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<p>Nos dias 8 e 9 de janeiro de 1873 dois senhores de Campos dos Goytacazes, no</p><p>norte fluminense, foram assassinados por seus escravos. Os casos despertaram</p><p>na época temores de uma grande agitação cativa, forçando o envio de tropas</p><p>policiais da Corte para a cidade de Campos e a condenação dos réus nas rígidas</p><p>disposições da lei de 10 de junho de 1835. O objetivo deste artigo é analisar a</p><p>documentação judicial e burocrática gerada por esses dois casos de assassinato,</p><p>buscando aprofundar o conhecimento sobre a organização do plano dos escravos,</p><p>dos seus objetivos e de sua relação com o contexto emancipacionista da década</p><p>de 1870. Interessa ainda analisar o conhecimento que os cativos tinham da estrutura</p><p>repressiva do Estado e como tal saber influenciou na própria organização</p><p>de seus movimentos rebeldes.</p><p><strong>Palavras-chave</strong>: Rebeldia escrava; Justiça criminal; Emancipação.</p>