A enfermagem cuida das pessoas, mas quem cuida da enfermagem?
In: Áltera: revista de antropologia, Band 1, Heft 10, S. 365-373
Abstract
Este artigo apresenta algumas reflexões acerca do trabalho da equipe de Enfermagem no combate à covid-19 em um hospital público de Itaboraí - RJ. Para a realização deste texto foi utilizado o método etnográfico e de observação participante de uma das autoras que ali trabalha como Técnica de Enfermagem. Com base nas leituras de Van Gennep e Mary Douglas, consideramos que os trabalhadores da área da saúde vivenciam uma espécie de liminaridade constante em seu cotidiano, situando-se entre dois mundos, dois estados físicos e duas temporalidades: entre o hospital e a rua, entre a saúde e a doença, entre a vulnerabilidade e o poder, entre o passado "normal" e o novo presente/ futuro "pandêmico". Além disso, observou-se o drama da possibilidade da morte "solitária" dos doentes, a partir de um debate com Norbert Elias e o papel social da Enfermagem nesse processo liminar entre a vida e a morte.
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