Aufsatz(elektronisch)2010

O Édipo de Foucault não é o de Freud

In: ETD - Educação Temática Digital, Band 11, Heft esp, S. 168-188

Verfügbarkeit an Ihrem Standort wird überprüft

Abstract

O Édipo, como o homem que sabia demais, era por isso o homem da ignorância. Foucault, diferente de Freud, estabelece um Édipo historicizado no tempo da passagem da forma jurídica do "regime de provas" à do "sistema de inquérito", culminando no que chamou de o "exame" – nome lacônico que dá às ciências humanas. Porém, não há como mencionar a tragédia sofocliana sem tocar na hermenêutica psicanalítica, e sobre isso Foucault é implacável: a Psicanálise é um dispositivo discursivo de poder, uma ciência disciplinar, contendora do desejo. Mas a Psicanálise não deve ser emparelhada à Psiquiatria, por exemplo. A "razão" freudiana reside justamente numa tensão paradoxal entre dar voz à singularidade e, ao mesmo tempo, reafirmar universais históricos da cultura. Édipo não é uma nosografia, mas o que detém um "saber que não se sabe": o do inconsciente. Se ele é o homem do inconsciente em Freud, em Foucault ele será o da ignorância. Nisso, ambos se confluem: o homem moderno para sempre está "dissolvido".

Problem melden

Wenn Sie Probleme mit dem Zugriff auf einen gefundenen Titel haben, können Sie sich über dieses Formular gern an uns wenden. Schreiben Sie uns hierüber auch gern, wenn Ihnen Fehler in der Titelanzeige aufgefallen sind.