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As feiras livres têm uma grande importância para a comunidade local, ao homem do campo e à agricultura familiar, pois se apresentam como um caminho de desenvolvimento e fortalecimento da cadeia produtiva. O presente artigo busca caracterizar os empreendimentos de feiras livres do município de Santa Maria/RS, e averiguar sua sustentabilidade sob os aspectos - social, econômico e ambiental. Os procedimentos metodológicos adotados foram a pesquisa documental e o estudo de campo, ocorrido no período de outubro de 2015 a janeiro de 2016, em nove feiras livres, valendo-se das técnicas de entrevista e observação in loco. A análise aponta entre os principais resultados: i) predomínio de feirantes oriundos de uma agricultura convencional, que conta com a força de trabalho familiar; ii) desinteresse do jovem pelo trabalho do campo; iii) feirantes que, na sua maioria, admitem o uso de insumos químicos no processo de cultivo de alimentos; iv) falta de assistência de técnica e de orientação por parte do poder público e de entidades ligada ao setor; v) infraestrutura carente e inadequada de trabalho dos feirantes, além de problemas no cumprimento das normas higiênico-sanitárias. Conclui-se, a necessidade de melhor organização, formação e assistência técnica aos feirantes, pois requer melhorias no trabalho, na produção e no comércio, e consequentemente, uma ação mais efetiva para o fortalecimento da agricultura familiar e da atividade laboral do feirante; assim como, a necessidade de um programa de qualificação às feiras livres, para que possa assegurar sua continuidade e espaço mercadológico.