Open Access BASE2021

Breaking the penitentiary system: Gender, memory and solidarity in Peruvian prisons during the armed conflict ; Rompiendo el sistema penitenciario: género, memoria y solidaridad en las cárceles peruanas durante el conflicto armado interno ; Desmontando o sistema penitenciário: gênero, memória e solidariedade nas prisões peruanas durante o conflito armado interno

Abstract

At the end of the 1970s, Peru was getting ready for the first democratic elections after several successive military dictatorships. However, this change of political regime was altered by the declaration of war on the Peruvian state in 1980 by the Communist Party of Peru-Shining Path (pcp-sl) and in 1984 by the Tupac Amaru Revolutionary Movement (mrta). The Peruvian armed conflict lasted until 2000, entailing a very high human and material cost. During that time, women in both pcp-sl and mrta broke traditional gender roles therefore they received bigger judicial, social and symbolic punishment than their male counterparts.Prisons became an essential part of the ideological, military and symbolic struggle for both organizations/armed groups and for the state. Peru was then a democratic regime, but the human rights of imprisoned people were systematically violated, as reported by numerous national and international Human Rights associations. The fieldwork was carried out from 2007 to 2009 and This work is based on the memories of 16 women who have been in prison –some of them are still inside–. After serving an average sentence of 15 years in prison, the identity of these women that lived these exceptional and complex situations was alter or transform in many different ways. Ideology became a key element to "break the penal system" and survive to it. Understanding ideology as something beyond the political convictions of a specific organization. The beliefs by which a person has been socialized and which they have subsequently made their own; It would be the cognitive universe considered as desirable and belonging. In these terms, the Peruvian prison was seen as an institution that brought two opposite ideological groups face to face: the armed organizations, which already had a political work prior to and during the conflict; and the Peruvian state, which would try to bring back 'citizenship' to those people who regretted their actions. The ideology of the Peruvian state would be the 'Peruvian hegemonic citizenship', symbolized in the Peruvian flag and national anthem. For this purpose, different categories of political prisoner were created: disassociated, reformed, independent and innocent. ; A finales de la década del setenta del pasado siglo, Perú se preparaba para las primeras elecciones democráticas después de varias dictaduras militares sucesivas. No obstante, este cambio de régimen político se vio alterado por la declaración de guerra al Estado peruano en 1980 del Partido Comunista del Perú-Sendero Luminoso (pcp-sl) y en 1984 del Movimiento Revolucionario Tupac Amaru (mrta). El conflicto armado interno duró hasta el año 2000, conllevando un altísimo coste humano y material. Al quebrantar los roles de género tradicionales, las mujeres del pcp-sl —especialmente por ser mayor en número— y del mrta recibieron mayor castigo judicial, social y simbólico que sus compañeros varones.Las cárceles se convirtieron en parte esencial de la lucha ideológica, militar y simbólica tanto para ambas organizaciones o grupos armados como para el estado. Y aunque fuera un régimen democrático, dentro de estas se vulneraron sistemáticamente los derechos de las personas encarceladas, como denunciaron numerosos colectivos de derechos humanos nacionales e internacionales. El presente trabajo está basado en la memoria 16 mujeres que han estado en la cárcel —incluso algunas continúan en ella— a través del trabajo de campo llevado a cabo desde 2007 hasta 2009. Tras cumplir una media de 15 años de condena, las mujeres que viven estas situaciones excepcionales y complejas alteran o transforman su identidad de diferentes maneras. Con el fin de romper el sistema penitenciario y de sobrevivir a él, la ideología se convirtió en la pieza clave, pero entendida como algo más allá de las convicciones políticas de una organización concreta. Sería, entonces, el universo cognitivo considerado como deseable y de pertenencia, es decir, las creencias por las cuales se ha socializado una persona y que posteriormente ha hecho propias. Bajo este prisma, la cárcel peruana como institución total enfrentó dos grandes grupos ideológicos: el de las organizaciones armadas, que ya tenían un trabajo político anterior al conflicto y durante este, y el del Estado peruano, que intentaría volver a ciudadanizar a aquellas personas que se arrepintieran de sus actos. En el último caso, la ideología sería la ciudadanía hegemónica peruana, simbolizada en la bandera peruana y en el himno nacional, creando para ello diferentes categorías para designar a las y los presas/os políticas/os: desvinculadas/os, arrepentidas/os, independientes e inocentes. Imagen de portada: Ana Casamayou. Serie "Prisiones" ; No final da década de 1970, o Peru preparava-se para as primeiras eleições democráticas depois de várias ditaduras militares sucessivas. No entanto, essa mudança de regime político foi alterada pela declaração de guerra ao Estado peruano em 1980 pelo Partido Comunista do Sendero Luminoso do Peru (pcp-sl) e em 1984 pelo Movimento Revolucionário Tupac Amaru (mrta). O conflito armado interno durou até o ano 2000, acarretando um custo material e humano muito elevado. Ao romper com os papéis tradicionais de gênero, as mulheres do pcp-sl –especialmente por serem em maior número– e do mrta receberam maiores punições judiciais, sociais e simbólicas do que seus homólogos masculinos. As prisões tornaram-se uma parte essencial da luta ideológica, militar e simbólica, tanto para as organizações ou grupos armados quanto para o Estado. E ainda que se tratasse de um regime democrático, nelas os direitos das pessoas presas eram sistematicamente violados, conforme denunciaram numerosos grupos de direitos humanos nacionais e internacionais. O presente trabalho tem como base os relatos de 16 mulheres que estiveram na prisão –algumas continuam nela– recolhidos durante pesquisa de campo realizada de 2007 a 2009. Depois de cumprir em média 15 anos de prisão, as mulheres que vivem essas situações excepcionais e complexas transformam sua identidade de diferentes maneiras. Para "desmontar o sistema prisional" e sobreviver a ele, a ideologia tornou-se o elemento-chave, ideologia aqui entendida como algo que ultrapassa as convicções políticas de uma organização específica. Tratar-se-ia do universo cognitivo considerado desejável e de pertencimento, ou seja, as crenças a partir das quais uma pessoa foi socializada e que posteriormente são tomadas como suas. Sob esse prisma, a prisão peruana como instituição total enfrentou dois grandes grupos ideológicos: o grupo das organizações armadas, que já exerciam uma função política antes e durante o conflito; e oa do Estado peruano, que tentaria devolver à 'cidadania' aquelas pessoas que se arrependessem de suas ações. Neste último caso, a ideologia seria a 'cidadania peruana hegemônica', simbolizada na bandeira peruana e no hino nacional, criando diferentes categorias para designar presos(as) políticos(as): desvinculados(as), arrependidos(as), independentes e inocentes.

Sprachen

Spanisch, Kastilisch

Verlag

Centro de Estudios Interdisciplinarios Latinoamericanos «Lucía Sala», Facultad de Humanidades y Ciencias de la Educación, Universidad de la República

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