Immigration and social transformation in Europe: the turning point of an era and its perspectives ; Immigrazione e trasformazione sociale dell'Europa: una svolta epocale e le sue prospettive ; Imigração e transformação social da Europa: a reviravolta de uma época e as suas perspectivas
The shift from the continent of emigration to the continent of immigration marks the change of an era for Europe. Since 1945, tens of millions of immigrants have reached Western Europe, at first from other European regions, then from every corner of the world. Thus, a remarkable social transformation took place: the (ultimate) birth of multi-national, multi-racial, multi-cultural, multi-religious societies. For a long time, governments and companies demanded that immigrants be only temporary, so as to have a mass of precarious, barely integrated, vulnerable workers. Such demand, strongly restated over the past few years, was fiercely opposed by immigrant populations, who responded with a wider social rooting. The same applies to the similar demand by the powers that be to impose on immigrants differential exploitation and any sort of discrimination, opposed by a long chain of struggles and upheaval. Over the course of decades, set on the background of the unsolved great crisis of 2008, this conflict has escalated, until the "question of immigration" has turned into a military question, to be fixed with the intervention of the navy and border police. This paper states that the stakes are now too high: either we go back to a model of society and state based on brutal "racial" and class oppression, or we go towards a society finally freed from any kind of oppression. ; Il passaggio dal continente di emigrazione al continente di immigrazione è stato un enorme cambiamento per l'Europa. Dal 1945, decine di milioni di immigrati sono arrivati in Europa occidentale, prima di altre regioni europee, dopo dei quattro angoli del mondo. Così si è verificata un'enorme trasformazione sociale: la nascita (definitiva) di società multinazionali, multirazziali, multiculturali, multireligiose. Per molto tempo i governi e le aziende hanno voluto che gli immigrati fossero solo temporanei, per avere una massa di lavoratori precari, poco integrati e vulnerabili. Questa rivendicazione, tornata con forza negli ultimi anni, ha incontrato l'orgogliosa resistenza delle popolazioni immigrate, che hanno creato un sempre maggiore radicamento sociale. Lo stesso vale per l'analoga rivendicazione dei poteri istituiti di sottoporre le popolazioni e i lavoratori migranti a uno sfruttamento differenziato e ad ogni tipo di discriminazione, che sono state affrontate con lotte e ribellioni. Per decenni, nel fondo minaccioso della grande crisi irrisolta del 2008, questo conflitto si è aggravato fino a trasformare la "questione immigrazione" in una questione militare, che deve essere risolta con le marine militari e la polizia di frontiera. Questo articolo spiega che c'è tanta cosa in gioco: o torniamo a un modello di società e stato basato sulla più brutale oppressione "razziale" e di classe, oppure passiamo a una società definitivamente liberata da queste e altre forme di oppressione ; A passagem de continente de emigração a continente de imigração foi para Europa uma mudança enorme. Desde 1945, chegaram è Europa ocidental dezenas de milhões de imigrantes, antes de outras regiões europeias, depois dos quatro cantos do mundo. Assim se verificou uma transformação social enorme: o nascimento (definitivo) desociedades multinacionais, multirraciais, multiculturais, multirreligiosas. Durante um longo período, os governos e as empresas pretenderam que os imigrantes só fossem temporâneos, para poder dispor de uma massa de trabalhadores precários, pouco integrados, vulneráveis. Esta pretensão, que tem voltado com força nos últimos anos, encontrou a orgulhosa resistência das populações imigrantes, que criaram um enraizamento social cada vez maior. O mesmo vale para a pretensão similar dos poderes estabelecidos de submeter as populações e os/as trabalhadores/trabalhadoras migrantes a uma exploração diferencial e a todo tipo de discriminações, que foram encaradas com lutas e rebeliões. Durante décadas, no fundo ameaçador da grande crise não resolvida de 2008, esse conflito piorou até transformar a "questão imigração" numa questão militar, que deve ser solucionada com as marinhas militares e as polícias de fronteiras. Este artigo explica que há muita coisa em jogo: ou voltamos a um modelo de sociedade e estado baseado na mais brutal opressão "racial" e de classe, ou vamos para frente para uma sociedade definitivamente liberada dessas e outras formas de opressão.