Pinkwashing (lavado rosa) consiste en cooptar los derechos LGTBIQ+ para mostrarle al mundo que Israel es el reino de las libertades sexuales. Israel es un país militarizado que normaliza la ocupación, colonización y apartheid de Palestina. Tal estrategia comunicativa es una estratagema para la instrumentalización de la diversidad sexual hacia prácticas belicistas. Este artículo estudia el discurso y el dispositivo de colonialidad que establece a Israel como un estado democrático, liberal y «gay-friendly» con las personas LGBTIQ+. Analiza las proyecciones israelíes de imágenes combativas, racistas y orientalistas sobre varones y mujeres árabes/palestinos como «homofóbicas», «retrógradas» y «bárbaras». A esa estrategia la llamo «retórica salvacionista».
Las relaciones de género son una forma específica de relación social, concebida como la construcción social de la diferencia sexual, es decir el rol que mujeres y hombres son forzados a cumplir como producto de los mandatos culturales, en sociedades históricas y concretas. Estas relaciones mantienen aún a las mujeres en una situación de subordinación que se expresa en distintos modos de injusticia, exclusión y discriminación. Las mujeres han aceptado el desafío que esto significa y han emprendido un largo camino de resistencia contra la subordinación a que son sometidas y por obtener el pleno reconocimiento como ser social, político y productor de riqueza. De todas maneras y aún con la conquista de la Convención sobre la eliminación de todas las formas de discriminación contra la mujer, que entró en vigencia en 1981, en situación de conflictos armados, especialmente los que presentan fundamentos étnicos y en la vida cotidiana de diversas sociedades, las mujeres siguen sufriendo diferentes y numerosos modos de violencia en el marco de las diferentes étnicas. En este trabajo se muestran distintos modos de subordinación y violencia contra las mujeres en contextos de diversidad cultural. Y se destaca una problemática de absoluta actualidad: la situación de las mujeres, como parte de la sociedad civil, en escenarios de enfrentamientos armados con fundamentos político-étnicos. ; Gender relations are a specific kind of social relationship, conceived as the social construction of sexual difference, that is to say the role that women and men are forced to perform as the result of cultural mandates in concrete historical societies. These relationships still keep women in a situation of subordination that is expressed in different kinds of injustice, exclusion and discrimination. Women have accepted the challenge that this means and have started a long way of resistance against the subordination to which they are submitted an in order to gain full acknowledgement as a social, cultural, political and producer of richness ...
Esta obra se inscribe en el marco de la Red LIESS (Laboratorio Iberoamericano para el Estudio Sociohistórico de las Sexualidades) ampliándose con ella el espacio editorial en el ámbito de las sexualidades en el contexto iberoamericano. La obra en su conjunto es una excelente muestra de la riqueza y calidad de los estudios que se vienen realizando sobre diversidad sexual, en esa realidad compleja, múltiple, cuando no contradictoria, que denominamos Iberoamérica. Desde diferentes perspectivas teóricas y metodológicas se abordan los temas más relevantes en el ámbito de la sexualidad en estos momentos. Las temáticas y los enfoques abordados invitan a repensar los silencios de la Historia oficial, dando voz, nombre y localización a las disidencias sexuales. Así mismo se ponen de manifiesto las conexiones entre sexualidad, mercado y políticas públicas, aportando claves para profundizar en temáticas especialmente controvertidas como la prostitución, la pornografía y las múltiples formas de consumo de imágenes y servicios sexuales
É notório o renovado interesse pelos estudos sobre os patrimônios culturais nos últimos anos. A emergência do chamado Patrimônio imaterial somada a novos olhares sobre monumentos, objetos, museus, o espaço urbano, assim como as reconfigurações de disputas por memórias, passados e culturas impulsionaram toda uma gama de pesquisas e políticas públicas de cultura que vem impactando de modo decisivo as formas de olhar e agir sobre este campo. Também é notória a consolidação, no Brasil, do campo dos estudos de gênero, assim como daquele sobre a diversidade sexual, ao longo das últimas quatro décadas com temas diversos e abordagens múltiplas. Mas, o que dizer sobre a relação entre os patrimônios culturais, as perspectivas de gênero, as experiências da diversidade sexual e as relações de poder? Falamos de um território ainda pouco mapeado por ambas as áreas de pesquisas, noutros termos, as interfaces entre os patrimônios culturais e as questões relativas às expressões de gênero, experiências da diversidade sexual e relações de poder. Essas interfaces apresentam, por um lado, os múltiplos mecanismos, dispositivos, tecnologias, instrumentos, estratégias e símbolos das práticas de poder da governamentalidade estatal que agem para manter as coesões morais nas bases das ordens sociais vigentes. Por outro lado, essas interfaces apresentam também os múltiplos saberes, discursos e práticas de resistência aos efeitos daquelas práticas de poder.
Nossas indagações surgiram a partir de trabalhos anteriores em que buscamos refletir sobre as relações entre arte e culturas populares, gênero e diversidade sexual e por meio dos quais percebemos uma série de questões que cruzavam também o campo dos patrimônios culturais. A partir daí, identificamos alguns estudos recentes para além de ações como o "Seminário Patrimônio e Gênero", realizado em Pernambuco por um conjunto de instituições como SecMulher-PE, Secult-PE, Fundarpe, Iphan-PE e do Programa de Pós-Graduação em Antropologia (PPGA/UFPE), e que chega a sua sexta edição em 2021. Mencione-se também a Rede de Arquivos de Mulheres (RAM), coletivo de pesquisadores/as e instituições formado recentemente com objetivo de pesquisar e difundir os acervos de mulheres presentes e, não raramente invisibilizadas, nas instituições. Estas experiências nos confirmam a importância sobre o debate acerca das interfaces dos patrimônios culturais e das questões de gênero, diversidade sexual e poder.
Os discursos sobre patrimônios culturais podem ser pensados enquanto formas de ação no mundo. Entre a perspectiva mais formal e regulada por agências dedicas ao assunto, até a dimensão mais íntima do sujeito que percebe e o aciona para reivindicar passados, memórias e culturas existe um emaranhado de significados, tensões e formas de se pensar, definir e identificar patrimônios. A sua forma frequente de se materializar na vida social é por meio de situações ritualizadas. Os rituais são aqueles espaços-tempo em que são formuladas e reformuladas culturalmente, negociadas e renegociadas socialmente, editadas e reeditadas simbolicamente e tensionadas politicamente as múltiplas formas de pertencimento e as mais variadas demonstrações identitárias, entrecruzando os eixos da identidade (indivíduo versus coletividade) e da alteridade (mesmo versus outros). A maneira como determinados saberes, celebrações, monumentos, objetos, ritos cívicos, entre outros são performados, acionando a categoria patrimônio cultural, portanto, não são apenas um mecanismo de reprodução da vida social por meio da repetição, mas sobretudo um conjunto de dispositivos acionados para produzir reflexões críticas acerca dos arbitrários culturais sobre os quais se assenta a ordem social e as coesões morais que a sustentam e, assim, silenciar e/ou denunciar, os efeitos de poder instituídos nos discursos e práticas sociais.
Num aparente paradoxo, se pensamos no âmbito do patrimônio imaterial, em suas íntimas relações com as culturas populares por exemplo, a liminaridade dos rituais parece contribuir para a naturalização do status quo hegemônico, no que diz respeito às expressões de gênero e às experiências da diversidade sexual, representado por um regime de verdade médico-científico e jurídico-moral (e religioso) instaurador do binarismo de gênero, do dimorfismo sexual e da heterossexualidade compulsória, ao mesmo tempo em que subvenciona potentes críticas a essa naturalização, ao promover, ainda que momentaneamente, a subversão, a transversão, a reversão ou a inversão da ordem ou, pelo menos, a ponderação sobre a sua versão oficial e a possibilidade de sua desestabilização. Além disso, podemos notar também que o impacto das discussões sobre identidade, gênero e sexualidade resultaram na pressão crescente para o reconhecimento e a abertura de novos espaços, dentro de tais manifestações antes ocupadas majoritariamente a partir de uma lógica predominantemente heteronormativa. Tais reivindicações possibilitaram a emergência de novos agentes e narrativas, bem como tornando visíveis aquelas até então silenciadas. Assim, à potência das ambiguidades do espaço da liminaridade ritual, somou-se também o da reivindicação e luta política.
No campo dos patrimônios culturais tais questões reverberam em diversos âmbitos. Entre mestres/as, brincantes e detentores/as de um determinado bem cultural; o corpo técnico das instituições; as formas de uso e ocupação de monumentos e espaços patrimonializados; as presenças e ausências em coleções de objetos e conjuntos documentais; etc. Deste modo, este dossiê pretende reunir estudos que se investiguem esse tema num sentido amplo e com objetivo de fomentar e potencializar a gama de estudos em que ainda há muito a se explorar, sobretudo no contexto brasileiro.
Mobilizam o dossiê as questões a seguir: Qual é o panorama atual dos estudos sobre gênero e/ou experiências da diversidade sexual nos contextos de produção cultural, situações ritualizadas, festividades ou processos de patrimonialização? Que expressões, conflitos, tensões, silenciamentos e resistências perpassam esses campos em suas interações? Como estas questões impactam a reflexão sobre coleções, museus, fundos arquivísticos no mundo atual? O que este olhar pode nos oferecer como possibilidades de visualizar a produção de sujeitos e instituições no mundo contemporâneo?
Este artigo tem como objetivo analisar quatro assassinatos queenvolvem motivação LGBTfóbica com base na intepretação das instituiçõesjurídicas e de segurança pública do Estado brasileiro. As instituições jurídicascontemporâneas, expressão de um Estado democrático, conseguemresguardar, em certa medida, os corpos LGBTs e punir quem os golpeia.Entretanto, tais instituições não são capazes de perceber a violência contraLGBTs como uma construção cultural e histórica na sociedade. Mesmo quehaja alguns avanços jurídicos, é fundamental um investimento político, social ecultural contra a discriminação e em favor da diversidade sexual.
El presente artículo plantea una revisión del concepto de ciudadanía íntima acuñado por Plummer desde una perspectiva interseccional. En concreto, constituye una aproximación a la ciudadanía íntima de las mujeres con diversidad funcional poniendo el foco en la Ley 39/2006 de Promoción de la Autonomía Personal y la Atención a las personas en situación de dependencia analizando la misma desde un punto de vista interseccional con el objetivo de dilucidar su alcance y límites con respecto a la profundización democrática en el aspecto específico de los derechos reproductivos de las mujeres con diversidad funcional. ; This paper undertakes a review from an intersectional point of view of the concept of intimated citizenship coined by Plummer. Specifically, it represents an approach to the disabled women intimate citizenship focused on Law 39/2006 of Promotion of the Autonomous Life and Care of People in situation of dependence. We analyse this Law 39/2006 from an intersectional point of view in order to address its scope and limitations regarding the deepening of democratic process, in particular, reproductive rights of women with disabilities.
Since the last three decades of the past century, the contributions of poststructuralism, postmodernism, postcolonialism, feminism, as well as those of culturalstudies and the new studies in translation, have brought into question and radically transformed concepts such as nation, culture and identity, long considered monolithic and universal, thus giving rise to multiculturalism and the affirmation of specific identities—national, sexual, ethnic, regional—based on the notions of otherness and difference. Likewise, the phenomenon of globalization, in spite of itshegemonic effects, has drastically transformed the old metropolitan/colony, center/periphery, north/south dichotomies. As a result of these transformations, the colonized, marginal or minority groups set out to construct an identity or cultural representation of their own which had been silenced or distorted by the dominant culture. Such is the case of Ireland and Scotland, nations which forcenturies have been subject, in different modalities, to English domination. The struggles for autonomy or independence, as well as their attempts at constructinga political and cultural identity distinct from the English, have been constant throughout their history, particularly from the end of the XIX century to the present. In this article I intend to examine the poetic work of some Irish and Scottish poets, both men and women, born in the last century, who reflect these concerns in their writing. ; Desde los años setentas del siglo pasado, las aportaciones del postestructuralismo, el posmodernismo, el poscolonialismo, el feminismo, así como de los estudiosculturales y los nuevos estudios de traducción, han contribuido a cuestionar y a cambiar conceptos que se creían monolíticos y universales, tales como nación, cultura e identidad, dando lugar al multiculturalismo y a la afirmación de identidades específicas —nacionales, sexuales, étnicas, regionales— a partir de las nociones de otredad y diferencia. Asimismo, el fenómeno de la globalización, a pesar de su carácter hegemónico, transformó drásticamente las antiguas dicotomías como metrópoli/colonia, centro/periferia, norte/sur. Como resultado de estas transformaciones, los grupos colonizados, marginales o minoritarios se propusieron construir una identidad o representación cultural propia que había sido silenciada o distorsionada por la cultura dominante. Es el caso de Irlanda y Escocia,naciones que, con modalidades diferentes, han sufrido durante siglos la dominación inglesa. Las luchas por su autonomía o su independencia, así como sus intentos por construir una identidad política y cultural distinta a la inglesa, han sido una constante a lo largo de su historia, particularmente desde fines del siglo XIX a la fecha. En este artículo me propongo examinar la creación poética de algunos poetas irlandeses y escoceses, hombres y mujeres, nacidos en el siglo pasado, que reflejan estas preocupaciones en su práctica de escritura.
Esta pesquisa realiza um amplo levantamento de reportagens e notícias que abor-dam as temáticas gênero, diversidade sexual e a denominada "ideologia de gênero", nas mídias sociais e na imprensa brasileira e do Espírito Santo entre os anos de 2014 e 2020. Foram analisadas 208 reportagens e notícias. A pesquisa tem como base teórica os estudos feministas e de gênero, pautados na perspectiva metodoló-gica indiciária de Ginzburg.PALAVRAS-CHAVE: Gênero e Educação. Estudos de Gênero. Ideologia de Gênero. Mídias Sociais e Imprensa.
http://dx.doi.org/10.5007/1807-0221.2017v14n25p124Esse texto apresenta, assim como avalia as intervenções e o legado do Projeto Diversidade que foi desenvolvido pela Secretaria de Direitos Humanos do Diretório Central dos Estudantes de uma Instituição de Ensino Superior localizada no município de Novo Hamburgo-RS. Tendo como eixo metodológico as teorizações advindas dos Estudos Culturais, esse projeto objetivou representar e acolher identidades étnico-raciais, de gênero e de orientação sexual com fins a promoção dos direitos humanos e da cidadania na e pela Instituição. Para tanto, o Projeto Diversidade desenvolveu atividades como forma de representação dessas minorias políticas. Enquanto proposta política e social; o Projeto Diversidade oportunizou espaços privilegiados de discussão política sobre racismo, machismo e homofobia, fomentando a positivação de identidades étnicas e de gênero, enquanto proposta educativa; ofereceu subsídios teóricos e práticos para que licenciandos/as pudessem promover práticas pedagógicas com fins à promoção da igualdade social, da cidadania e dos direitos humanos em outras instituições de ensino.
El presente trabajo se inscribe en la investigación doctoral denominada Modos de relacionalidad y construcción de vínculos significativos en sujetos que integran colectivos socio sexuales disidentes y tiene como objetivo analizar la legislación vigente respecto a los derechos relacionados con la diversidad sexual, específicamente la Ley 26743 de Identidad de Género. Mediante una revisión bibliográfica se indagan los cambios que en materia de normativas y categorías tradicionales sobre la sexualidad se han producido entre la segunda mitad del siglo XX y los comienzos del siglo XXI, cambios que resultan los antecedentes de la Ley de Identidad de Género. El devenir de estas transformaciones nos lleva a pensar el papel que, en términos políticos, tuvo el activismo de los grupos de diversidad sexual. En este punto, coincidimos con Paula Viturro (2014) en considerarlo como una experiencia calificada, emancipatoria, democrática y política, en los términos de Jacques Ranciére. ; This work is part of the doctoral research called Modes of relationality and construction of significant bonds in individuals that integrate dissident socio-sexual groups and aims to analyze the current legislation regarding rights related to sexual diversity, specifically Law 26743 of Gender Identity. By means of a bibliographical revision, we investigate the changes that in the matter of norms and traditional categories have occurred between the second half of the twentieth century and the beginning of the twenty-first century, these changes became the background of the Gender Identity Law. The evolution of these transformations leads us to think about the role that, in political terms, the activism of sexual diversity groups have had. At this point, we agree with Paula Virruto (2014), in considering it as a qualified experience that is emancipatory, democratic and political, in terms of Jacques Ranciére. ; Facultad de Psicología
Resumen En este trabajo analizo dos eventos politizadores de la diversidad sexual contemporánea en el Área Metropolitana de Buenos Aires, Argentina: las marchas del orgullo y la sanción de la ley de matrimonio igualitario. A partir de entrevistas biográficas a varones gays, exploro las tensiones propias de cada evento: entre celebración y contestación, y entre lo público y lo privado. Se concluye en la necesidad de entender estos dispositivos políticos, y las marcas que dejan en las biografías, como parte de la densidad de la sociabilidad política.
O artigo apresenta algumas possibilidades que conceitos e metáforas espaciais oferecem para as ciências humanas e sociais, nos estudos de gênero e sexualidade, passando por questões como identidade e imagem no contemporâneo. Partindo do feminismo pós-colonial e de dois campos etnográficos distintos, como um carnaval gay e um festival de cinema da diversidade sexual, o autor se utiliza do conceito de territorialidade como uma alternativa a enfoques que correm o risco de gerar certos essencialismos em temas como identidade ou cultura, uma preocupação em voga na antropologia contemporânea.