Examines relation of Islam, fundamentalism, and the West in context of the Sept. 11, 2001 attacks; argues that the economic, political, and social crisis of the Muslim world is also a perversion of those who, like Osama bin Laden, use Jihad, religious terrorism, and violence in defense against western hegemony. Summaries in English and French p. 316-8.
The Brazilian anthropology has focused on multiculturalism, social diversity and economic inequality in the country. Anthropological studies on these issues have greatly contributed to inserting it into broader debates about Brazilian social problems. This article deals with a report taken from two semesters teaching experience of the Integrated Activities of Collective Health II discipline for second period bachelor's degree students of the graduate course in collective health of Universidade Federal do Rio de Janeiro. The discipline aims at discussing emerging social problems in Brazilian society such as racism, religious intolerance, health of the transsexual population and domestic violence. Through conversations with activists and meetings in militance sites, students engage in participant observation and know their struggles and demands. Introducing important concepts to anthropology, such as ethnocentrism, relativism and social movements, it is intended to stimulate a critical reflection on contemporary social dilemmas in the students. The debates, reports and experiences exchanges emerged during the discipline course reveal that anthropology has a lot to contribute to a more dialogical formation and action of these future public health workers among the population of whom they will take care, besides favoring a more applied understanding on the impact of the social inequalities on the health-disease process. ; A antropologia brasileira tem se debruçado sobre o multiculturalismo, a diversidade social e a desigualdade econômica no país. Os estudos antropológicos sobre essas questões muito contribuíram para inseri-las nos debates mais amplos sobre os problemas sociais brasileiros. Este artigo trata de um relato de experiência de ensino em duas ofertas da disciplina Atividades Integradas em Saúde Coletiva (Aisc) II para bacharelandos do segundo período do curso de graduação em saúde coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro. A disciplina busca trazer à discussão problemas sociais emergentes da sociedade brasileira, como racismo, intolerância religiosa, saúde da população transexual e violência doméstica. Por meio de rodas de conversa com ativistas e visitas a locais de militância, os alunos realizam observação participante e conhecem suas lutas e reivindicações. Introduzindo conceitos caros à antropologia, como etnocentrismo, relativismo e movimentos sociais, pretende-se estimular nos estudantes uma reflexão crítica sobre dilemas sociais contemporâneos. Os debates, os relatos e as trocas de experiências advindos no decorrer da disciplina mostram que a antropologia tem muito a contribuir para uma formação e atuação mais dialógica desses futuros sanitaristas com as populações às quais prestarão cuidado, além de favorecer uma compreensão mais aplicada do impacto das desigualdades sociais no processo saúde-doença.
No período pós-independência, o objetivo da Frelimo era "livrar a sociedade moçambicana de mazelas associadas ao mundo colonial, burguês e capitalista, rumo à construção do Homem Novo, que passava necessariamente por um processo de "reeducação", no interior do qual os indivíduos seriam introduzidos numa nova ordem" (Thomaz, 2008, p. 179). Esta nova ordem implicava "trabalho disciplinado, despojamento material, superação de antigas lealdades (étnicas, religiosas, de classe, de raça, regionais) e comportamento moral inatacável" sinónimo do "ideal de Homem Novo" (Thomaz, 2008, p. 179). Os artigos publicados em jornais moçambicanos da época contrastam com os textos dos media internacionais. Ungulani Ba Ka Khosa apresenta, em Entre as memórias silenciadas (2013), um retrato de Moçambique nos primeiros anos do período pós-independência com a ficção a alertar para a necessidade de desafiar e recuperar as memórias silenciadas dos campos de reeducação instituídos pelos dirigentes da Frelimo para construir/educar um "Homem novo". Ba Ka Khosa (2013) procura desmistificar e exorcizar a história do passado recente com um texto que (re)visita a realidade moçambicana no período pós-independência, que para os reeducandos foi sinónimo de violência, sofrimento e exclusão da história e da memória. Como um dos autores mais provocadores da contemporaneidade moçambicana, Ba Ka Khosa "dilui o passado no presente, a ficção na realidade, fazendo da literatura um vivaz espaço para o debate político" (Gallo, 2013, p. 293). Esta comunicação propõe-se analisar a obra de Ungulani Ba Ka Khosa em paralelo com os textos publicados nos meios de comunicação nacionais e internacionais. ; In the post-independence period, Frelimo's goal was to "free Mozambican society from damage related to the colonial, bourgeois and capitalist world, towards the creation of a New Mankind that would necessarily go through a process of 're-education', pursuant to which individuals would be inserted into a new order" (Thomaz, 2008, p. 179). This new order implied "disciplined work, material detachment, overcoming old loyalties (ethnic, religious, class, racial, regional) and unassailable moral behaviour" meaning the "ideal of a New Mankind" (Thomaz, 2008, p. 179). Articles published in Mozambican newspapers at the time contrast with international media texts. In Entre as memórias silenciadas [Between silenced memories] (2013), Ungulani Ba Ka Khosa portrays Mozambique in the first years of post-independence through fiction, alerting to the need for challenging and retrieving the silenced memories of the re-education camps, implemented by Frelimo's leaders, to build/educate a "new Mankind". Ba Ka Khosa (2013) seeks to demystify and exorcise the history of a recent past with a work that (re)visits Mozambican reality in the post-independence period, which, to the re-educated, was synonym of violence, suffering and exclusion from history and memory. As one of the most provocative authors of Mozambican contemporaneity, Ba Ka Khosa "blurs the past with the present, fantasy with reality, transforming literature into a live space for political debate" (Gallo, 2013, p. 293). This paper has the purpose of analysing the work of Ungulani Ba Ka Khosa and, simultaneously, the pieces published in national and international mass media.
No período pós-independência, o objetivo da Frelimo era "livrar a sociedade moçambicana de mazelas associadas ao mundo colonial, burguês e capitalista, rumo à construção do Homem Novo, que passava necessariamente por um processo de "reeducação", no interior do qual os indivíduos seriam introduzidos numa nova ordem" (Thomaz, 2008, p. 179). Esta nova ordem implicava "trabalho disciplinado, despojamento material, superação de antigas lealdades (étnicas, religiosas, de classe, de raça, regionais) e comportamento moral inatacável" sinónimo do "ideal de Homem Novo" (Thomaz, 2008, p. 179). Os artigos publicados em jornais moçambicanos da época contrastam com os textos dos media internacionais. Ungulani Ba Ka Khosa apresenta, em Entre as memórias silenciadas (2013), um retrato de Moçambique nos primeiros anos do período pós-independência com a ficção a alertar para a necessidade de desafiar e recuperar as memórias silenciadas dos campos de reeducação instituídos pelos dirigentes da Frelimo para construir/educar um "Homem novo". Ba Ka Khosa (2013) procura desmistificar e exorcizar a história do passado recente com um texto que (re)visita a realidade moçambicana no período pós-independência, que para os reeducandos foi sinónimo de violência, sofrimento e exclusão da história e da memória. Como um dos autores mais provocadores da contemporaneidade moçambicana, Ba Ka Khosa "dilui o passado no presente, a ficção na realidade, fazendo da literatura um vivaz espaço para o debate político" (Gallo, 2013, p. 293). Esta comunicação propõe-se analisar a obra de Ungulani Ba Ka Khosa em paralelo com os textos publicados nos meios de comunicação nacionais e internacionais. ; In the post-independence period, Frelimo's goal was to "free Mozambican society from damage related to the colonial, bourgeois and capitalist world, towards the creation of a New Mankind that would necessarily go through a process of 're-education', pursuant to which individuals would be inserted into a new order" (Thomaz, 2008, p. 179). This new order implied "disciplined work, material detachment, overcoming old loyalties (ethnic, religious, class, racial, regional) and unassailable moral behaviour" meaning the "ideal of a New Mankind" (Thomaz, 2008, p. 179). Articles published in Mozambican newspapers at the time contrast with international media texts. In Entre as memórias silenciadas [Between silenced memories] (2013), Ungulani Ba Ka Khosa portrays Mozambique in the first years of post-independence through fiction, alerting to the need for challenging and retrieving the silenced memories of the re-education camps, implemented by Frelimo's leaders, to build/educate a "new Mankind". Ba Ka Khosa (2013) seeks to demystify and exorcise the history of a recent past with a work that (re)visits Mozambican reality in the post-independence period, which, to the re-educated, was synonym of violence, suffering and exclusion from history and memory. As one of the most provocative authors of Mozambican contemporaneity, Ba Ka Khosa "blurs the past with the present, fantasy with reality, transforming literature into a live space for political debate" (Gallo, 2013, p. 293). This paper has the purpose of analysing the work of Ungulani Ba Ka Khosa and, simultaneously, the pieces published in national and international mass media.