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Friedrich Engels e a questão do método no marxismo
In: Germinal: Marxismo e educação em debate, Band 12, Heft 3, S. 76
ISSN: 2175-5604
O argumento em questão parte da própria figura de Friedrich Engels como uma personificação das oscilações da tradição teórica da filosofia da práxis em seu lidar com o seu próprio método. De tal modo, concebe-se que há, no desdobramento da obra do filósofo alemão, uma tensão entre uma visão codificada e apriorística do marxismo; e uma forma mais acurada de encarar o seu modo de ser, enquanto um método que busca extrair as suas resoluções do próprio movimento do objeto. Por meio da análise de tal dualidade, objetiva-se ressaltar os elementos vivos e não mecânicos de um método possível para o marxismo, na contramão das experiências manualescas do século XX, que ainda ecoam em nosso tempo.
A crítica lukacsiana ao fascismo
In: Germinal: Marxismo e educação em debate, Band 11, Heft 2, S. 7
ISSN: 2175-5604
<p dir="ltr"><span>O presente texto tem como objetivo a sistematização da crítica ao fascismo operada por Gyorgy Lukács em sua obra, como guia de estudo das tendências evolutivas de tal fenômeno social. Forma regressiva oriunda da crise das sociedades burguesas maduras, o movimento fascista constitui-se como uma alternativa política irracionalista, retrógrada, anti-humanista e aristocrática que é veiculada pela burguesia como válvula de escape para garantir a continuidade do sociometabolismo capitalista. Seu combate depende de um movimento operário que faça uma contraposição radical às suas características estruturais.</span></p>
Trabalho escravo contemporâneo no Brasil na perspectiva da atuação dos movimentos sociais
In: Katálysis: revista, Band 16, Heft 2, S. 196-204
ISSN: 1982-0259
O artigo apresenta um panorama de cinco décadas da luta contra o trabalho escravo contemporâneo no Brasil. Expõe a atuação de movimentos sociais que batalharam para colocar esse tema no cerne dos debates nacionais, de forma que, atualmente, o assunto configura-se como prioritário na agenda de defesa e promoção dos direitos humanos. Indica, através da análise, que as iniciativas públicas e privadas nos últimos anos avançaram bastante, mas devido aos conflitos de interesses peculiares à questão, a erradicação definitiva do trabalho escravo ainda está longe de acontecer. Tem o propósito de contribuir para o conhecimento do contexto em que se desenvolveram as ações contra o trabalho escravo contemporâneo no Brasil e o seu atual momento, destacando os impasses na implementação dos Planos Nacionais e na aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do Trabalho Escravo.
O delírio racial como inimigo do progresso humano
In: Germinal: Marxismo e educação em debate, Band 14, Heft 2, S. 692-705
ISSN: 2175-5604
Lukács analisa a trajetória que, pela desilusão com a igualdade democrático-burguesa, produz uma alternativa reacionária qualitativamente distinta, intensificada pela miséria vivida no entreguerras. O nazismo articula as insatisfações sociais ao organizar um sólido partido de massas. Ao tomar o poder, os nazistas instauram um governo de opressão sobre todas as direções sociais, eliminando qualquer rastro de oposição, com o objetivo de pôr o capital alemão como senhor do mundo. O meio ideológico que o fundamenta é a teoria racial, que proclama a superioridade da raça ariana e a inferioridade de todos aqueles "estranhos à raça". A destruição do nazismo e sua dominação racial é um pressuposto para a condução da luta histórica pelo progresso humano, enquanto humanização da humanidade.
Moralidade, interesses e engajamento na ordem capitalista: uma exploração teórica em três momentos
In: Politica & sociedade: revista de sociologia politica, Band 13, Heft 28, S. 333
ISSN: 1677-4140, 2175-7984
Acesso às políticas de assistência social em um município da Amazônia legal brasileira: o caso de Oriximiná - PA
In: Oikos: família e sociedade em debate, Band 33, Heft 2
ISSN: 2236-8493
A política de assistência social no Brasil foi implementada tardiamente, após muita luta de grupos sociais que reivindicaram a entrada desta na agenda pública. Neste sentido, constitui um marco a criação da Política Nacional de Assistência Social, que aponta a necessidade de enfrentamento das desigualdades socioterritoriais. Tal consideração das diferenças é o que, pelo menos em tese, permitiria que fossem desenvolvidas ações assistenciais próprias adequadas às características populacionais. Partindo deste entendimento construímos a pesquisa que deu origem a este artigo. Investigamos a partir de amostra estatisticamente representativa o acesso de diferentes grupos populacionais à rede socioassistencial no município de Oriximiná-PA. Após a organização e análise dos dados coletados, foi possível concluir que existem expressivas desigualdades de acesso à rede e aos direitos sociais, quando consideramos os diferentes territórios e suas populações no âmbito do município.
O Estado de Bem Estar Social finlandês e seu modelo educacional
In: Revista Brasileira de Políticas Públicas: Brazilian journal of public policy, Band 12, Heft 2
ISSN: 2236-1677
O Objetivo deste artigo é apresentar uma breve análise da historiografia das experiências pioneiras do percurso do Estado de Bem Estar Social, como fenômeno político do século XX, e do sistema educacional finlandês, case mundial no campo da educação. Nossa metodologia apoia-se em pesquisa qualitativa de cunho bibliográfico, recorrendo à literatura do campo da política social, notadamente à tese sobre a emergência e desenvolvimento do welfare state, apresentadas pela tipologia proposta por Gøsta Esping-Andersen (1991,1999), e documentos produzidos por organismos multilaterais e do governo da Finlândia. Primeiro, apresentamos uma análise da nossa base teórica e sua relação com o Estado de Bem Estar Social e o modelo educacional finlandês. Em seguida, os resultados alcançados por aquele país a partir do momento em que situa a educação como estratégia de desenvolvimento elegendo-a como uma das principais políticas sociais para a redução da "herança da pobreza" sobre o desenvolvimento das crianças e jovens, desde as famílias. Afirmamos que a construção do modelo educacional da Finlândia não é obra de fatores isolados ou de missões pessoais de políticos, mas que está relacionada à emergência e ao desenvolvimento do seu Estado de Bem Estar Social e é resultado do conjunto de fatores históricos, culturais, sociais, políticos e econômicos que se conformaram em um novo pacto social. Finalmente, concluímos que é razoável afirmar que tentar reproduzir tal modelo em outros países e nações que não possuam políticas sociais tais como as que existem na Finlândia pode significar assumir um desafio com grandes chances de insucesso.
A questão quilombola e o campo do direito
In: Estudos de Sociologia, Band 23, Heft 45
ISSN: 1982-4718
A questão quilombola vem se constituindo desde 1988 no Brasil, a partir dos agenciamentos que culminaram no artigo 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT). Por meio deste dispositivo ficou garantido o direito à propriedade da terra para este grupo. Mas, a partir deste ponto abremse complexas janelas de interpretação que se voltam para a regulamentação do texto constitucional. Neste artigo nos apropriamos da noção de campo, tal como definida na obra de Bourdieu, para pensar a inserção do direito na complexa disputa discursiva em torno da definição socialmente legítima de quem seriam os quilombolas. Atravessamos este debate tomando como foco principal o litígio no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF) acerca da validade de conceitos e caracterizações sobre quem seriam os quilombolas e seus territórios.
CONGRESSO CONSERVADOR E AMEAÇAS AOS DIREITOS DOS QUILOMBOLAS
In: Revista de Políticas Públicas, Band 22, Heft 2, S. 711
ISSN: 2178-2865
No contexto da retomada conservadora observada no plano sociopolítico brasileiro, uma onda de ataques às incipientes garantias alcançadas pelos quilombolas e indígenas tem início. No legislativo, a chamada bancada ruralista instaura, em 2016, uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar os processos de titulação territorial destes grupos. O relatório fi nal votado em 2017 questiona os direitos dos quilombolas e propõe o indiciamento de dirigentes dos movimentos sociais. Neste artigo, tomamos como alvo a parte do referido relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito que se dedica à questão quilombola. Nosso esforço analítico se voltou para a compreensão das bases discursivas que sustentam argumentos favoráveis e contrários aos direitos territoriais desse grupo.Palavras-chave: Quilombolas, direitos territoriais, conservadorismo
A recente fragmentação do campo religioso no Brasil: em busca de explicações
In: Revista de Estudios Sociales, Heft 69, S. 79-90
ISSN: 1900-5180
ACOMPANHANDO A CONSTRUÇÃO DO DESENHO DOS CENTROS COMUNITÁRIOS DE PRODUÇÃO DA ELETROBRAS: DA GERAÇÃO DE RENDA AO INCREMENTO DE CAPITAL SOCIAL
In: Sociais e humanas: revista do Centro de Ciências Sociais e Humanas, Band 28, Heft 3, S. 61
ISSN: 2317-1758, 0103-0620
O presente trabalho pretende analisar alguns documentos utilizados para a consolidação do Projeto dos Centros Comunitários de Produção - CCPs da Eletrobras e identificar, especialmente, como o conceito de capital social foi incorporado no discurso e processos desenvolvidos na formatação e formalização dos primeiros projetos. Partindo de uma concepção mais ampla em que "documento" é considerado em termos de campos, de estruturas e de redes de ação, representando uma versão específica de realidades construídas para objetivos específicos, foram analisados um conjunto de sete documentos. Como critérios para a escolha dos documentos foram considerados a autenticidade, credibilidade, representatividade e significação. A análise é apresentada de forma cronológica a partir de documentos produzidos entre 2003 e 2007 tendo abrangência interna e externa a Eletrobras. Observou-se que elementos propulsores de capital social são introduzidos em quase todos os documentos analisados. Mesmo em matérias informativas, de veiculação interna da empresa, os CCPs foram apresentados como projetos que além de gerar renda, transformam realidades sociais em direção a formatos de protagonismo associativo local, impulsionando indivíduos e grupos a buscar mudança através da confiança e da participação.
Capital social e dilemas da ação coletiva: avaliando os resultados de um Centro Comunitário de Produção voltado para agricultores familiares assentados no Mato Grosso do Sul
In: Mediações: revista de ciências sociais, Band 21, Heft 1, S. 384
ISSN: 2176-6665
Este artigo discute os problemas relacionados à ação coletiva e à cooperação entre agricultores familiares, produtores de leite, assentados pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, que atuam junto a um Centro Comunitário de Produção (CCP). O locus empírico da investigação foi o Assentamento Itamarati II, situado no município de Ponta Porã-MS. Através de pesquisa que utilizou instrumentos de coleta de dados qualitativos e quantitativos, identificamos que, apesar do incremento de renda obtido com o beneficiamento e a comercialização coletiva do produto principal destas famílias, características comunitárias locais relacionadas à baixos níveis de capital social determinam impedimentos ao aprofundamento da cooperação entre elas. Esta configuração acaba por gerar uma situação na qual os agricultores familiares não desenvolvem cadeias de confiança intersubjetiva e passam a atuar como fornecedores individuais de leite para o próprio empreendimento que construíram coletivamente. Nas conclusões buscamos explicar analiticamente quais as variáveis sociais que explicam a conformação desta situação.
World Affairs Online
A política de assistência social e as comunidades quilombolas do Vale do Mucuri-MG
In: Argumentos: revista do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), S. 30-50
ISSN: 2527-2551