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Com base na etnografia desenvolvida no sistema de Justiça Criminal da província de Buenos Aires, na Argentina, neste artigo discuto a produção de legalidade nos processos investigativos. Em 1998, a reforma processual penal deu maior protagonismo ao Ministério Público, separando os poderes de investigar e de julgar outrora concentrados na figura de um juiz. A partir dessa mudança, busco evidenciar o modo como promotores e policiais investem na adequação dos diversos procedimentos investigativos desenvolvidos à forma legal, na condução da etapa de instrução do processo. Essa discussão se baseia no método de comparação por contraste com experiências etnográficas do sistema de segurança pública e justiça criminal no Rio de Janeiro. A partir desse contraponto, busco contribuir com a explicitação da maneira como usos diversos da forma legal resultam em modo distintos de produção de prova e de relação entre as instituições do sistema de justiça.
Versão em francês: https://journals.openedition.org/bresils/15513

This article is related to an investigation on the political treatment of the issue of urban security. This investigation opens with the inquiry on the debates and the process of this subject. The objective of the second part is to analyze this issue keeping in mind the proposals on security in Buenos Aires and how the security problem is being discussed. Our main question is why and how, during a certain period, the issue of urban security becomes a significant social problem. We are especially interested in analyzing the social relations involved in putting the issue on the political agenda, in the political and social frame of the City of Buenos Aires during the last few years. ; Este artículo se enmarca en una investigación sobre el tratamiento político de la cuestión seguridad urbana. En una primera parte, se plantea una perspectiva para analizar los procesos y debates sobre el tema. En la segunda parte, el objetivo es desplegar el campo de observación a partir de una presentación breve de los ejes de las propuestas en materia de seguridad y de la forma que adquiere la discusión política sobre seguridad en la Ciudad de Buenos Aires. La pregunta que orienta este artículo es cómo y por qué durante un determinado período la cuestión seguridad urbana se constituye como un problema social significativo. En particular, de qué forma y a partir de qué relaciones sociales se instala la cuestión seguridad urbana en la agenda pública, en el contexto político y social específico de la ciudad de Buenos Aires en los últimos años.

This article is related to an investigation on the political treatment of the issue of urban security. This investigation opens with the inquiry on the debates and the process of this subject. The objective of the second part is to analyze this issue keeping in mind the proposals on security in Buenos Aires and how the security problem is being discussed. Our main question is why and how, during a certain period, the issue of urban security becomes a significant social problem. We are especially interested in analyzing the social relations involved in putting the issue on the political agenda, in the political and social frame of the City of Buenos Aires during the last few years. ; Este artículo se enmarca en una investigación sobre el tratamiento político de la cuestión seguridad urbana. En una primera parte, se plantea una perspectiva para analizar los procesos y debates sobre el tema. En la segunda parte, el objetivo es desplegar el campo de observación a partir de una presentación breve de los ejes de las propuestas en materia de seguridad y de la forma que adquiere la discusión política sobre seguridad en la Ciudad de Buenos Aires. La pregunta que orienta este artículo es cómo y por qué durante un determinado período la cuestión seguridad urbana se constituye como un problema social significativo. En particular, de qué forma y a partir de qué relaciones sociales se instala la cuestión seguridad urbana en la agenda pública, en el contexto político y social específico de la ciudad de Buenos Aires en los últimos años.

À partir d'une ethnographie réalisée dans le
système de justice pénale de la province de Buenos Aires, en
Argentine, je me penche dans cet article sur une dimension que
j'appelle la production de la légalité dans les processus d'enquête.
En 1998, la réforme de la procédure pénale a renforcé le rôle du
Ministère public en séparant les pouvoirs d'enquêter et de juger, qui
étaient auparavant concentrés entre les mains d'un seul juge. Partant
de cette évolution, je cherche à montrer comment les procureurs et les
fonctionnaires de police s'efforcent d'adapter les différents procédés
d'investigation mis en œuvre dans la phase d'instruction de l'affaire
à la forme requise par la loi. Cette discussion s'appuie sur la
méthode de comparaison contrastive avec d'autres expériences
ethnographiques portant sur le système de sécurité publique et de
justice pénale à Rio de Janeiro. Par cette approche, j'entends
contribuer à montrer comment les différents usages de la forme légale
conduisent à des modes distincts de production de la preuve et de
relation entre les institutions du système judiciaire.

O presente número de Antropolítica: Revista Contemporânea de Antropologia, através do Dossiê "Direitos Humanos: conflitos, moralidades e direitos", reúne oito artigos que, a partir de uma perspectiva etnográfica, analisam e discutem práticas, sentidos e valores associados ao campo dos direitos humanos; expressos em lutas por justiça e processos de demanda por direitos e reconhecimento, em universos empíricos distintos, como encarceramento, violência policial, direito à saúde, acesso à justiça e lutas por identidade e terra.

O presente número de Antropolítica: Revista Contemporânea de Antropologia, através do Dossiê "Direitos Humanos: conflitos, moralidades e direitos", reúne oito artigos que, a partir de uma perspectiva etnográfica, analisam e discutem práticas, sentidos e valores associados ao campo dos direitos humanos; expressos em lutas por justiça e processos de demanda por direitos e reconhecimento, em universos empíricos distintos, como encarceramento, violência policial, direito à saúde, acesso à justiça e lutas por identidade e terra.