professor? Neste artigo, são apresentados resultados de uma pesquisa que tem como proposta analisar a prática artística e a prática docente de um grupo de professoras da educação básica. Buscamos indícios que revelam os caminhos que essas professoras têm construído ao longo de suas práticas como educadoras, artistas e pesquisadoras.
Narro e discuto neste relato de experiência aspectos dos muitos caminhos que integraram minha pesquisa de doutorado. Dentre esses aspectos, destaco as aprendizagens e reorganizações conceituais e propositivas geradas pela vivência e reflexão acerca de dois exercícios memorialísticos que realizei como aluna de disciplinas do programa de pós-graduação, assim como, as implicações desse movimento narrativo/reflexivo junto ao percurso metodológico construído e consolidado. Minha pesquisa configurou-se como uma investigação-formação, englobando a realização de ações formativas e a investigação dessas ações. O trabalho de formação foi realizado com três grupos distintos, formados por licenciandos da Unicamp - Universidade Estadual de Campinas. Em nossos encontros os participantes elaboraram narrativas poéticas autobiográficas, assim denominadas por terem sido criadas a partir de elementos das linguagens artísticas. Junto à reflexão e ressignificação dos meus exercícios memorialísticos identifiquei as narrativas poéticas autobiográficas como práticas favorecedoras do processo de produção e convivência com símbolos, passando a buscar por indícios da atuação desse processo no trabalho de formação desenvolvido com o grupo formado por dezenove licenciandas em Pedagogia. Baseando-me em aportes da Psicologia Analítica de Carl G. Jung identifiquei indícios de processos simbólicos em duas narrativas criadas por alunas desse grupo. E, a partir desses indícios, procurei refletir sobre possíveis implicações desses processos em práticas autobiográficas no âmbito da formação docente.
This paper explores the idea of métissage - a kind of intertextuality - as it has been theorized by Françoise Lionnet (1989) through a close reading of Le Cow-boy (1983), an autobiographical novel by Djanet Lachmet about the Algerian Revolution (1954 - 1962). Lionnet (1989) describes métissage as a textual weaving of traditions in order to reintroduce oral Creole customs and to re-evaluate receives Western concepts. The term carefully links issues of race, politics, reading and writing. Described as a "life-story", Lachmet's Le Cow-boy is the story of Lallia, a young girl growing up during the Algerian liberation struggle of the 1950s and 60s. Providing both a critique of métissage and study of its possible manifestation in the novel, I ask wether life-writing is - in this case - a kind of stratagem that opens up ambiguous spaces of possibility where a subject of violent history and an agent of discourse might engage with one another; where new models of interaction between the personal and the political might be meaningfully explored. ; Este ensayo explora el concepto del métissage -una clase de intertextualidad- tal y como ha sido teorizada por Françoise Lionnet (1989) a través de una lectura en profundidad de El Cow-boy (1983), una novela autobiográfica de Djanet Lachmet sobre la Revolución argelina (1954-1962). Lionnet (1989) describe el métissage como una trama textual de tradiciones que reintroducen las costumbres del Criollo oral y reevalúa los conceptos occidentales asumidos. El término enlaza cuidadosamente temas como raza, política, lectura y escritura. Descrita como una «Autobiografía», El Cow-boy de Lachmet es la historia de Lallia, una chica joven que crece durante el periodo de la lucha por la liberación argelina, durante los años 50 y 60. Elaboro conjuntamente una crítica del métissage y un estudio de su manifestación en la novela, y me pregunto si los relatos autobiográficos son -en este caso- una estratagema que proporciona espacios ambiguos de posibilidad en los cuales, un sujeto de una historia violenta y un agente del discurso, pueden relacionarse entre ellos; donde nuevas maneras de interacción entre lo personal y lo político pueden ser significativamente estudiados. ; Aquest treball explora la idea de métissage - un tipus d'intertextualitat - tal com ha teoritzat Françoise Lionnet (1989), mitjançant la lectura minuciosa de Le Cow-boy (1983), una novel·la autobiogràfica de Djanet Lachmet sobre la revolució algeriana (1954-1962). Lionnet (1989) descriu el métissage com un teixit de tradicions per reintroduir els costums criolls orals i per reevaluar els conceptes occidentals rebuts. El terme enllaça qüestions de raça, de política, de lectura i d'escriptura. Escrita com una autobiografia, Le Cow-boy de Lachmet és la història de la Lallia, una noia que creix durant la lluita per l'alliberació algeriana dels anys 50 i 60. Tot fent una crítica del métissage i un estudi de la seva possible manifestació a la novel·la, pregunto si l'autobiografia - en aquest cas - és una estratègia que obre espais ambigus de possibilitats on un subjecte d'una història violenta i un agent del discurs es podrien relacionar; on nous modes d'interacció entre qüestions personals i polítiques es podrien explorar de manera significativa. ; Artikulu honek Françoise Lionnet-en (1989) métissage -intertestualitate modu bat- kontzeptua aztertzea du helburu, eta horretarako Djanet Lachmet-ek Aljeriako Iraultzari (1954-1962) buruz idatzi zuen Le Cow-boy (1983) eleberri autobiografikotik abiatuko naiz. Lionneten (1989) ustez, métissage tradizio-multzo testual baten antzekoa da, ahozko usadio kreolak berriro txertatzeko eta mendebaldeko kontzeptuei buruz beste behin hausnartzeko. Terminoak tentu handiz lotzen ditu arraza, politika, irakurketa eta idazketarekin zerikusia duten kontuak. «Biografia» gisa deskribatu dutela, Lachmeten Le Cow-boy eleberriak Lallia-ren istorioa kontatzen digu, berrogeita hamarreko eta hirurogeiko hamarkadetan Aljeriako askatasun-borroken testuinguruan hazi zen neska gazte batena. Métissage-aren kritika eta hark eleberrian duen zilegizko presentzia aztertzeaz batera, nire buruari galdetzen diot biografiak idaztea ez ote den -kasu honetan- aukerazko espazio anbiguoak ahalbidetzen dituen amarru modukoa, non historia bortitzeko ikergai baten eta elkarrizketa-agente baten arteko elkarreragina gertatzen den, non ezaugarri pertsonal eta politikoen arteko interakzio modu berriak zentzu handiz azter daitezkeen.
2007-2008 ; Lorsque j'ai découvert Annie Ernaux pour la première fois, je cherchais un sujet pour ma thèse de Doctorat depuis quelque temps déjà, sans en trouver un qui puisse vraiment me convaincre par sa richesse et son originalité. C'est au cours d'un séminaire sur les journaux intimes et les autobiographies que j'ai remarqué les œuvres d'Ernaux, simples et denses à la fois et surtout peu connues au Liban. Mon choix s'est donc porté sur elle, en particulier sur ses récits autobiographiques, La Place, Une femme, Passion simple, L'Occupation et L'Événement qui retracent successivement ses relations avec son père, sa mère, celles entretenues avec ses amants jusqu'à la rupture de leur liaison et même au-delà, enfin le vécu de son avortement clandestin en 1963, le tout dans un contexte social, politique, culturel et religieux largement décrit. La problématique majeure chez Annie Ernaux concerne l'exil intérieur dont elle souffre terriblement depuis longtemps. Tiraillée entre son monde familial originel et le milieu bourgeois auquel elle a accédé par ses études et son mariage, elle a du mal à définir son identité. Elle tente alors par le biais d'une écriture - qui se voudrait « thérapeutique » - de se réconcilier avec elle-même et de retrouver l'unité de sa personne. Au bout du compte, elle réussit à surmonter sa culpabilité et à se racheter en élevant ses parents au rang de héros littéraires dignes d'être la matière même de ses livres. Ernaux libère également les refoulés et les tabous sexuels de son enfance pour s'affirmer en femme « follement » passionnée et jalouse. Enfin, elle « crie » la douleur de sa chair vécue lors de son avortement clandestin, accusant la société masculine et appelant au changement des mentalités. Bref, la douleur qui se dégage des œuvres se transforme petit à petit en une force imposante qui d'une part dénonce les non-dits et les interdits, et encourage d'autre part à affirmer fièrement ses origines, ses choix, sa passion, sa jalousie,. en somme, une belle leçon de confiance en soi et de révolution intime. Pour analyser ce parcours scripturaire, je confère à mon travail une forme triptyque. Formelle, la première partie analyse le genre des œuvres d'Ernaux à la fois autobiographiques et autofictives selon les terminologies de Philippe Lejeune et de Philippe Hamon. La deuxième partie, elle, est surtout psychanalytique; elle se base sur les théories de Sigmund Freud et de René Girard concernant le triangle œdipien et le désir mimétique dans les relations familiales et amoureuses. Enfin, la troisième partie présente trois approches différentes : la première, sociologique, en référence à divers travaux de sociologues dont Pierre Bourdieu sur les inégalités sociales; la deuxième, stylistique, d'après « l'écriture blanche » analysée initialement par Roland Barthes; enfin, la troisième portant sur la réception des œuvres d'Annie Ernaux par les internautes d'après les théories d'Umberto Eco et d'autres critiques en la matière. Une étude d'une telle dimension nécessite certes beaucoup de travail souvent entravé par de multiples difficultés. Annie Ernaux étant contemporaine, les références bibliographiques directement liées à mon corpus sont extrêmement rares, voire inexistantes au Liban. Ainsi, j'ai dû défricher un terrain quasiment intact. Pour combler ce manque, j'ai fait des recherches dans diverses bibliothèques et centres de recherche universitaire à Paris (Université de La Sorbonne Nouvelle – Paris III; Bibliothèque Nationale de France – Site François Mitterand; Centre National d'Art et de Culture Georges Pompidou) puis à Montréal (Université de Montréal, Bibliothèque Nationale du Québec), j'ai également commandé par la suite plusieurs livres de France. Certaines difficultés se rapportent en outre aux multiples théories et approches employées dans ma thèse et souvent méconnues parce qu'absentes du programme d'étude durant mes années de Licence et de Master. Lire seule les ouvrages de méthodes critiques n'a pas toujours été facile, certaines théories étant assez ardues, d'autres relativement récentes et peu utilisées encore. Sur un tout autre niveau, mon émigration au Canada en pleine guerre de juillet 2006 constitue elle aussi une difficulté majeure. Une rupture de plusieurs mois s'est opérée dans mon travail doctoral vu les circonstances du voyage et le dépaysement social soudain. L'acculturation s'est faite ensuite progressivement et j'ai repris mes études lentement mais sûrement jusqu'à la fin de la rédaction. En fait, ma thèse de Doctorat est la première au Liban qui porte sur Annie Ernaux. Les œuvres autobiographiques de l'auteur y sont analysées à plus d'un niveau : formel, psychanalytique, sociologique, stylistique, etc. Les documents iconographiques étudiés (couvertures des œuvres du corpus et d'autres) agrémentent le travail et illustrent les propos avancés. La réception des œuvres par les internautes est, quant à elle, élaborée pour la première fois au Liban dans le cadre d'une thèse; elle permet d'ancrer la recherche dans la modernité (voire postmodernité), époque à laquelle la littérature est devenue inséparable de l'univers électronique. Cette association permet également une diffusion et une connaissance plus larges, voire surtout plus rapides, d'Annie Ernaux et de ses œuvres, elle qui proclame toujours que ses expériences intimes et privées constituent en réalité une passerelle vers des phénomènes généraux et collectifs. C'est pourquoi elle qualifie son œuvre d' « autosociobiographique », néologisme qu'elle a forgé pour définir ses divers champs d'écriture. Au fil des ans, Annie Ernaux s'est forgé une place majeure dans la littérature contemporaine, recevant même le prix Renaudot en 1984 pour La Place. Traduites dans plusieurs langues à travers le monde, ses œuvres font désormais partie des programmes scolaires et universitaires et l'une d'elles, Passion simple, a même été adaptée à l'écran sous l'intitulé L'Autre réalisé par Patrick Mario Bernard et Pierre Trividic en 2008, avec Dominique Blanc dans le rôle de l'héroïne. Ernaux a publié en février 2008 Les Années qualifiée d' « autobiographie impersonnelle » par les critiques et constituant une nouvelle piste de recherche. En fait, quelque soit l'œuvre, Annie Ernaux dérange, fascine, agace, bouleverse, et surtout incite à la réflexion, prélude des changements et des révolutions.
2007-2008 ; Lorsque j'ai découvert Annie Ernaux pour la première fois, je cherchais un sujet pour ma thèse de Doctorat depuis quelque temps déjà, sans en trouver un qui puisse vraiment me convaincre par sa richesse et son originalité. C'est au cours d'un séminaire sur les journaux intimes et les autobiographies que j'ai remarqué les œuvres d'Ernaux, simples et denses à la fois et surtout peu connues au Liban. Mon choix s'est donc porté sur elle, en particulier sur ses récits autobiographiques, La Place, Une femme, Passion simple, L'Occupation et L'Événement qui retracent successivement ses relations avec son père, sa mère, celles entretenues avec ses amants jusqu'à la rupture de leur liaison et même au-delà, enfin le vécu de son avortement clandestin en 1963, le tout dans un contexte social, politique, culturel et religieux largement décrit. La problématique majeure chez Annie Ernaux concerne l'exil intérieur dont elle souffre terriblement depuis longtemps. Tiraillée entre son monde familial originel et le milieu bourgeois auquel elle a accédé par ses études et son mariage, elle a du mal à définir son identité. Elle tente alors par le biais d'une écriture - qui se voudrait « thérapeutique » - de se réconcilier avec elle-même et de retrouver l'unité de sa personne. Au bout du compte, elle réussit à surmonter sa culpabilité et à se racheter en élevant ses parents au rang de héros littéraires dignes d'être la matière même de ses livres. Ernaux libère également les refoulés et les tabous sexuels de son enfance pour s'affirmer en femme « follement » passionnée et jalouse. Enfin, elle « crie » la douleur de sa chair vécue lors de son avortement clandestin, accusant la société masculine et appelant au changement des mentalités. Bref, la douleur qui se dégage des œuvres se transforme petit à petit en une force imposante qui d'une part dénonce les non-dits et les interdits, et encourage d'autre part à affirmer fièrement ses origines, ses choix, sa passion, sa jalousie,. en somme, une belle leçon de confiance en soi et de ...
A review essay on books by (1) Eric Hobsbawm, Franc-tireur. Autobiographie ([Free Shooter. Autobiographie] (Paris: Hachette Litteratures, 2007); (2) Jean-Francois Nadeau, Bourgault ([Bourgault] Montreal: Lux Editeur, 2007); & (3) Pier Paolo Pasolini, Entretiens avec Jean Duflot ([Discussions with Jean Duflot] Paris: Editions Gutenberg, 2007).
In this paper, I focus on the question of the testimonies of the Shoah and the circumstances of their creation. The testimony, a specific sociodiscursive object, is described by detailing its defining elements (autobiographical certification, referentiality pact, collective thrust, etc.), by reflecting on the conditions of its accreditation and by comparing it to the other discursive modalities and strategies (the discourse of the historian, literary accounts, etc.) used to convey the extreme and unshared reality of deportation and the experience of concentration camps. Adapted from the source document.
Drawing on ethnographical research conducted since 2008 in Transcarpathia (Ukraine), this article raises two main issues regarding memory processes in a post-communist context. The first question bears on the relation between the public construction of a collective memory of victimhood grounded in the Goulag experience, & its ritualization, on the one hand, & the silences & uneases of informal memory glosses in the urban & rural local Magyar-speaking society (re)making its categories of collective identification. The second issue arises from the paradoxical relation between ethnicized memory practices & discourses on the one hand, & the necessarily multi-ethnic & interactional nature of economic activities, grounded in the existence of multiple borders in the region, while some of these economic activities, such as smuggling & informal touristic tours built around the local post-communist lieux de memoire, are precisely crucial in the reproduction of the local society. Adapted from the source document.