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Posições da IGTN sobre a Organização Mundial do Comércio (OMC)
In: Boletim IGTN, 1 (novembro 2001) 5
World Affairs Online
Gender issues in Plato and Euripides: ancient bodies and gender performativity ; Questões de gênero em Platão e Eurípedes: corpos antigos e gender performativity
O presente artigo propõe uma análise de dois textos clássicos da Antiguidade grega,As Bacantesde Eurípedes e a República de Platão, à luz da teoria contemporânea degender performativityde Judith Butler. O conceito degender performativityserá apropriado para ilustrar analogamente, mesmo que de forma anacrônica, o quanto que o imaginário grego, apesar de temporalmente distante, pode nos apresentar – seja a partir do discurso filosófico, seja a partir do discurso literário da tragédia grega – bons exemplos para uma das teorias mais sofisticadas, diríamos, no campo dos estudos de gênero hoje. A proposta é a de mostrar de que modo o conteúdo desses dois textos nos permite compreender o debate contemporâneo da teoria crítica das identidades de gênero. Trata-se de identidades fixadas em atos performativos que conformam o gênero ao sexo anatômico, limitando-o a duas possibilidades: masculino ou feminino. Considerando o contexto histórico e as questões que são próprias do mundo grego antigo, a análise aqui proposta nos permitirá jogar luz, especialmente, nas estratégias que Platão e Eurípedes empreenderam no sentido de deslocar as normas de gênero constituídas napólis. O exame dos textos permitiu-nos identificar que na antiguidade, mas também na contemporaneidade, mesmo que de forma diferente, as discussões das relações de gênero estão ajustadas, principalmente, pelo discurso político a respeito dessas relações. ; The current article draws on Judith Butler's gender performativity theory to analyse two classical text of Greek Antiquity – theBacchaeby Euripides and TheRepublicby Plato. The concept of gender performativity will be used to illustrate analogously even anachronically, how much the Greek imaginary, in spite of being temporally distant, can fruitfully contribute to, what we would identify as one of the most sophisticated contemporary theories in contemporary gender studies, both as this imaginary emerges from the literary discourse of the tragedy or the discourse of philosophy. This will allow us to show how the two above mentioned texts can contribute to the contemporary debate on the critical theory of gender identity, as these are fixed in performative acts that make gender conform to anatomic sex, limiting gender to the two possibilities of masculine or feminine. Considering the historical context and the question that are specific to the world of Ancient Greece, our analysis will permit us to cast light, in particular, on the strategies that Plato and Euripides drew on to disrupt the gender norms of the polis. Examining the texts allows us to argue that in antiquity, as well as in the contemporary world, albeit in different ways, discussions of gender relations are fitted primarily by the political discourse regarding these relations.
BASE
Gender, Conflict, and Development
In: Relações internacionais: R:I, Heft 6, S. 185-190
ISSN: 1645-9199
Questões de gênero em Platão e Eurípedes : corpos antigos e gender performativity ; Gender issues in Plato and Euripides : ancient bodies and gender performativity
O presente artigo propõe uma análise de dois textos clássicos da Antiguidade grega, As Bacantes de Eurípedes e a República de Platão, à luz da teoria contemporânea de gender performativity de Judith Butler. O conceito de gender performativity será apropriado para ilustrar analogamente, mesmo que de forma anacrônica, o quanto que o imaginário grego, apesar de temporalmente distante, pode nos apresentar – seja a partir do discurso filosófico, seja a partir do discurso literário da tragédia grega – bons exemplos para uma das teorias mais sofisticadas, diríamos, no campo dos estudos de gênero hoje. A proposta é a de mostrar de que modo o conteúdo desses dois textos nos permite compreender o debate contemporâneo da teoria crítica das identidades de gênero. Trata-se de identidades fixadas em atos performativos que conformam o gênero ao sexo anatômico, limitando-o a duas possibilidades: masculino ou feminino. Considerando o contexto histórico e as questões que são próprias do mundo grego antigo, a análise aqui proposta nos permitirá jogar luz, especialmente, nas estratégias que Platão e Eurípedes empreenderam no sentido de deslocar as normas de gênero constituídas na pólis. O exame dos textos permitiu-nos identificar que na antiguidade, mas também na contemporaneidade, mesmo que de forma diferente, as discussões das relações de gênero estão ajustadas, principalmente, pelo discurso político a respeito dessas relações. ; The current article draws on Judith Butler's gender performativity theory to analyse two classical text of Greek Antiquity – the Bacchae by Euripides and The Republic by Plato. The concept of gender performativity will be used to illustrate analogously even anachronically, how much the Greek imaginary, in spite of being temporally distant, can fruitfully contribute to, what we would identify as one of the most sophisticated contemporary theories in contemporary gender studies, both as this imaginary emerges from the literary discourse of the tragedy or the discourse of philosophy. This will allow us to show how the two above mentioned texts can contribute to the contemporary debate on the critical theory of gender identity, as these are fixed in performative acts that make gender conform to anatomic sex, limiting gender to the two possibilities of masculine or feminine. Considering the historical context and the question that are specific to the world of Ancient Greece, our analysis will permit us to cast light, in particular, on the strategies that Plato and Euripides drew on to disrupt the gender norms of the polis. Examining the texts allows us to argue that in antiquity, as well as in the contemporary world, albeit in different ways, discussions of gender relations are fitted primarily by the political discourse regarding these relations.
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Guarda compartilhada e simetria nos papéis de gênero: novos desafios para a igualdade de gênero
In: Revista Observatório, Band 2, Heft 3, S. 182-198
A família faz a mediação entre a sociedade e o indivíduo. Ela possui lógica própria, limitações de tempo e espaço e uma mitologia que se adaptam a condições socioeconômicas variáveis. Por outro lado, as sociedades ocidentais contemporâneas são famosas pela capacidade de integrar novas práticas culturais, inclusive aquelas originalmente opostas às normas dominantes. A família também é, obviamente, um locus de relações de gênero. O aparecimento da guarda compartilhada como prática contracultural ressaltou a normalização da separação conjugal e do divórcio, assim como o desejo de criar os filhos de acordo com papéis de gênero antes simétricos do que diferenciados. No Quebec, a guarda compartilhada de alguma forma se transformou em modelo para a igualdade de gênero, influenciando os papéis parentais e as relações entre homens e mulheres mesmo em famílias intactas. Mas será que o surgimento da guarda compartilhada como modelo cultural significa uma redução das desigualdades de gênero no interior da família? O presente artigo analisará as novas transformações dos papéis parentais heterossexuais com base nos dados empíricos de uma pesquisa no Quebec (Côté, 2000; 2004; 2006; 2010; 2012). O novo modelo da família baseado numa idealização da guarda compartilhada integra os conceitos contemporâneos da família como um grupo de indivíduos unidos por escolha e negociação, e não por casamento e dever. Ele também acomoda recentes evoluções de gênero: fluidez de identidades e papéis, pluralidade de experiências e maior mobilidade para as mulheres. No entanto, ao contrário de mitos comuns, essa modernização do espaço doméstico baseada na simetria dos papéis parentais e de gênero também cria novos tipos de regulamentações e constrangimentos que perpetuam e "modernizam" desigualdades. É o que será aqui apresentado e discutido.