In developing his materialist conception of history, Marx creates, at the same time, a critique to the Hegelian thought next to a critique of political economy. Those critiques are mainly concentrate in his works written throughout his youth, in particular 'The Misery of Philosophy'. Based on this work of Marx, the present paper aims to discourse on the metaphysics of political economy, whose critique is directed mainly to Proudhon responding to the work 'Philosophy of Misery', in which Proudhon tries to provide, in a metaphysical bias, the bases for the social problems, applying the Hegelian dialectic to the method of political economy. For Marx, the Proudhonist ideology, which is expressed in that work, is totally reformist and utopian. In contrast to the Proudhonist thought, and explaining simultaneously the foundations that constitute the theory of social being, which is woven by the capitalist mode of production, Marx publishes in 1847 his work 'The Misery of Philosophy' in response to Proudhon's 'Philosophy of Misery'.
This article approaches the images to achieve a perception of our time. Not just what we can see, but mainly as sensitive is our ability, our desire and undesirable, our imagination and the unimaginable. It is problematized the political links with the market economy, to the extent that they have generated and instructed us to manage our own self-image. Thus, productivity is revealed a strong amalgam of generators and sense of body and reality. Through analysis of advertisements and television programs available on the Internet, advertisements distance courses distributed by e-mail, as well as an art project also published on the network, we come to the evidence that the image today has become the commodity par excellence. She does not just sell a product or herself, sells an experience of a world to 'my own'.
Analyses the lives and livelihoods of the female cashew shellers in Mozambique's capital in the colonial era, during which the industry grew to be a major export, and relates how the women played a fundamental, but previously underappreciated, role in the colony's economy. JOINT RUNNER-UP FOR THE 2017 AIDOO-SNYDER BOOK PRIZE Between the late 1940s and independence in 1975, rural Mozambican women migrated to the capital, Lourenço Marques, to find employment in the cashew shelling industry.This book tells the labour and social history of what became Mozambique's most important late colonial era industry through the oral history and songs of three generations of the workforce. In the 1950s Jiva Jamal Tharani recruited a largely female labour force and inaugurated industrial cashew shelling in the Chamanculo neighbourhood. Seasonal cashew brews had long been an essential component of the region's household, gift and informal economies, but bythe 1970s cashew exports comprised the largest share of the colony's foreign exchange earnings. This book demonstrates that Mozambique's cashew economy depended fundamentally on women's work and should be understood as "whole cloth". Drawing on over 100 interviews, the rich narratives convey layered histories: the rural crises that triggered the flight of women, their lives as factory workers, widespread payment and wage fraud, the formation of innovative urban families, and the health costs that all African families paid for municipal neglect of their neighbourhoods. Jeanne Marie Penvenne is Professor of History, and core faculty in International Relations, Africana and Women, and Gender and Sexuality Studies at Tufts University.. She is the author of the Herskovits shortlisted African Workers and Colonial Racism (James Currey/Heinemann, 1995)
Neste artigo, sugiro que a indústria do turismo mundial está mobilizada em torno de um núcleo, a atração turística, que está afastada e protegida do intercâmbio económico. Se o turismo é, de facto, a maior indústria do mundo, é por causa e não a despeito da separação da sua principal estrutura motivacional e moral do mercado. Aqui exploro as implicações do facto de que o sistema global de atrações turísticas é uma enorme coleção de "bens gratuitos" democráticos, abertos e disponíveis para todos verem. A indústria do turismo depende desta oferta interminável de atrações de livre acesso, mantidas por governos, ONG e/ou simplesmente existentes na sociedade e na natureza. A indústria do turismo mundial só pode prosperar se a sua estrutura moral e motivacional permanecer isolada das transações do mercado. O Taj Mahal, a Torre Eiffel, o Partenon, o Grand Canyon, a Estátua da Liberdade, as Montanhas Karakorum, etc., não estão à venda. Mais de mil milhões de turistas gastam 1,5 biliões de dólares por ano para viajar internacionalmente e ver coisas que não podem comprar ou ter no sentido material; que ninguém, por mais rico que seja, pode comprar; que muitas vezes nem conseguem tocar. A enormidade do turismo hoje é possível apenas porque as forças causais que estão no coração da economia do turismo são inteiramente imaginárias e simbólicas. Na sua essência, a economia turística é menos económica do que fenomenológica. E o principal impulso do turismo, a sua motivação mais profunda, não é materialista, mas democrática. O overtourism (excesso de turismo) resulta da própria indústria que explora agressivamente o facto de que não implica matérias-primas, não necessita de desenvolver cadeias de fornecimento, não precisa de fábricas e não se envolve em qualquer conceção, fabrico, montagem ou distribuição. O consumidor trabalha de graça, na realidade, paga para fazer o trabalho do turismo e torna-se o produto. Estas eficiências neoliberais levam ao overtourism. O overtourism pode ser facilmente controlado ao nível local. ; In this article I suggest that the global tourism industry is deployed around a nucleus, the tourist attraction, that is removed and protected from economic exchange. If tourism is, indeed, the world's largest industry it is because, and not in spite of the separation of its primary motivational and moral structure from the marketplace. I explore the implications of the fact that the global system of tourist attractions is a massive collection of democratic "free goods" open and available for all to see. The tourist industry depends on this endless supply of free access attractions maintained by governments, NGOs, and/or simply existing in society and nature. The global tourism industry can thrive only if its moral and motivational structure remains insulated from market transactions. The Taj Mahal, the Eiffel Tower, the Parthenon, the Grand Canyon, the Statue of Liberty, the Karakorum Mountains, etc. are not for sale. Over a billion tourists spend $1,5 trillion annually to travel internationally to things they cannot buy or have in any material sense; that no one no matter how wealthy can buy; often that they cannot even touch. The enormity of tourism today is possible only because the causal forces at the heart of the tourism economy are entirely imaginary and symbolic. At its core, the tourist economy is less economical than phenomenological. And the primary tourist drive, its deepest motivation, is not materialistic but democratic. Overtourism results from the industry aggressively exploiting the fact that it requires no raw materials, need not develop supply chains, needs no factories, and engages in no design, manufacture, assembly or distribution. The consumer works for free, indeed, pays to do the work of tourism, and becomes the product. These neoliberal efficiencies lead to overtourism. Overtourism can easily be controlled at the local level.
Este trabalho tem como objetivo trazer uma discussão teórica da Comunicação Pública e da Cidadania sob o viés da Economia Política da Comunicação, um campo que abrange questões relacionadas entre o mercado de comunicação, Estado e sociedade. A partir do conceito trabalhado por alguns estudiosos que ampliam as discussões sobre as temáticas é traçada uma definição de Comunicação Pública e Cidadania, posteriormente são elencadas pesquisas que aliam a lógica do público ao jornalismo diante de questões econômicas em meio aos produtos que circulam no espaço televisivo, levando em consideração a comunicação pública como um mecanismo de resistência na esfera comunicacional.
This article aims to contribute to the debate of the creative economy (EC) without context of sustainability, a little explicit association found since the early writings. The means of identifying interrelationships between the terms used in the literature to define EC [creative class, creative city, creative education, culture, economics (s) and cultural and creative sciences] and eight dimensions of sustainability (environmental, social, economic, cultural, technological, ethical, territorial and political), where the terms set forth another meaning. It was concluded that a relationship between creative and sustainable paradigm is a consequence, rather than a first intention, proclaimed paradigm break in the twentieth century models of modern development. ; Este artigo tem como objetivo contribuir para o debate da economia criativa (EC) no contexto da sustentabilidade, uma associação pouco explícita que se encontra desde os primeiros escritos. O faz por meio da identificação de inter-relações entre termos utilizados na literatura para definir EC (classe criativa, cidade criativa, educação criativa, cultura, economia(s) e indústrias culturais e criativas) e oito dimensões da sustentabilidade (ambiental, social, econômica, cultural, tecnológica, ética, territorial e política), onde os termos encontram outro sentido. Conclui-se que a estreita relação entre o paradigma criativo e o sustentável é uma consequência, mais do que uma intenção primeira, da proclamada quebra de paradigma nos modelos de desenvolvimento moderno do século XX. ; Este artículo tiene como objetivo contribuir al debate de la economía creativa (EC) en el contexto de la sostenibilidad, una asociación que es presiente pero no explícita desde los primeros escritos. Lo hace identificando las interrelaciones entre los términos utilizados en la literatura para definir EC [clase creativa, ciudad creativa, educación creativa, cultura, economía (s) e industrias culturales y creativas] y ocho dimensiones de la sostenibilidad (ambiental, social, económico, cultural, tecnológico, ético, territorial y político), donde los términos encuentran otro significado. De ello se deduce que la estrecha relación entre los paradigmas creativo y sostenible es una consecuencia, más que una intención primaria, del cambio de paradigma proclamado en los modelos de desarrollo modernos del siglo XX.
The term sharing economy is used in specialized literature to identify how the Internet, smartphones, and applications are changing the global economic dynamic. This article presents documentary research focused on private sharing applications that have emerged in recent decades, intending to contribute to the improvement of local public management. Descriptive data analysis and regression were used to characterize the local governments' adherence to new technologies and to identify how these new technologies affect the fiscal performance of municipalities measured by the FIRJAN Fiscal Management Index. The results obtained show that shared economy Apps can contribute in different ways, with emphasis on greater cooperation and coordination within and between local governments, reduction in the underutilization of assets, greater access and improvement in the quality of public services, and greater interaction and citizen participation in public decisions. The estimated regression shows that the use of new communication technologies contributes to improving the municipalities' fiscal performance. However, these technologies are little used and should be encouraged in local public administrations. ; El término economía compartida se utiliza en la literatura especializada para identificar cómo la Internet, los smartphones y las aplicaciones están cambiando la dinámica económica mundial. Este artículo presenta una investigación documental realizada para identificar las aplicaciones de compartición que surgieron en las últimas décadas y cómo están contribuyendo a la mejora de la gestión pública local. Se utilizó el análisis descriptivo de datos y la regresión para caracterizar la adhesión a las nuevas tecnologías por parte de los gobiernos locales y para identificar cómo afectan el desempeño fiscal de los municipios, medido a partir del Índice FIRJAN de Gestión Fiscal (IFGF). Los resultados obtenidos muestran que las aplicaciones de economía compartida pueden contribuir de diferentes formas, con énfasis en: mayor cooperación y coordinación dentro y entre los gobiernos locales, reducción de la subutilización de activos, mayor acceso y mejora en la calidad de los servicios públicos y mayor interacción y participación ciudadana en las decisiones públicas. La regresión estimada muestra que el uso de nuevas tecnologías de la comunicación contribuye a mejorar el desempeño fiscal de los municipios. Sin embargo, estas tecnologías rara vez se utilizan y se necesitan iniciativas para fomentar el uso de aplicaciones de compartición en las gestiones públicas locales. ; O termo economia compartilhada é empregado na literatura especializada para identificar a forma como a internet, os smartphones e os aplicativos estão modificando a dinâmica econômica mundial. Este artigo apresenta uma pesquisa documental realizada para identificar os aplicativos de compartilhamento que surgiram nas últimas décadas e o modo como estão contribuindo para a melhoria da gestão pública local. Utilizou-se a análise descritiva dos dados e uma regressão para caracterizar a adesão às novas tecnologias pelos governos locais e para identificar o modo como afetam o desempenho fiscal dos municípios, mensurado a partir do Índice FIRJAN de Gestão Fiscal (IFGF). Os resultados obtidos mostram que os aplicativos de economia compartilhada podem contribuir de diferentes formas, com destaque para: a maior cooperação e coordenação intra e entre governos locais, redução na subutilização de ativos, maior acesso e melhoria na qualidade dos serviços públicos, e maior interação e participação dos cidadãos nas decisões públicas. A regressão estimada mostra que o emprego das novas tecnologias de comunicação contribui para a melhoria no desempenho fiscal dos municípios. Contudo, essas tecnologias são pouco utilizadas, sendo necessárias iniciativas que estimulem a utilização de aplicativos de compartilhamento nas gestões públicas locais.
A "Iniciativa Economia Verde", numa perspectiva de análise teórica, é uma reiteração de "velhas ideias"; não é propriamente um novo conceito, mas sim a proposta de um conjunto de instrumentos para o alcance do desenvolvimento sustentável. Uma novidade importante dessa inciativa é a defesa do ativismo de políticas de indução às mudanças tecnológicas ambientais, o que revela sua aproximação com a economia evolucionária. No plano da economia política internacional, o potencial de conflito Norte-Sul sobre a "Iniciativa Economia Verde" se vincula aos impasses registrados nas negociações sobre liberalização do comércio de bens e serviços ambientais na Rodada Doha da OMC. ; The "Green Economy Initiative", under a perspective of theoretical analysis, it is a reiteration of "old ideas"; it is not exactly a new concept, but the proposal for a set of instruments for achieving sustainable development. A major novelty of this initiative is the defense of political activism to induce environmental technological change, which reveals its approach to evolutionary economics. In terms of international political economy, the potential for North-South conflict on the "Green Economy Initiative" is linked to the reported deadlock in the negotiations on trade liberalization in environmental goods and services in the WTO Doha Round.
After four years of negotiations between the Colombian government and the guerrilla of the Revolutionary Armed Forces of Colombia-People's Army (FARC-EP for its acronym in Spanish), from Havana, Cuba, on August 24, 2016, representatives of Cuba and Norway, guarantor countries, together with the negotiating parties, issued a joint communication in which they announced to the Colombian people and to the entire world the end of a conflict that lasted more than six decades, since they have reached a final, integral, and definitive agreement on all points of the agenda of the General Agreement to End the Conflict and to Build a Stable and Lasting Peace in Colombia. This agreement was ratified by the Congress of the Republic and then submitted to a referendum on October 2, 2016, so that the Colombian people decide on the final approval of its implementation (Gobierno Nacional y FARC-EP, 2016). ; Tras cuatro años de negociaciones entre el Gobierno de Colombia y la guerrilla de las Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia-Ejército del Pueblo (FARC-EP), desde La Habana, el 24 de agosto de 2016, representantes de Cuba y Noruega, países garantes, junto con las partes negociadoras divulgaron un comunicado conjunto en el cual anunciaban a los colombianos y al mundo entero el fin de un conflicto de más de seis décadas y haber llegado a un "Acuerdo final, integral y definitivo, sobre la totalidad de los puntos de la agenda del Acuerdo General para la Terminación del Conflicto y la Construcción de una Paz Estable y Duradera en Colombia"1. Esta Acuerdo fue ratificado en el Congreso de la República y luego llevado a plebiscito el 2 de octubre de 2016 para que los colombianos decidieran la aprobación final de cara a su implementación (Gobierno Nacional y FARC-EP, 2016). ; Após quatro anos de negociações entre o Governo da Colômbia e a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo (Farc-EP), no dia 24 de agosto de 2016, em Havana, representantes de Cuba e Noruega, países fiadores, junto com as partes negociadoras, divulgaram um comunicado conjunto no qual anunciavam aos colombianos e ao mundo inteiro o fim de um conflito demais de seis décadas e um Acordo final, integral e definitivo, sobre a totalidade dos pontos da agenda do Acordo Geral para a Terminação do Conflito e para a Construção de uma Paz Estável e Duradoura na Colômbia. Esse Acordo foi ratificado no Congresso da República e logo levado a plebiscito no dia 2 de outubro de 2016, para que os colombianos decidissem a aprovação final para sua implantação (Gobierno Nacional e Farc-EP, 2016).
After four years of negotiations between the Colombian government and the guerrilla of the Revolutionary Armed Forces of Colombia-People's Army (FARC-EP for its acronym in Spanish), from Havana, Cuba, on August 24, 2016, representatives of Cuba and Norway, guarantor countries, together with the negotiating parties, issued a joint communication in which they announced to the Colombian people and to the entire world the end of a conflict that lasted more than six decades, since they have reached a final, integral, and definitive agreement on all points of the agenda of the General Agreement to End the Conflict and to Build a Stable and Lasting Peace in Colombia. This agreement was ratified by the Congress of the Republic and then submitted to a referendum on October 2, 2016, so that the Colombian people decide on the final approval of its implementation (Gobierno Nacional y FARC-EP, 2016). ; Tras cuatro años de negociaciones entre el Gobierno de Colombia y la guerrilla de las Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia-Ejército del Pueblo (FARC-EP), desde La Habana, el 24 de agosto de 2016, representantes de Cuba y Noruega, países garantes, junto con las partes negociadoras divulgaron un comunicado conjunto en el cual anunciaban a los colombianos y al mundo entero el fin de un conflicto de más de seis décadas y haber llegado a un "Acuerdo final, integral y definitivo, sobre la totalidad de los puntos de la agenda del Acuerdo General para la Terminación del Conflicto y la Construcción de una Paz Estable y Duradera en Colombia"1. Esta Acuerdo fue ratificado en el Congreso de la República y luego llevado a plebiscito el 2 de octubre de 2016 para que los colombianos decidieran la aprobación final de cara a su implementación (Gobierno Nacional y FARC-EP, 2016). ; Após quatro anos de negociações entre o Governo da Colômbia e a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo (Farc-EP), no dia 24 de agosto de 2016, em Havana, representantes de Cuba e Noruega, países fiadores, junto com as partes ...
Transnationalization of popular sovereignty is Jürgen Habermas' answer to the "postnational constellation". His position of a supranational constitutionalization has been critized from the perspective of popular sovereignty by political theorist Ingeborg Maus. Although from the view of democratic theory of highest interest, this debate has so far focused primarily on articulating prospective institutional and procedural designs or criticizing existing ones but has neglected to sufficiently address the problem of effective democratic access to the economic sphere. The aim of this paper is to strengthen popular sovereignty theory by confronting the two competing positions with insights from political economy on the background of the "new constitutionalism". We show that Maus' idea to cut back "new constitutionalism" to the form of international agreements without supranational institutions runs into the same problems of equality between states that Habermas faces with his idea of "global governance without government". We show also that a further unification of Europe as envisioned by Habermas is undermined by structural obstacles of capitalist economy that Habermas does not take into account. Therefore, both models, although contrary positions, share similar problems. It is our result that popular sovereignty theory must counter legitimatory and socioeconomic challenges simultaneously. --- This manuscript has been presented at the Research Seminar of ARENA, Centre for European Studies in Oslo. We are grateful for comments by the participants, especially Erik O. Eriksen and John Erik Fossum, and for comments on earlier drafts by Hans-Jürgen Bieling and Martin Höpner. Translated by Daniela Serra. ; A transnacionalização da soberania popular é a resposta de Jürgen Habermas para o fenômeno da "constelação pós-nacional". A posição de Habermas sobre a constitucionalização supranacional foi criticada, sob a perspectiva da soberania popular, pelo teórico da ciência política Ingeborg Maus. Até agora, na visão da "teoria democrática de maior interesse" esse debate se manteve focado em articular propostas de designs institucionais ou procedimentais, ou em criticar articulações já existentes. No entanto, a discussão acabou negligenciando o aspecto fundamental do acesso democrático efetivo à esfera econômica. Esse artigo tem por objetivo fortalecer a teoria da soberania popular ao tratar das duas posições concorrentes, sob a visão da econômica política, em um contexto do "Novo Constitucionalismo". Mostramos que a ideia de Maus para restringir o "Novo Constitucionalismo" aos acordos internacionais, sem instituições supranacionais, acaba se deparando com as mesmas questões de igualdade entre Estados com que Habermas lida em seu projeto de "Um governo global sem governante". Nós mostramos também, que uma unificação mais profunda da Europa, como Habermas idealizou, acaba enfraquecida por obstáculos estruturais da Economia capitalista, que o autor não leva em conta. Portanto, os dois modelos, mesmo que em posições contrárias, possuem problemas em comum. A conclusão que obtivemos é a de que a teoria da soberania popular precisa opor, ao mesmo tempo, desafios de cunho "legitimador" e "sócio-econômicos". --- Artigo apresentado no Seminário de Pesquisa ARENA, do Centro de Estudos Europeu em Oslo. Somos gratos aos comentários dos participantes, especialmente Erik O. Eriksen e John Erik Forssum, assim como os comentários em versões prévias de Hans-Jurgen Bieling e Martin Höpner. Tradução de Daniela Serra.
Os média alternativos abordam assuntos que não são tratados pelos meios de comunicação tradicionais e dão enfoque a temáticas voltadas à defesa dos direitos humanos. Surgidos no ambiente digital, tiram partido dos baixos custos de distribuição e das potencialidades de participação do público. De forma crescente, os média alternativos utilizam plataformas de crowdfunding ou financiamento coletivo como modelo de manutenção das atividades. Estas plataformas que permitem o patronato não alojam nem publicam conteúdo, mas estão inseridas num ecossistema com outras plataformas que visam obter dados e transformá-los em valor económico. O presente artigo mapeia a forma como média alternativos de Portugal, Espanha e Brasil articulam as plataformas de crowdfunding com as suas estratégias de financiamento, por um lado, e com as plataformas de redes sociais, por outro. O estudo pretende debater as possibilidades e limitações das diferentes plataformas de financiamento coletivo para estes meios. O desenho metodológico inclui entrevistas pessoais, observação online sobre os média alternativos e uma análise de conteúdo sobre o seu financiamento e concretamente as plataformas digitais de financiamento. Os média alternativos articulam o seu uso de plataformas de crowdfunding com as de redes sociais, num trabalho constante de demonstração da relevância do tipo de jornalismo que praticam e do seu contributo social em busca do envolvimento do público enquanto financiador. ; Alternative media appeared in the digital environment, taking advantage of the low distribution costs and the potential for public participation. Increasingly, they use crowdfunding or collective financing platforms as a model for maintaining activities. This article maps how alternative media from Portugal, Spain and Brazil articulate crowdfunding platforms with their financing strategies, on the one hand, and with social media platforms, on the other. The study aims to discuss the possibilities and limitations of the different crowdfunding platforms for these means. The methodological design includes personal interviews, online observation about alternative media and a content analysis about their financing and specifically the digital financing platforms. Alternative media articulate their use of crowdfunding platforms with those of social networks, in a constant work of demonstrating the relevance of the type of journalism they practice and their social contribution in search of public involvement as a funder.